Eu queria voltar ao nosso começo, querido. Quando aquele sentimento era tão puro como o olhar de um animal. Pra quando eu não precisava te dizer adeus porque não posso corresponder seu sentimento. Pra quando eu ainda tinha esperanças de que você faria com que meu coração florescesse. Sabe, minha cabeça está uma bagunça, porque eu gosto do seu beijo, do seu carinho, do seu corpo... Mas, eu não te amo. Desculpe-me, mon amour, porém é a verdade. Não tenho borboletas no estômago e nem desejo viver pra sempre com você. Cruel demais? Achei melhor dizer a verdade do que continuar criando a ilusão de que tu é o amor da minha vida sendo que tudo que queria era te deixar de lado em qualquer esquina do centro do Rio de Janeiro pra que arranjasse qualquer outra mulher pra completar seu peito tão carente de amor. Eu continuo respirando sem sua presença constante, seu fantasma não irá me assustar e nem seu nome vai fazer com que eu me desespere. Desculpe, mas, eu sou mais fria do que as noites de inverno, meu amor. Acho que você deveria saber. Sou completa de mim mesma e não consigo fazer meu coração aceitar amar alguém que não entende que não sou uma menina assustada que precisa de amor de alguém pra se sentir inteira. Eu sou a minha metade, sou a mulher da minha vida, você foi só mais um cara entre tantos que tiveram.
