Capítulo 14

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-O que? Ele responde.

- Você tinha a chance de salvar o seu pai e não o fez. Por que? Pergunto curiosa.

- O Simão já foi contar. Ele balançou a cabeça.

- Não me respondeu.

- Eu escolhi não o fazer, você está viva. Deveria ficar feliz.

- Me responde.

- Senta. Diz ele.

Obedeci e me sentei no sofá.

- Meu pai fez a escolha dele, ele não entrou nesse "caminho" por outra razão senão a ganância dele. Quando fui obrigado a entrar pensei bem, eu te conhecia na verdade te estudava, eu sabia que você merecia viver mais do que ele. Não é que eu não ame meu pai, mais não acho que seria certo matar uma pessoa inocente para salvar alguém culpado.

Olhei para o Tony.

- Você está arriscando a vida do seu pai. Falei.

- Não, não estou. Ele escolheu esse caminho, não seria certo matar alguém que não fez nada só para que ele fique vivo e volte a fazer o que fez.

- Você precisa salva-lo.

- Eu vou tentar, mais não vou arriscar sua vida para isso.

Abaixo os olhos.

- Me desculpe por não ter salvado a Melissa.

- Não, me desculpe você. Eu não tinha o direito de te culpar.

O Tony balança a cabeça, e depois volta a olhar para a janela.

- Como vai fazer para salvar o seu pai? Pergunto confusa e curiosa.

- Eu vou descobrir onde eles estão, então... . O Tony deixou a frase inacabada.

- E como fará isso?

- Vou pedir ajuda para o Simão e depois para a polícia.

- Simão? Gritei.

- Oi. Ele responde passando pela porta.

- Você consegue descobrir onde está o camaleão? Pergunto olhando para ele.

- Talvez, com uns aparelhos certos posso encontrar-los. Disse ele olhando para mim e para o Tony.

- E você tem esses aparelhos? Pergunto.

- Tenho, porém teria que colocar em um dos carros ou homens que estão com o camaleão. Ele me responde.

- Isso é fácil.

Eu já estava com um plano inteiro em minha mente.

- Espera aí, você está querendo ir atrás do camaleão. Pergunta o Simão.

- Ela não vai, eu é quem vou. Disse o Tony.

- Está enganado Tony. Respondo.

- Você não vai tentar se matar, eu vou atrás do camaleão e você vai ficar aqui com o Simão. Diz o Tony zangado.

- Não estou pedindo permissão para você Tony, afinal você não manda em mim. Respondo olhando para ele.

- Lamento Tony mais, eu também vou. Disse o Simão.

- Você até pode ir Simão, mais eu te proíbo de ir Jade. Disse ele me olhando.

- Como eu disse, você não manda em mim. Agora Simão vamos formular um plano.

- Jade, eu não vou deixar você ir em busca da morte, sabia que você pode morrer? Pergunta o Tony irritado.

Dou os ombros e me levanto para pegar papel e caneta.

- Simão o que precisamos fazer primeiro? Pergunto.

- Jade não. Diz o Tony claramente irritado.

- Simão? Pergunto ignorando o Tony.

- Precisamos colocar um aparelho de rastreamento em um dos carros do camaleão. Disse o Simão se sentando ao meu lado.

- Vocês perderam o juízo? Pergunta o Tony se levantando.

- Que eu me lembre foi você quem disse que iria sozinho. Respondo voltando o olhar para ele.

- Mais se eu morrer não vai acontecer nada, por exemplo; o que seus pais irão pensar se você não for passar o natal com eles Simão? Pergunta ele olhando para o Simão.
O Simão não respondeu, só abaixou a cabeça.

- Acaba de consegui fazer o Simão desistir, mais comigo isso não tem nenhum efeito. Olho para o Tony.

Ele demonstra raiva e vem se sentar perto de nós.

- Depois de colocar o aparelho o que fazemos? Pergunto para o Simão.

- Eu vou rastrear onde eles estão.

- Depois é só ir. Completo com um meio sorriso.

- Espera aí, me diga o que vamos fazer quando entrar-mos? Se é que vocês vão.

Olho para o Tony e depois para o Simão, eu não tinha pensado nessa parte.

- Ainda não pensei. Respondo abaixando o rosto.

- Então você só pensou em como chegar lá! Disse o Tony.

- O que você faria? Perguntei zangada.

Algo na voz do Tony me fez me sentir burra e bizarra.

- Entraria, tentaria encontrar meu pai e depois iria atrás do camaleão.
- Já temos um plano. Respondi.

- Não, eu tenho. Disse o Tony.

- Escute Tony, você quer pegar o seu pai e eu me vingar pelo que aconteceu com a Melissa, então querendo você ou não eu vou. Mesmo sem você. Falei irritada.

O Tony pareceu pensar por um minuto.

- Você vem comigo, mais se eu percebe que está em perigo eu te tiro de lá e volto sozinho, isso também vale para você Simão.

O Simão fez uma careta e riu.

- Tudo bem, mais como vamos conseguir colocar o aparelho no carro daqueles homens? Pergunta Simão.

- Deixem isso comigo! Diz o Tony se levantando.

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