Party

440 40 4
                                    


NADA era aconchegante naquele lugar.

Quando Leena acordou, sentiu uma tremenda dor nas costas, inicialmente pensou ser por causa do novo colchão e não se incomodou de verificar. Ela se sentia deprimida naquele lugar. Olhar para as paredes que antes, no seu antigo quarto eram rosa, aqui é cinza claro. Sua mobília havia mudado de branca para um marrom morto. Ela sentia falta até de suas cortinas brancas, já que as novas são cinza.

Ela pulou da cama tentando respirar o novo ar. Calçou suas pantufas e desceu para o café da manhã, que já estava com um cheiro de panquecas pela casa inteira. E uma coisa que poderia estragar mais o dia deprimente dela, era não comer suas panquecas favoritas.

-Leena! – sua mãe a repreendeu assim que ela pisou no último degrau da escada.

Logo, a menina se assustou e corou de vergonha. Ela estava com um pijama rosa florido se deparando com um homem a sua frente. Ele tinha seus cabelos escuros e olhos azuis e mantinha o sorriso nos lábios após vê-la. Ela não ligou muito para mãe, mas sentiu-se incomodada com o olhar fulminante do outro individuo presente.

-Quem é este? – apontou.

-É nosso vizinho. – a mãe sorriu. – Cumprimente o Sr. Tomlinson. – ela mandou.

-Só Louis. – ele lhe esticou a mão.

-Meu nome é Leena. – ela cumprimentou a sorrir.

Louis vestia uma simples camisa branca, jeans e tênis. Ao julgar por agora, ele parecia simpático, mas havia nele uma coisa que cutucava a espinha de Leena, como se fosse um pressentimento estranho.

-Louis veio convidá-la para uma festa em sua casa, como boas vindas. – a mãe comentou.

-Como ficou sabendo de minha chegada? – ela questionou.

-Vi vocês chegando ontem e pensei que seria legal apresentar-te aos jovens da cidade. – ele sorriu mais uma vez.

Leena olhou para a mãe e vice versa.

-Talvez ela dê uma passada. – a mãe sorriu. –Acompanho-te até a porta. – completou.

Leena bufou antes de ir para a cozinha. Pegou uma tigela no armário e o cereal no outro, misturou com leite e sentou-se na bancada para comer.

A mãe adentrou na cozinha animada fazendo com o que a menina revirasse os olhos.

-Nem pense nisso. – Leena começou. – Não vou à festa alguma.

E realmente ela não iria. A menina era mais do tipo que curtia a casa e suas acomodações. Não gostava muito de ir a baladas ou festas abarrotadas de adolescentes bêbados "se pegando". Odiava ter que sentir o cheiro de álcool ou coisas a mais. Era uma garota tradicional, e, adorava isso.

-Ele é bonito, não? – a mãe perguntou e ela assentiu. – Vamos lá. O menino quer dar uma festa de boas vindas, irá recusar?

-Sim! – ela bufou. – Não conheço ninguém de cá ainda, e tu quer que eu vá a uma festa? Vai saber o que esse povo faz para se divertir.

-Descubra, oras! Tente fazer amizades. Amanhã você começa o colégio e precisa que, pelo menos, saibam seu nome. – ela riu.

Ela terminava o cereal e assentiu para o sorriso da mãe aumentar.

Logo após a comilança do café da manhã, Leena subiu para o seu quarto e passou a tarde tentando se preparar psicologicamente para o dia de amanhã. Só de pensar que teria escola e teria que fazer amigos, ela bufou, já que se enturmar, definitivamente, não era a sua praia.

The Monsters - H.S. Horror FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora