Cap. 8- Seigyo Reberu: parte I

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Irei pegar esse cristal, e irei vencer essa batalha, custe o que custar.

Peguei meu cristal para ler o livro, apenas para checar meus poderes.

Não apareceu nenhum novo... O que vou fazer... Vamos ver: Nerinkido é de teleporte... Shīrumanget é uma defesa... Tsukinosaku é de ilusão... perfeito... Só mais um detalhe...

É isso!... - Estalar de dedos -

Peguei minha lança, arremessei em direção à Jeen.

- Se precisar, segure em sua frente como um escudo.
Ela acenou com a cabeça e ficou em posição.

Escudo, confirmado!

- Agora, o final!

Tsukinosaku

Criei a ilusão de que eu estava atrás dele, com a mão em seu bolso. Mas, logo que se virou, perdi contato visual com ele.

Ilusão confirmada!

Aproveitando a chance perfeita e cheguei atrás dele. Então falei em seu ouvido:

- A ilusão se tornou real!

Eu sabia que seu machado era pesado, então foi só fazer ele virar pro outro lado. Ele perderia tempo reerquendo o machado, que me dava a vantagem de escapar. Peguei o cristal de Jeen, mas veio com algo a mais...

Ele continuou o ciclo de rotação, desequilibrando a nós dois.

O garoto tinha se posto diante de mim, com um sorriso diluvrador, ainda que em queda livre, e passou o machado entre meu braço e peito.

Me feri bruscamente no lado direito do peito, caí no chão, junto as gotas de meu sangue.

A dor aumentava cada vez mais. E o garoto preparava um plano, enquanto recuperava as energias. Dava pra ver no seu olhar.

Depois dali, percebi que não sentia mais a presença de Jeen. Ela havia fugido. E sem o cristal dela.

O cristal dela estava em minha mão direita, quase não a segurava por causa do ferimento. E as pessoas, ao redor, observavam, filmavam e assistiam, como se fosse um filme.

Por um minuto, eu os odiei. Odiei porque só olhavam, ninguém ajudava, nem se esforçava. Como se fosse um filme 3D que estavam assistindo de graça.

Coloquei o cristal de Jeen em uma pedra estranha, lisa como uma mesa, e voltei a observar as pessoas.

Logo o garoto, usando seu machado como apoio, apontou para mim, dizendo:

- Hey, fracote, levanta, eu ainda não venci.

Esse foi meu ponto de ignição. Sentia vontade de explodir tudo e à todos.
Era muita raiva concentrada.
Então ouvi uma voz medonha, grossa e rouca:

- Você ultrapassou o Seigyo Reberu!

E então entrei em uma espécie de transe. Igual à um coma, ou um hipnotismo. Só me via em uma sala negra, onde tudo que eu imaginava de ruim aparecia no "teto" que lá estava.

Olá... Alguém aí?... Tem alguém aqui? Onde estou?

Não fazia ideia do que estava acontecendo. A única coisa que me veio à mente foi o fato de aquilo ser uma ilusão. Mas não era, pois eu era imune à ilusões, todas elas.

Como pode? O que houve? Porque estou aqui? O que está havendo aqui?

De repente vi uma luz no teto dessa sala, que apagava minhas memórias ruins. Olhei para as paredes negras. E via apenas lembraças. lembranças boas, lembranças ruins, lembranças que eu nem me lembrava.

Me senti flutuar à direção do grande buraco. E, à medida que ia, voltava a sentir as presenças de quem estava por perto. E o meu adversário, mas sua presença diminuia rapidamente. Será que ele desistiu? Ou outra coisa?...

Então, finalmente saí daquele sonho maluco. E percebi que era sério.

O que o Seigyo Reberu significa? Deve ser algo perigoso!

Nesse momento, estava de joelhos, ao lado do garoto, ou de seu cadáver. Minha lança o havia atravesado. Seu sangue escorria pela lâmina. Jeen, Kino, Mai e Dan estavam lá, unidos à multidão de pessoas, com todas essas perplexisas, assustadas...

Mas o que aconteceu aqui?

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