Profuso meu cerne
difuso,loucura
apanho minha tática
de tato de tão tato
dormente, atado
troco de tática
apanho de talo
de ferro
contrario tétano
coitado,
de corpo atado
estou preso ao meu escárnioLigue os pontos
traçe o desenho e eu
rabisco.
na constelação do infinito
as vozes me sondam
ao que chamo de que?
um vácuo preenchido por ruidos?Eu sou cada ruído cinzento
que chia na televisão,
que mia nos telhados
que urge nas selvas petrificadas
pelo asfaltoSou viado.
que sob quatro percorro planaltos
sou abelha que se colore
da mais viva cor pulgente
e faz melA certeza do rídiculo
o mel tá amargo
sequer agridoce, amargo mesmo.
gosto de suco de limão
mas o limão não passa de limão
bem como eu não passo
de um sermão de sobrevivênciaProfuso meu cerne
e prego com parafusos
nas minhas paredes
a tábua dos dez mandamentos
são eles: dezmande-se x 10.