Ajude - me

Capítulo 6

Acordei as 7:00 horas, a Melissa ainda dormia. Me levando e vou até o banheiro lavar o rosto e escovar os dentes, assim que termino vou me vestir (calça jeans, blusa florida e sandália branca) eu já estava saindo para tomar café quando a Melissa acordou!

- Bom dia.

-Bom dia Melissa.

- Aonde você vai?

- Procurar um lugar para tomar café.

- Me espera para eu ir com você?

- Claro.

Voltei e me sentei na cama, novamente pensando em como encontrar meus pais. A Melissa estava demorando demais!

- Melissa anda logo.

- Já vou!

- Para que tanto rosa?

A Melissa estava com uma blusa e uma saia rosa, uma sapatilha rosa e um laço preto no cabelo.

- Eu gosto de rosa.

- Eu nem percebi!

- Vem vamos tomar café! Disse ela me puxando pelo braço.

- Claro. Desculpa se eu te atrasei! Falei irônica.

A resposta da Melissa foi me dar língua. Continuamos andando até chegarmos na recepção.

- Bom dia Simão.

- Bom dia. Respondeu ele.

-Você poderia me ajudar?

- Em que?

- Estamos em busca de um lugar para tomar café.

- Bom, tem o restaurante aqui do hotel, mais há vários cafés aqui perto.

- E lojas de roupas? Pergunta a Melissa.

- Tem várias no shopping também aqui perto, e lá também tem diversos cafés.

- Então, obrigado. Vamos Melissa!

- Vamos. responde a Melissa.

Começámos a andar pela cidade, e encontramos o shopping que o Simão havia nos falando. Começámos a andar pelas lojas e compramos algumas coisas.

-Nossa, aquela recepcionista é muito mal educada.

Disse a Melissa assim que saímos de uma loja de roupas.

- Vem, vamos tomar café.

Eu não estava com a paciência para ficar falando de alguém.

- Tá bem!

Entramos em um restaurante que tinha poucas pessoas. E nos sentamos em uma mesa afastada.

- Oi. Em que posso ajudar? Disse um homem que parecia ser o garçom.

- Bom, um café forte e sem açúcar. Respondo sem levantar as vistas.

-Um suco de laranja e um pedaço de bolo de chocolate.

- Já volto.

Eu não prestei muita atenção ne quem estava nos atendendo, reparei no estranho movimento que acontecia fora do restaurante. Um grupo de homens de ternos pararam de frente a porta, como se procurassem alguma coisa. Foi rápido e eficiente, durante um piscar de olhos vi que eles estavam armados e começaram a atirar em nossa direção, não tive tempo para pensar, simplesmente me joguei contra a Melissa a tempo em que uma bala atravessou a porta de vidro e veio em nossa direção. Mais tiros e gritos das pessoas morrendo a nossa volta e então um garoto que parecia ter a minha idade veio abaixado e começou a falar:

- Jade, Melissa venham.

Não pude responder, porque a Melissa me puxou para onde o garoto havia nos chamado.

- Anda, não temos tempo.

Ele fala nos levando para uma porta que dava acesso a cozinha, onde finalmente nos levantamos.

- Venham, por aqui.

Ele começou a correr e a Melissa que tinha agarrado meu braço o seguiu.

- Entre no carro.

Assim o fizemos, então fomos tiradas do shopping as pressa. Estávamos todos em silêncio, que durou cerca de meia hora e então finalmente o garoto começou a falar.

-Achei que não iria encontrar vocês nunca, aonde é que vocês estavam?

- Num hotel.

- Onde fica este hotel?

A Melissa dá as coordenadas e seguimos para o hotel.

- Finalmente chegaram, ei o que houve? Pergunta o Simão.

- Eles a encontraram, mais a Jade foi rápida o suficiente para se proteger e proteger a Melissa. Respondeu o garoto.

- Não o suficiente! Diz o Simão.

- O que?

- O braço dela!

O garoto olha para mim e depois para o meu braço.

- Ela levou um tiro.

Eu estava fora de órbita, não conseguia falar e nem pensar direito, só o que vinha em minha cabeça era os gritos das pessoas morrendo.

- Jade?

- Ela está em choque.

- Jade? Acorde.

Sinto que alguém me balança e então eu acordo e sinto uma dor terrível no braço.

- O meu braço está doendo. Foi a única coisa que consegui falar.

-Vem, Melissa pegue as suas coisas no quarto. Diz o garoto.

- Não precisa, já estão no carro. Responde o Simão.

- Ótimo, vamos!

- Espera, quem é você e para onde vamos? Pergunto olhando para ele.
- Jade, meu nome é Tony e vamos para a delegacia.

- Delegacia?

- Sim, eu sou um agente enviando para proteger você e a Melissa e agora você precisa vir comigo, antes que esse seu ferimento infexcione.

Ele não espera resposta e me puxa novamente para um carro e depois segue em alta velocidade. Nada fazia sentido eu estava confusa, o que tinha acabado de acontecer? Por que o Tony tinha sido enviado para me proteger? E a Melissa? Minha cabeça dava voltas, então tudo ficou escuro.