Capítulo 12

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- O objetivo é jogar as bombinhas acessas dentro da base. – Zayn dizia enquanto caminhávamos um ao lado do outro. – O casal servirá de distração. Niall vem comigo, você quem vai jogar as bombas.

Cinco minutos após Zayn explicar o plano, o grupo se dividiu e cada uma foi pra onde tinha que ir.

- Porra, somos os fuzileiros. – Louis cochichou.

- Isso significa que seremos os primeiros a morrer se algo der errado. – disse nervoso.

Agachamos a aproximadamente quinze metros da porta da frente da base. Meu coração pulsava como a batida de uma musica eletrônica.

- Dez segundos. – Louis sussurrou ao ver Niall sinalizando o numeral com os dedos do outro lado da cabana.

Zayn já acendera o rastilho, e era possível ouvir um chiado como os da comemoração de Quatro de Julho.

- Cinco, quatro, três, dois, um. – fizemos a contagem regressiva. – Corre!

E fomos.

Microsegundos após corrermos, ouviu-se uma enorme explosão, que soavam como tiros, só que bem mais altos.

Atravessamos um pequeno rio, entramos novamente na floresta e subimos um declínio, com um mínimo senso de direção. Tropecei tantas vezes nos galhos e pedras cheias de musgo que era possível achar que os guardas estavam nos alcançando. Corria como um antílope, como um antílope sedentário demais. Niall parou para respirar e indaguei-me se não estavam atrás de nós. Aquela altura já deviam ter saído da base da guarda florestal e, por mais que eu imaginasse que eram guardas velhos e gordos, já estariam correndo furiosos atrás de nós.

- Vai porra! Corre! – Zayn gritou.

Passamos por cima e por baixo de todo tipo de arvore, cruzamos a ponte que havíamos passado anteriormente e minutos depois estávamos na clareira. Exaustos.

Olhei para meus braços arranhados e para Louis, que este agachado, apoiando as mãos no joelho.

- Missão cumprida, fuzileiro. – ri. – Somo invencíveis.

- E aí? – Liam saiu da barraca às pressas. – Vocês estão bem? Ouvi os estouros daqui.

- Relaxa, Payno. – Niall respondeu, deitando-se de barriga pra cima no chão de terra, dedos entrelaçados atrás da cabeça.

- Bom trabalho casal. – Zayn estendeu a mão e eu toquei. – Por um momento achei que estávamos completamente perdidos. – comentou.

- Mas estávamos. – Niall disse. – Louis é um ótimo guia. – completou, com seu humor irônico.

Comecei a rir.

- Pelo menos ainda não fomos pegos. – confirmei. – E essa correria toda me deu vontade de mijar.

Liam faz uma careta.

Quando volto para perto da fogueira, já estão todos assando seus marshmallows. Zayn bebe uma latinha de Mountain Dew, assim como Louis, a quem me sento perto. Pego um doce no saquinho e espeto em um graveto. Niall havia cochilado, e só fomos acordá-lo uma hora depois, quando Zayn abriu a garrafa de vodca, que passou de mão em mão até que eu comecei a sentir os efeitos da bebida sobre mim. Eu gostava de como o álcool tornava tudo mais fácil, mas não ficar de porre na frente de Louis.

Mais tarde naquela noite, deitei em meu saco de dormir e me dei conta de que havia apenas um saco na barraca.

- Louis, onde está seu saco de dormir? – olhei-o.

- Acho que esqueci no carro. – ele coça o olho esquerdo. – Posso deitar com você?

- Fez isso de propósito, não foi? – levantei uma sobrancelha.

- Não se preocupe, eu vou pegar.

- Tommo. – chamo-o. – Deita aqui.

Louis deu uma risadinha e sentou-se ao meu lado. Estava completamente bêbado, contudo entrelaçou os dedos nos meus e apertou com força e aquele sorriso que fazia com o que você o fizesse rir só pra vê-lo sumiu.

- Preciso te contar uma coisa. – ele diz.

Sparks L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora