" - Ele está vivo por sua causa! -
- E ele vai morrer por minha causa! - "
A disputa pelo trono de ferro nunca foi tão feroz, ou sangrenta ao ponto de fazer estômagos se moverem de dentro pra fora. Daenerys targaryen disposta, a não só vingar sua...
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Estava na hora, o momento mais esperado da vida de Aemond, o nascimento do seu primogênito. O castelo estava agitado, pessoas correndo de um lado para o outro rapidamente, ajeitando tudo para a chegada do herdeiro do trono.
Os passos de Aemond eram pesados e firmes, se tornando tensos a cada corredor que virava, a cada escada que descia e subia só para chegar onde sua querida esposa estava com o meistre, a parteira e algumas ajudantes. Até que, graças aos Deuses, Aemond chegou nos aposentos onde alys estava. Sua visão capturou cada detalhe dela naquela camisola de seda, os longos fios negros ficando bagunçados a cada movimento que ela fazia.
— fique calma, vossa graça — a parteira pediu ajudando alys a ficar confortável em cima dos lençóis - vamos ajudá-la.
Alys resmungou e agarrou o lençol abaixo de si entre os dedos, sentindo a dor das contrações aumentando a cada segundo. O meistre percebeu a presença de Aemond e foi até ele, o cumprimentando com um aceno de cabeça.
— vossa graça, o nascimento está ocorrendo três dias antes do que eu previ da última vez — o meistre afirmou em um murmúrio baixo.
Aemond o olhou — isto é uma benção dos deuses, escute o que eu digo, vai ser um menino....eu posso sentir isso em meus ossos — o rei destacou desviando o olhar para alys que agora tinha agarrado a mão de uma das ajudantes.
Alys praguejou e gritou, sentindo a dor se tornar insuportável — Empurre com força, vossa graça, a senhora consegue — a parteira incentivou em voz alta.
— Pelos deuses! — ela ofegou fazendo mais força desejando que aquela dor acabasse o mais rápido possível. Alys gritou sentindo o suor escorrer pelo corpo, apertando fortemente o que tinha como alívio.
A parteira parou por um momento, fazendo alys respirar profundamente para recuperar o fôlego que havia perdido. As ajudantes limparam o suor dela com um pano molhado em água fresca, trazendo um pouco de alívio a ela - Aemond...- sua voz saiu rouca.
O targaryen escutou e foi até ela rapidamente, se ajoelhando próximo a cama e pegando a mão dela entre as suas — eu estou aqui, meu amor. — ele murmurou em voz baixa, tentando ser doce, mas seu comportamento não colaborava.
Alys suspirou e olhou para o teto — eu quero acabar com isso, o mais rápido possível por favor...— ela sussurrou fechando os olhos.
Era realmente um ato difícil de se fazer, era doloroso, cansativo e exigia energia, bastante energia, talvez Aemond entenderia melhor se estivesse no lugar de sua esposa, não? Ou talvez ele não entendesse de nenhuma maneira.
A parteira voltou e Aemond se afastou de sua amada, fazendo ela agarrar os lençóis abaixo de si mais uma vez. E novamente, a gritaria retornou, alys gritava, refletindo sua dor e agonia, a parteira falava em voz alta, a incentivando a empurrar com mais força. Qualquer pessoa que estivesse no castelo, conseguiria ouvir os gritos agoniantes da rainha, era algo estressante para algumas pessoas.
Para Otto principalmente.
Logo um lampejo de alegria se espalhou nos lábios da parteira — estou vendo a cabeça! — ela disse quase eufórica. As palavras dela fizeram os nervos de Aemond tremerem e ele se afastou novamente.
Alys grunhiu entre os dentes, e empurrou com mais força. A parteira a incentivou novamente fazendo a mulher empurrar novamente, mas parou abruptamente quando seus olhos encontraram os de Aemond. Ela ficou ofegante encarando seu marido. Aemond cerrou a mandíbula e fechou os punhos.
A parteira conseguiu puxar a cabeça da criança para fora, arrancando um grito dos lábios de alys, ela se contorceu apertando os lençóis — Aemond targaryen! — ela gritou o nome, fazendo o mesmo a encarar com seu único olho arregalado.
— Quando a fúria cair sobre nós, sobre este reino, uma nova rainha surgirá e ninguém se erguerá diante de seu reinado — as palavras dela saíram em um grito, fazendo todos se assustarem, mas, o susto passou quando o choro da criança se instalou nos aposentos.
Alys virou o olhar para o bebê que a parteira trazia em sua direção e riu com os olhos marejados — É um menino minha rainha, saudável feito um touro — a parteira disse eufórica.
Alys o acolheu nos braços e sorriu dando lhe um beijo nas têmporas, sua respiração era ofegante, ela estava cansada mais aquilo era um milagre em sua vida — meu filho está vivo... graças aos Deuses — ela sussurrou.
Aemond se aproximou e se agachou perto deles com um indício de um sorriso em seus lábios — Nosso garotinho, minha rainha. — ele disse suavemente olhando para a criança — Daemon...— alys indagou fazendo Aemond sentir um gosto amargo na boca.
Ele se levantou e saiu de lá praguejando em valiriano. Seus passos eram pesados e sua carranca era mais feia que o normal no momento que se encontrou com Criston Cole — Até mesmo morto, Daemon me assombra — ele afirmou andando ao lado do Dornes.
— Devo pedir que enviem uma carta comunicando, sua mãe, sobre o nascimento da criança? — ele perguntou e foi recebido com um olhar severo de Aemond, fazendo ele já saber a resposta.
Alys soltou um suspiro trêmulo e olhou para a criança nos braços — ele deve se chamar Daemon II — ela disse firmemente.
O meistre quase protestou mais se lembrou de sua posição — Daemon II Targaryen, que...— ele parou por um momento — belo nome.
[...]
Otto estava em seus aposentos parado em frente a janela, observando a luz da lua que iluminava a noite. O fogo da lareira se movia lançando figuras trêmulas pela parede atrás de si. Sua mente se voltava para o nascimento da criança, sentindo uma raiva dentro de si.
— Daemon? Este é o nome do meu bisneto, grande meistre? — ele perguntou com uma amargura perceptível na voz.
Claro não era surpresa, Otto sempre odiou este nome, e odiaria qualquer outro nome que viesse de relação com os negros. O meistre cruzou as mãos na frente do corpo e o olhou.
— sim este é o nome da criança, meu lorde mão, a própria rainha escolheu — ele murmurou desviando o olhar para longe do hightower.
— Somente o Rei tem o direito de escolher o nome de seu filho primogênito — o hightower disse entre os dentes, fazendo o meistre franzir o cenho.
Alys que engravidou, carregou a criança dentro de si em um longo período, poderia ter morrido no parto, e ela não tem o direito de escolher o nome do seu próprio filho? Que completo absurdo, era o que o meistre pensava.
— Saia — Otto ordenou. O meistre não pensou duas vezes e saiu de lá, deixando o hightower sozinho com seus pensamentos odiosos.
Ele odiou o nome da criança, odiou o casamento de alys com Aemond, odiou o fato do Rei ter mandado alicent e jahaera para dragonstone, e também odiou o fato da possibilidade de Daenerys Targaryen estar viva. Mas ele não poderia mudar nada daquilo, somente os deuses ou...a fé dos sete, como dizia alicent.
Agradeço pelo apoio que vocês estão me dando até aqui, de verdade ❤️🩹🫶 Peço que prestem muita atenção nas previsões que alys dá, isto servirá para os próximos capítulos.