Capítulo 17

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Oi gente, bom, neste capítulo eu vou mostrar o ponto de vista da Jade e do Tony, espero que gostem.

Jade

Comecei a buscar saídas mais para onde eu iria? Voltei a olhar para a janela, e vi que os homens estavam subindo, eu estava com medo e desesperada, eu tinha que falar com os meninos; mais como? Peguei a bolsa com algumas coisas que iríamos precisar para rastrear o camaleão e com uma súbita coragem sai do quarto. Olhei para o elevador que parecia estar subindo, então resolvi descer de escada, tinha chegado no 12 andar quando escuto vozes e passos subindo a escada, comecei a olhar em volta, em um dos quartos estava uma faxinheira tirando as roupas sujas do quarto, então fui até ela.

- Com licença, você pode me ajudar? Pergunto.

- Depende! O que você quer?

A mulher tinha a voz grossa, e um olhar desinteressado.

- Seu uniforme.

- E o que eu ganho em troca? Ela finalmente pareceu interessada.

Abri a bolsa e encontrei um bolo de dinheiro, todas notas de 100.

- Que tal isso?

Tirei duas notas de 100 e estendi a ela.

- Vem comigo.

Ela me levou para o quarto que estava limpando e depois tirou o uniforme e me entregou, que ficou muito grande.

- Espere, ponha somente a blusa, tem uma calça que servirá em você. Ela começou a procurar no guarda-roupa uma calça e depois me entregou.

- Obrigado.

- De nada.

- Se importa se eu pegar o seu carrinho também?

- Pode pegar.

- Novamente muito obrigado.

- De nada.

Peguei o carrinho de limpeza e fui para o elevador que estava vazio, a porta finalmente estava se fechado quando uma mão a interrompe, era um homem de preto, que estava acompanhado por mais dois ele entrou e apertou o botão de descer, abaixei a cabeça para deixar meu cabelo tampar meu rosto, eu tentava olhar para cima o quanto menos possível, e quando o elevador abriu as portas deixei que eles saíssem primeiro. Eu estava com tanto medo que por muito pouco não comecei a chorar, depois que os homens saíram deixei o carrinho e fui para fora do hotel, comecei a andar lentamente para não levantar suspeitas e assim que tomei distância comecei a correr desesperadamente.

Tony

Eu não estava muito confiante em relação ao plano, mais pelo menos a Jade iria ficar em casa. Eu não sei exatamente o que sinto pela Jade, eu gosto dela, a ponto de arriscar a minha vida para salva-la, mais eu fui treinado para isso, porém aquele quase beijo me deixou confuso. Eu não aguento mais ver a Jade chorar, isso me deixa desesperado, a presença dela me deixa nervoso a ponto de confundir cada um dos meus pensamentos, e ao vê-la meu coração bate forte, como se fosse explodir.

- Você gosta da Jade! Diz o Simão.

- Isso é uma acusação ou uma pergunta? Pergunto confuso.

- Se é uma acusação ou pergunta não importa. O fato é que você gosta dela. Diz ele sorrindo.

- Eu não sei.

- O que você não sabe? Pergunta ele.

- Se eu gosto dela.

O Simão balançou a cabeça.

- Eu acho que gosta, eu vejo o jeito que vocês se olham.

- Como assim "se olham"? Pergunto curioso por uma resposta.
- Você olha para a Jade como se estivesse disposto a qualquer coisa para ve-la sorrir. E ela, é difícil de explicar, ela tem uma expressão confusa, quase nunca demonstra o que sente. Mais eu vi o quase beijo, e posso afirmar que ela gosta de você.

- Desde quando você é tão observador? Pergunto.

O Simão não responde, só levanta os ombros e sorri. Assim que chegámos no shopping percebi que havia algo errado.

- Onde eles estão? Pergunto olhando ao redor.

- Será que...

O Simão não continuou a frase, ou se continuou eu não escutei, somente fiquei pensando em uma idéia que acabou de se formar em minha cabeça.

- Espera, se eles não estão aqui... Disse o Simão.

- Estão atrás da Jade. Conclui a frase do Simão.

Não esperei nenhuma resposta do Simão, simplesmente liguei o carro e sai correndo de volta para o hotel. Ao chegar na portaria vi que vários carros pretos estavam parados na frente do prédio.

- Eu vou entrar, você fica aqui. Falei tirando o cinto de segurança.

- Não, você não pode entrar.

- Eu não vou deixar a Jade sozinha.
- A Jade sozinha? Acho que você não a conhece muito.

- O que?

- Tony, a Jade sabe quando algo está errado, aquela garota é a menina mais inteligente que eu conheço, você acredita mesmo que ela está lá dentro? Por que eu não acredito.

Pensei um minuto.

- Simão, a Jade não é a mãe dela. Se fosse a Celine Breyner eu com certeza não duvidaria que ela tinha saído, mais a Jade, ela é diferente. Falei preocupado.

- Claro que ela não é a Celine, ela é melhor. Eu já ouvi falar da Celine, e a Jade a supera de todas as maneiras. Eu tenho certeza que ela não está lá dentro.

Eu não estava convencido com o que o Simão tinha dito, comecei a olhar para o prédio algumas vezes.

- Vamos fazer o seguinte: eu vou lá e vou ver se ela está lá dentro, se ela não estiver eu volto e vamos atrás dela.

O Simão parecia está com medo.

- Aproveito e coloco o aparelho no carro.

-Tá bem! Cuidado. Disse o Simão me entregando o aparelho.

- Ok!

Sai do carro com o pequeno aparelho nas mãos e fui para próximo ao carro, o coloquei próximo a porta e entrei no prédio, fui de escada, pois estava com receio de pegar o elevador. Quando cheguei no corredor do quarto vi que a porta estava meio aberta, fiquei uns minutos pensando em o que fazer, então entrei no quarto ao lado que estava vazio, encostei os ouvidos na parede mais não pude ouvir nada, havia uma pequena brecha na varanda onde se poderia ver o quarto da Jade, observei o quarto com um pouco de atenção, e em um dos cantos percebi alguns homens no quarto esperando que alguém entrasse. Procurei a bolsa da Melissa, mais não estava no quarto, então desci rapidamente e entrei num carro com um sorriso que eu havia me permitido dar.

- Ela não está no quarto.

- Ainda não é hora de sorrir Tony, não sabemos onde ela está. Disse o Simão.

- Está enganado Simão, eu sei onde ela está.

Capítulo 17, espero que tenham gostado. É a primeira vez em que escrevo um capítulo usando a voz de dois personagens. Espero que tenha me saído bem. Por favor peço que comentem.
E votem

Beijos ♥.

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