Olha só quem chegou! Bora lá?
*Perdoem qualquer possível erro
*Aquele agradecimento MAIS QUE ESPECIAL a quem curte, favorita, indica, comenta...EU AMO VOCÊS 🩵
*ATENÇÃO: CAPÍTULO FAZ MENÇÃO AO TEMA ABUSO E TORTURA. NÃO LEIA O INÍCIO, CASO SEJA SENSÍVEL A ESTE TIPO DE CONTEÚDO.
Um sopro de vida em meio a um mar de incertezas. Ar entrando novamente nos pulmões, coração disparado, dúvidas caindo ao chão.
Ana Carolina e Anne se sentem exatamente assim. Elas procuram de onde vem aquela voz, porém não precisam de muito, logo um corpinho tomba sobre elas. Um corpinho desesperado, chorando compulsivamente e trêmulo.
—Mamãe! Mamma!
—É você. -Carol abraça a filha.- Meu Deus! Obrigada.
—Que saudades, filhinha. -Anne emenda, também envolvendo Júlia em um abraço.- Estamos aqui. Ninguém mais vai te fazer mal, prometo. -É quando sente o corpo de Júlia desfalecer.- Ju? Júlia!
Em uma confusão de pessoas, falatório, gritos e câmeras, Anne tem a filha arrancada de seus braços em um rompante. Tão rápido quanto, ela e a esposa levantam, seguindo os paramédicos.
—O que houve? -Ana Carolina grita, desesperada.- Hey, a nossa filha...
—Podem entrar mães -Indica a ambulância onde o outro paramédico já iniciou a medicação pelo acesso colocado anteriormente.- Vamos para o hospital.
—Foi um episódio de adrenalina, mas Júlia tem uma desidratação severa. -Diz para ambas.- Ela vai ficar bem na medida do possível.
Carol segura firmemente uma das mãos de Anne que, por sua vez, usa a outra mão para segurar a de Júlia.
—Pode nos dizer...-A holandesa engole seco.- Ele disse que ela tinha sido...
—Quando fomos chamados para a ocorrência, o que nos foi passado é que haviam várias vítimas. Quando chegamos, somente uma estava com vida. De qualquer forma, não pensem nisso agora, concentrem-se somente na filha de vocês.
Quando chegam ao hospital, Júlia logo é atendida como prioridade nível um, enquanto aguardam em uma sala de espera separada, Carol e Anne permanecem imersas cada uma em sua própria mente.
—Você viu que ela estava...
—Eu vi, Din.
—Acha que ela...
—Deus queira que não. -Fecha os olhos por breves momentos, passando as mãos pelo rosto e se permitindo extravasar um pouco da tensão em forma de choro. Logo Anne se aproxima, abraçando a esposa e também permitindo que as lágrimas caiam.- Ela estava à três horas da nossa cidade.
—Não tinha como sabermos, Ca.
—Duas semanas, Anne. Duas semanas e ela estava à três horas, isso é sádico.
—Eu sei.
Horas se passam em completo silêncio até uma médica adentrar a sala de espera. Há notícias que a faculdade de medicina e anos exercendo a profissão jamais te preparam para falar. Dra. Elizabeth sabe disso.
Soube quando recebeu aquela criança em seu plantão, soube quando os resultados dos exames chegaram, soube quando precisou dar um depoimento para a polícia, soube quando adentrou aquela sala de espera e soube quando começou a relatar tudo o que houve para as duas mulheres a sua frente. Relatou os sinais de tortura, relatou a desidratação e início de sinais de desnutrição e relatou o pior...o positivo para o exame de abuso sexual.
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Recomeço- Buijrol
FanficGraças ao calendário, temos novos começos todos os anos - apenas aguarde por janeiro, nossa recompensa por sobrevivermos às festas de fim de ano é um Ano Novo. Traga a grande tradição das resoluções de ano novo, deixe seu passado para trás e comece...