E PRA COMEÇAR O ANO COM CHAVE DE OURO HEHEHEHE MAIS UM CAPÍTULO!
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Estava começando a nevar novamente e eu já estava a poucos quarteirões do velório de Chaz. No rádio, tocava a musica favorita de Louis. "Look After You". Vi quase todos da escola num santuário coberto pelo manto branco de neve. Vestiam-se todos de preto.
Gemma andava calada ao meu lado. Ela se sentou numa das cem cadeiras. Estava apenas lá, sentada, envolta em seu casaco grosso e um cachecol.
- Você está bem? – perguntei.
- Não. – ela responde.
Sentei-me ao seu lado e abracei-a forte. Gem começou a chorar. E qualquer coisa que eu dissesse, soaria como uma facada nela. Era uma facada para mim também.
Fiquei olhando as pessoas irem a te o caixão, inclusive os garotos. Estava em cima de uma espécie de carrinho coberto por um pano branco. Todas aquelas pessoas se ajoelhavam ao lado dele ou paravam ao seu lado olhando-o por alguns instantes, choravam, algumas diziam coisas e tocavam o caixão, pois ninguém queria tocar o morto.
A mãe e o pai de Chaz estavam ao lado, abraçando as pessoas conforme iam se despedindo de seu filho, mas aí viam Gemma, sorriam e vinham até ela dizer algumas palavras de consolo (aquelas que eu evitara dizer para não zoar como uma facada).
Gem se levantou, abraçou primeiro a mãe e depois o pai de Charles. Os dois pareciam realmente muito envelhecidos, olhos fundos, com a exaustão estampada no rosto.
- Ele te amava, Gemma. – a mãe disse a ela. – Amava você e este filho. – coloca a mão em sua barriga. – Estava ansioso para ver o bebê. – acrescenta, falando mais baixo.
- Eu sinto muito. – ela parecia não saber o que dizer.
E então os pais dele vieram falar comigo. Abracei-os assim como todos fizeram e iniciou-se ali uma conversa limitada a gestos e lábios apertados. Conversa essa que foi interrompida quando todos voltaram os olhares pra Gemma, que estava ajoelhada ao lado do caixão, cochichando alguma coisa. Ela coloca a mão no peito de Chaz, se inclina e beija sua bochecha. Assim que Gem volta, nos dirigimos para segunda fileira de cadeiras, ao lado dos garotos.
Um pastor posiciona-se ao lado do caixão e fala um pouco de como Charles era um garoto saudável e de como sonhava em ir para a faculdade, sobre seu amor pelo futebol americano. Eu já estava começando a ficar irritado com toda aquela baboseira. Eu mal conhecia Chaz, mas tinha certeza de que ele teria achado absolutamente horrível o jeito como falavam dele. E assim como eu, Gemma não conseguiu evitar um suspiro de repulsa.
- Quanta idiotice, Curly Boy.
Eu me virei e vi Louis sentado atrás de mim.
Usava um terno de linho preto, uma camisa branca e uma gravata azul. Parecia estar vestido para um casamento, não para um enterro.
- Oremos. – o pastor falou.
Mas enquanto todo mundo baixava a cabeça e sussurrava uma oração, eu encarava boquiaberto a figura dos olhos azuis.
- Achei que você e Gemma precisassem de mim aqui quando Liam contou que Charles havia morrido. – ele sussurra. – Eu não faço a mínima idéia de quem seja Charles, mas eu sinto muito pela perda. – os cantos de seus olhos denunciam um sorriso.
- Eu agradeço. – digo ainda surpreso.
Gemma se vira pra trás e cumprimenta Louis, mas logo em seguida pede para que fiquemos em silêncio e tenhamos um pouco de respeito pelo namorado falecido. Só que era quase impossível não olhar para trás de vez em quando.
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Sparks L.S.
FanfictionEssa é a história de dois garotos cujas vidas se chocam em um 22 de dezembro fatídico. Um deles há de tomar decisões que podem mudar toda sua vida, começando pela escolha de cair na estrada após o término de um namoro. Mas tratando-se de Harry Style...