I Am The Source (Sterek/ Romance Gay)

Capítulo 11 - Ojnacra Od Orpos O

ONZE  | O SOPRO DO ARCANJO |

A Torre Vermelha não era exatamente uma torre, visto que ela ficava no subsolo. Voltar para as sombras tinha sido difícil, mas Stiles ainda se segurava em uma ponta de esperança de que Derek iria salvá-lo.

Ele o traiu, sua mente gritou para seu coração.

E por mais que Stiles tentasse negar essa informação, não a tornava menos verdadeira. Sabia que não poderia mais ser a donzela em perigo. Se quisesse sair daquele lugar, teria então que lutar pela sua vida.

Um guarda o guiou até um bar que ficava próximo da muralha. Era apenas um prédio quadrado e escondido entre as sombras. Era pequeno e não havia janelas e o interior do lugar era simples e deserto. Havia um balcão, uma estante de bebidas e um barman tão velho quanto a poeira que rodopiava no ar. Havia cinco mesas e uma luminária quebrada que lançava raios de luz amarela ao lugar. E isto era tudo.

Mas conforme o guarda o guiou através do bar até uma porta nos fundos, foi quando percebeu que aquele cubículo não era a Torre Vermelha. A porta dava para os banheiros, mas a esquerda havia uma segunda porta que levava para o porão do lugar. As escadas estavam bem iluminadas e ao invés de chegar a um velho e mofado porão, Stiles se viu em uma sala luxuosa e com cheiro de morango. As paredes eram revestidas de veludo, havia sofás pretos espalhados pela sala onde homens de terno conversavam com um copo de bebida nas mãos. Uma música lenta tocava baixo nas caixas de som e no final do porão um balcão de vidro separava a sala de espera da porta vermelha atrás do atendente.

Era um jovem bonito de olhos azuis frios e sedutores. Ele os saudou antes de acenar para o gigante segurança do lado da porta vermelha. Ele a abriu e o guarda o empurrou para dentro. Era quente e barulhento ali. Stiles levou um tempo para conseguir absorver o que via ali.

A Torre Vermelha era redonda, assim como uma torre de verdade e descia por cinco andares abaixo do solo. Stiles se lembrou de uma prisão, com seus corredores e celas. Em cada andar havia oito quartos, as paredes eram cobertas de papel de parede preto e dourado e luminárias em forma de cone criavam um sensual jogo de luz e sombras. Os corredores eram largos e na extremidade oposta aos quartos, o corredor terminava em uma sacada que permitia ver os outros quatro andares brilhando lá em baixo.

Stiles foi levado até o quarto andar e não pode perceber nenhuma diferença com os outros andares. O guarda o guiou até uma das portas e o jogou para dentro do aposento. "Tome um banho e logo alguém vira pra lhe dar as instruções", foi tudo o que o guarda falou antes de fechar a porta.

Stiles se levantou do chão e olhou ao redor. Era um quarto pequeno, sem janela e decorado apenas com uma grande e luxuosa cama, um lustre e um pequeno armário de uma porta. Ainda havia um banheiro limpo com um grande espelho e uma banheira de hidromassagem. Curioso como um rato Stiles tentou procurar por alguma arma ou um duto de ar por onde pudesse se esgueirar, mas tudo o que acabou encontrando foram preservativos, fantasias eróticas e brinquedos sexuais.

Segurou com as pontas do dedo um vibrador de borracha de 20 cm e sentiu o estômago revirar apenas com a ideia de algum homem usando aquilo nele. "Nem mesmo Derek é tão grande assim", pensou divertido, mas a realização de onde estava o fez jogar o vibrador contra a parede e bater a porta do armário com força.

Estava tão confuso. Seus sentimentos eram uma mistura explosiva. Sentia falta de Derek, mas também o detestava por tê-lo posto ali dentro. Lembrou-se de todas as vezes que perguntou sobre Terrazul e Derek lhe alertara que o lugar era uma mentira. Não sabia dizer se o homem realmente queria Stiles longe daquelas muralhas ou se aquela foi apenas mais uma estratégia para arrasta-lo até este inferno.