Capítulo 30 - Último

183 14 17
                                    

Pov Jane

Percorro o corredor gigante do conservatório, ao fundo é o gabinete da directora. Respiro fundo, será que é mesmo isto que eu quero? Sim, tem que ser mesmo isto! 

Sei que não podia estar mais tão perto dele e não fazer nada. Imensas vezes eu queria beijar-lhe, tocar-lhe e dizer que estava realmente tudo bem, mas não podia. E agora o orgulho levou ao outro lado do oceano e sem o puder vê-lo, nunca mais.

De repente uma voz tão suave e familiar ecoa naquele corredor e faz-me arrepiar. 

- Jane! 

Não podia ser ele, não podia! Viro-me para trás e vejo-o ali mesmo com ramo de rosas vermelhas as minha preferidas. Estava com um ar cansado, mesmo assim não deixava de ser lindo de morrer para mim! Sinto que os meus pés se colam ao chão e vejo-o correr para mim, parando a muita pouca distância de mim. 

- Oh meu Deus! Encontrei-te finalmente! Toma, isto é para ti - deu-me o ramo . 

- Obrigada. - agradeci - O que é que estás aqui a fazer? 

- Não digas nada, por favor! Deixa-me dizer-te o que sinto, por favor - assenti 

- Eu fui atrás de ti até ao aeroporto de Londres, mas não cheguei a tempo e acabei por apanhar o próximo avião para aqui. Eu tinha mesmo de vir atrás de ti, meu amor! Porra eu amo-te tanto e perder-te foi a pior merda que eu fiz! Eu nunca deveria ter aceitado a aposta, eu amo-te tanto e isso sempre foi verdadeiro! Sempre, nunca duvides disso! Eu amo-te tanto, mas tanto! Não consigo dormir desde da última vez que dormimos juntos, tenho o teu perfume guardado e acho que já estou viciado. Todas as noites deixo um espaço livre na minha cama, na esperança que voltes para perto de mim e depois quando acordo não estás lá. Levo horas a olhar para o nosso álbum de fotos  e lamentar-me por ter acabado com todos os bons momentos. Por favor, por favor perdoa-me! - Suspira - Estou a entrar em louco por estar tanto tempo longe de ti, não consigo aguentar mais! 

- George... - eu já chorava

- Eu amo-te, Jane. Diz-me que está tudo bem entre nós, por favor! És, foste e serás a única que vou sempre amar. Prometo que agora vou fazer tudo bem, sem erros, sem jogos.... vamos ser felizes! Por favor! 

- Eu perdoou-te, meu amor! Está tudo bem, estamos bem! Melhor que nunca, eu amo-te tanto! - entrelaço os nossos dedos - Agora estou bem, contigo ao meu lado, eu amo-te! 

George não  me deixou dizer mais nada e beijou-me como se ele dependesse disso mesmo. Não podia estar mais feliz, estamos bem! 

Os nossos lábios mexem-se numa sintonia de movimentos e as nossas línguas acabam por brincar uma com a outra. Como eu já tinha saudades disto, agarro-o pela cintura  e abraço-o . Sinto-me ofegante por causa do beijo selvagem e cheio de saudade. 

Deixamos de estar no meio de um corredor de um conservatório, um lugar especifico deixou de existir, mais nada importava. Era apenas eu e ele e agora sinto-me finalmente feliz e protegida. A confusão de sentimentos bipolares ou qualquer dor, raiva, saudade.... desapareceu e agora eu sou realmente feliz. Eu precisa dele, mesmo muito, e dou graças a Deus por ele nunca ter desistido de nós! 

- Voltas comigo para Londres? - pergunta com medo da resposta

- Volto! - Digo 

Ele volta a juntar nos nossos lábios com alguma urgência e eu correspondo como sempre. Tudo estava perfeito agora, sinto que já não há nada que nos possa afectar. Claro que vai sempre vai um dia menos bom e uma ou duas discussões. os ciumes e tudo mais.... mas já não há nada que nos possa realmente destruir outra vez. Vamos ultrapassar todos os obstáculos juntos e quem sabe criar uma família os dois juntos, um dia! 

Amaze Me - George Shelley PTOnde histórias criam vida. Descubra agora