Capítulo 2

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Eu sabia que Lilian estaria na festa. "Foda-se ela". Me espremi por entre algumas pessoas que fumavam no jardim da casa de Zayn e abri a porta da frente. E lá estava no andar de cima, um dos cotovelos apoiados no corrimão da escada.

Abri caminho por entre a multidão que dançava euforicamente para chegar até ele e subi as escadas.

- Veja se não é o mais novo solteirão de Londres! – Zayn gritou pra mim.

- Menos Zayn.

- Estressadinho! – Niall revirou os olhos. – Tomem. – ele entregou a cada um doses de tequila, brindamos e viramos os copinhos na boca.

- É impressão minha ou você convidou a escola toda? – Liam observou.

- Não Payne, só os mais chegados.

Niall cutucou meu braço com o copo.

- Lilian está ali. – disse apontando. – Parece estar se divertindo com o quarterback.

Eu me sentia distante daquela palhaçada de fim do terceiro ano, todos agindo como se agora que estivesse acabando o ano teríamos que "amar uns aos outros". Pra falar a verdade, eu nem sabia ao certo porque diabos eu vim a essa festa. Afastei-me um pouco dos garotos e desci as escadas de volta ao aglomerado de pessoas.

- Styles! Ei, espera! – vi Lilian se aproximar de mim. – Maneira a festa, né?

- Sim.

- Me desculpe por ter terminado com você. Harry você é um fofo. – ela se jogou em cima de mim com os braços abertos.

- É... obrigado Lilian. –afastei-a. – Se não se importa, eu...

- Sabe, as garotas te acham bonitinho. Por que não tenta ficar com alguma delas? – Lilian pegou outro copo de cerveja e me puxou pela camisa enquanto cambaleava por entre as pessoas. – Eu gostava de você, gostava pra caralho Harry.

Conversar com alguém bêbado era tão confortável quanto conversar com uma criança de nove anos sobre sexo. Agora estava ali no meio da pista de dança escutando as baboseiras de Lilian e pensando em escapar dela, da festa, de tudo.

- Vai uma cerveja?

Balancei a cabeça e ela se afastou.

Fechei a porta do banheiro e parei em frente ao vaso sanitário. Então fiquei em pé ali durante um tempo até que a sensação de alivio chegasse através de um belo jato. Foi aí que ouvi alguém abrir a porta.

- Ah meu Deus, me desculpe. – disse a voz vinda de fora.

- Sem problemas.

- Harry? Achei que tivesse ficado em casa com a mamãe. – ela riu. – Que diabos você ta fazendo aí?

- Mijando, talvez. – sacudi o restinho e fechei o zíper da calça. – Agradeço sua companhia desnecessária Gemma, vai ajudar a me limpar também?

- Eca. – respondeu. – E então, como foi terminar com Lilian Agnoletto?

- Triste?

- Imaginei. – ela me acompanhou pelo corredor. – Ela é uma vadia, já estava se esfregando no Chaz, o quarterback.

- Você diz isso porque gosta dele mesmo ele sendo mais novo.

Ela se calou como se estivesse pensando uma boa resposta.

- Mas não me importo, eu não tenho mais nada com ela.

- Que bom.

Gemma e eu fomos dançar no meio das pessoas na sala da casa. Pulávamos juntos curtindo a musica, ela girava enquanto cantava, estava um pouco bêbada, mas eu não me importava com aquele tipo de bebedeira.

- Olha, eu vou passar um tempo aqui com a mamãe, posso te emprestar meu carro se você quiser. – propôs em alto e bom som.

- E por que eu iria querer seu carro?

- Você tem um problema muito complicado com uma solução simples, Edward. Eu te empresto meu carro por um mês. Vá viajar, tirar a tal Lilian da cabeça, conhecer gente nova. E em troca você me dá cem libras. – ela me olhou animada. – Que tal? – ela completou, estendendo a mão.

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