Capítulo 12

23 3 0
                                    

O Tony começa a dar socos e empurrões na porta, junto com o Simão porém não estava tendo resultado.

- Abre logo porta idiota. Disse o Tony zangado.

- Isso não vai resultar. Disse o Simão.

- Tem que resultar. Disse o Tony votando a espancar a porta.

Enquanto ele o fazia fiquei olhando para a grande cozinha quando encontrei uma pequena janela.

- Tony, Simão. Olhem. Apontei para a pequena saída.

- Boa Jade. Disse o Simão indo para perto da janela de vidro e o quebrando.

- Vai primeiro Jade. Disse o Tony.

- Está bem.

Passei pelo Simão e com muito cuidado para não me cortar atravessei a janela e sai no jardim lateral do hotel. O Simão passou logo depois de mim e então passou o Tony.

- Vamos para o estacionamento. Disse o Tony.

- Não temos carro. Disse o Simão.

- Pegamos um.

- Não temos chave. Falei.

- Isso não será problema. Ele afirmou e me puxou pelo pulso.

Entramos no estacionamento que estava vazio e o Tony entrou em um dos carros que tinham por lá, me sentei no banco da frente enquanto ele tentava ligar o carro usando uns fios coloridos.

- Consegue ligar o carro direto? Pergunta o Simão no banco de trás.
Como resposta o Tony ligou o carro.

-Consegui. Disse ele.

- E para onde vamos? perguntou o Simão.

- Para qualquer lugar.

O Tony ligou o carro e começou a correr, a princípio não entendi o motivo mais ao olhar para trás percebi que estávamos sendo seguidos. O carro deu muitas voltas e quando não tinha nenhum sinal do carro preto que nos seguia o Tony reduziu a velocidade e depois de mais alguns minutos andando paramos em frente a um pequeno hotel, que ficava um pouco afastado da cidade. Todos descemos e assim que o Tony falou com a recepcionista fomos para um pequeno quarto.

- Bom, é o melhor que podemos ter nesse momento. Disse o Tony.

Ninguém respondeu, eu estava exausta, desesperada e sem a menor condição de falar, só me sentei e deixei as lágrimas molharem meu rosto, eu me sentia com se estivesse em um pesadelo, cujo qual não conseguia acordar e nem mesmo ter alguma ajuda. Minha vontade era de gritar, falar para o camaleão que se ele quisesse me matar eu estava ali, que nada mais importava, que um dia ele me pagaria por tudo que ele fez comigo, com a minha mãe e com a Melissa. Me lembrei então da carta da Melissa então começo a ler;

Jade,

Minha linda Jade, eu gosto tanto de você, acho que nem é possível explicar. Eu estou escrevendo essa pequena carta por que estou com medo de não conseguir contar o segredo que eu sempre escondi sobre nós. Bom, você sabe que nos conhecemos desde quando você tinha 5 anos e eu 4, também sabe que eu criei uma amizade imensa por você desde que conversamos pela primeira vez, e que eu tinha uma ligação com você que não tinha com mais ninguém, mais essa "ligação" é por causa de uma razão. Lembra o dia do meu aniversário de 12 anos? Bom, naquele dia eu escutei uma conversa entre a Olivia e a Marine onde ela falava sobre nós, a princípio pensei que era mentira então comecei a fazer uma pequena investigação e descobri que somos irmãs. A verdade é que nossa mãe me teve antes de conhecer o seu pai, eu fui direto para o orfanato, e depois de uns anos você chegou. Você sempre tentou descobrir qual era o meu segredo, então aí está. Eu te amo minha IRMÃ!!!

Ps: Eu nunca falei por que me disseram para não falar, mais eu tenho 18 anos e não 15. E quando eu soube que você queria fugir fingi querer a chave só para tentar te convencer a me levar junto.

Ps2: Nunca vou me arrepender de ter vindo, independente do que aconteça.

BEIJOS, de sua irmã que te ama.

Ao ler a carta chorei, como nunca tinha chorado. Eu sempre quis ter uma irmã e quando finalmente a chance surgiu eu a perdi. O camaleão ia pagar por aquilo! Custe o que custar ele vai me pagar.

Ajude - meOnde histórias criam vida. Descubra agora