Cap. 16- Jeen Sarvach

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8:00 a.m. Terça-feira. Hospital Principal de Hashima. Quarto 209.


- Jeen, acorde. Seu café está pronto.

- Ahn?! Ah... Olá doutora. Tá certo, deixe-o aí do lado.

Estou ficando cansada dessa rotina, e de passar a maior parte do tempo deitada. Aquele raio foi realmente potente! E o que é mais chato: o fato de que Donny - kun não vem hoje.

Então, estou descansando, sem me preocupar muito. E nem fazia ideia de o que estava por vir.

Por um momento, fecho meus olhos e ouço simplesmente o vento. Até me deparar com Donny cochichando em meu ouvido.

- Oi!

- Oi, Donny. O que você faz aqui, se as visitas só abrem ás 9:00. - Falo, ainda de olhos fechados.

- Nada, só vim te buscar e trouxe um amigo.

- Buscar?!? Como assim?

- Você vai entender, logo, logo! - falou com um sorriso, e eu tentei imaginar o que era.

- Espera só um minutinho. - então abriu um portal, entrou e saiu com um outro garoto.

- Jeen, esse é Rion, irmão de Kino. E melhor, ele tem o poder de curar.

- Curar?!?! Sério!...

- Sim, por isso trouxe ele.

- Aonde tá doendo? - ele perguntou, lendo seu livro.

- Espera um pouco. Ele tem um cristal? Com poder de cura?

- É. E também tenho um de aparecer várias espadas e eu as arremesso de uma vez. Mas, responda, por favor... Está doendo aonde?

- Ah, o ombro direito e a perna.

- Vai demorar um pouco. Então, Donny- san, conte a ela o porquê de sua pressa...

- Ah, sim... Claro. Bem, resumidamente, a população percebeu que nós temos poderes sobrehumanos, e viu isso como sinal de perigo. Agora eles querem nos capturar e nós vamos fugir em um trem desconhecido que parte hoje.
Ele sai às 8 horas, então é melhor nos apressarmos.

Então Donny para tudo um minuto e depois fala:

- Tem alguém vindo! Vou enrolar.

Ele caminha até a porta e diz

- Pois não?

- Hun?... "Pois não" Digo eu. O que o senhor faz aqui, moleque? - A enfermeira cruza os braços.

- Ora, estou esperando pela recuperação dela. Haveria outro motivo?

- Não estamos em horários de visita. Só país podem estar aqui à essa hora. E os dela estão lá embaixo, na recepção.

- Hun... - Donny correu para dentro do quarto e trancou a porta.

- Ok, Já acabou.

- Finalmente!

- Sim, espere um pouco... - então estalou os dedos, e eu melhorei com uma simples batida do meu coração.

- Uau! Isso é incrível!

- Espero que você não se machuque de novo. Rion vai nos ajudar a segurar os guardas do exército quando estivermos fugindo e não virá conosco.

- O quê? Como?!?

- É sim. Mesmo que meu poder de cura seja muito bom, também é muito cansativo. Eu sei que um dia não vou poder mais curar ninguém, pois cada vez fica pior e um dia vai ser demais.

- Entendo...

Ficamos em silêncio por um momento.

- Ok, Jeen. Onde está seu cristal?

- Está aqui, eu guardei para emergências - Falei, abrindo a gaveta do criado-mudo ao lado.

- Vamos, não temos tempo a perder.

- Ok. Vamos. - Nem pensei duas vezes.

Mas o pior que podia acontecer, aconteceu. A porta foi arrombada por um homem grande, e logo entrou a figura que não queria ver naquele momento.
Quando estávamos entrando no portal para uma espécie de galpão abandonado, vi minha mãe, entrando no meu quarto, gritando para que eu não fosse. Fiquei paralisada, sem reação.

O que eu faço... Escuto minha mãe e fico ou vou com Donny?



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