Cap. 5- Kurisyugo

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Finalmente, chegou a hora do treinamento.

Como sempre, cheguei atrasado. Quando cheguei, apenas Dan não havia aparecido.

As garotas estavam rodiando Don, que falava da história de nossa batalha contra a menina do cristal verde.

Logo que cheguei, Donny veio com sua esnobidade ao máximo:

— Então o bebezinho apareceu! Pensei que você não vinha!

— Mas você que me... Deixa pra lá. Vamos começar ou não? — falei, encarando aqueles olhos sinistros e violetas como um buraco sem fim.

Jeen logo interrompeu.

— Vamos garotos, resolvam suas entrigas em combate.

— Ok, será dois times. Don, escolha uma delas.

— Eu quero a Jeen. Você vai com as outras duas. — falou, estendendo a mão para Jeen, de forma que Jeen abriu um enorme sorriso.

— Parece justo. Vamos, Mai e Kino. Temos que vencer. — falei olhando para Don, com meu punho levantado.

Cada um foi para um lado do campo e a batalha começou.
É lógico que ninguém iria destruir o cristal de ninguém. Mas o combate era sério.
Foi um combate de 2 horas. Foram várias recaídas dos dois lados, mas foi quando me lembrei da fusão:

— Meninas, venham aqui! — falei enquanto Don e Jeen descansavam.

— Eu sei de um poder que vai acabar com os dois.

— Qual é? — as duas falaram quase juntas.

— É a fusão de poderes

— Como assim? — Mai me interrompe.

— É um poder que une dois elementos. Está no livro.

— Tá bom, Ronni - kun, mas aqui não tem fusão, não. — Mai completa

— Basta lembrar de seus amigos de verdade para fazer o livro brilhar. — respondi olhando para o alto, sem motivo.

— Aí, vocês vêm ou não? — Don grita, desafiando - nos.

— Estamos indo, fique calmo! — respondi ligeiramente irritado.

Então o livro de Kino brilhou forte, e o de Mai, logo depois.
Infelizmente, o de Mai desbloqueou outro poder, um de defesa.
Então, os livros desbloqueiam poderes com o sentimento. É assim que funcionam.

— Vamos usar esses dois novos!

As duas concordaram.
O plano era que nós atacamos e Mai defende, se eles contra atacarem.

— Vamos Kino, vamos acabar com isso!

— Estou bem aqui, Ronni- kun! — falou convicta.

Donny manda uma esfera de energia em nossa direção:

Bōrumūne

E então nós revidamos.

Kurisyūgō

Mas falhou. Falamos juntos, e nossos livros também brilharam juntos, mas nada aconteceu.

— O que deu errado? — Respondi, olhando para Kino e quase chorando.

Mai parou o ataque de Donny:

Shīrunabira - escudo em forma de rosa, onde as pétalas aumentam de tamanho, protegendo os que estão do outro lado.

Uma grande rosa apareceu à frente.

— Tudo que faço termina errado, não faço nada direito! — Cerrei os punhos, e me ajoelhei.

— Não se culpe, Ronni. Você fez o seu melhor. E também você vai descobrir qual é o problema. — disse Kino, falando ao meu lado, tentando me acalmar.

Ela me estendeu a mão, e eu aceitei a ajuda, então nossos livros brilharam naquela página.
Logo eu reparei o que significava "juntos".

— Kino, prepare- se. Vamos de novo.

Ela acenou com a cabeça, olhou seu livro e fechou ele como cristal, que o apertou com uma mão.

— Mai, se afaste. — gritei, por segurança

— Tudo bem. — respondeu Mai.

Don logo se afastou, e gritou, me chamando.
Olhei para Don com seu sorriso esnobe no rosto, mas foi Jeen que atacou:

Kyōryokurēraio em forma de feixe, como um laser, com diâmetro, comprimento e, consequentemente, intensidade variáveis.

Saiu um laser de dois dedos da mão direita, muito rápido.
Segurei na mão de Kino, que me apertou com força.

Kurisyūgō

E então nós revidamos, ou melhor defendemos e contra-atacamos.
Nosso poder criou um escudo gigantesco como uma muralha, que recebeu o laser como uma coisinha fraca. Depois, mandou o laser de volta, mais forte.
O laser que revidou, acertou Jeen. Ela caiu desmaiada.

Todos ficaram chocados.
Foi um momento de pânico e vários de medo e agitação. Depois, nós levamos ela pro hospital pedindo por ajuda.
A mãe dela chegou logo depois que ela entrou no médico. No final, quando ela acordou, fomos visitá- la.

Já estávamos mais calmos.
Entramos no quarto, cheio de flores e fotos.

— Oi garotos. Obrigado por me trazerem.

— Jeen, desculpa se eu te machuquei, foi sem controle, e eu não sabia que o ataque retornava. — disse Kino, enquanto eu concordava com tudo.

— E... É, quero dizer... desculpa se... eu não... Se eu... Não te protegi na hora. — falou Don.

Olhei para Don, para saber se era ele mesmo.
Esse não é o Donny Dothraki, que só pensava nele mesmo, que nunca pedia desculpas e nunca gaguejava porque não falava muito. ele está passando mal? Ou será que é algo com Jeen...

— Tudo bem, gente. Ronni e Kino, parabéns pelo escudo.

— Obrigado. — respondemos juntos.

Olhei para ela e pensei:

Acho que eu também sofro desse mesmo problema do Donny.

— Ok, vamos todos para fora. A paciente precisa descansar. — disse o médico.

Don cochichou algo no ouvido de Jeen, e nós saímos.
Logo comecei a pensar no treinamento.

A fusão entre mim e a Kino resulta em um escudo. Mas a fusão de outros também geram apenas escudos? Ou tem ataques? Será que tem portais ou mágicas, como paralisação, ou teletransporte?

Donny pediu dois táxis, e todos entraram.

Vou dormir, e talvez, consiga a resposta.

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