Nightmares - II

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LEENA se via em um quarto antigo, estilo anos sessenta. A decoração rústica fez ela se perguntar do porque estar ali, como se perguntou sobre o outro pesadelo. Mas será que eram somente pesadelos? O que essas ilusões queriam lhe dizer, afinal?

Ela vestia uma camisola branca que ia até os joelhos e seu cabelo estava enrolado e preso com grampos. Ela não conseguia imaginar o que aconteceria agora.

A porta, do que ela julga ser o banheiro, se abre e de lá sai uma mulher de cabelos negros e longos. Ela era maravilhosa. Trajava um vestido branco com meia manga, de comprimento até os joelhos. Usava botas marrons e um cinto bem preso embaixo dos seios, de uma mesma cor.

Ela não notou a presença de Leena. A ruiva parecia completamente invisível.

-Vamos logo, mamãe! – alguém abriu a porta gritando.

Era ele. Seu cabelo loiro estava escorrido por seu rosto e sua pele clara fazia seus olhos azuis se destacarem mais. Somente suas roupas estavam estranhas. Uma calça larga e marrom; blusa mais larga ainda e bem colorida, bem chamativa; e um All Star azul nos pés, que quase não eram perceptíveis por conta da boca de sino da calça.

-Não se preocupe Niall. Chegaremos a tempo. – a voz dela era tão doce que Leena podia ouvir para sempre.

Mais um homem entrou no quarto e Leena teve que vasculhar em sua memória para encontrar aquele rosto conhecido. Por baixo daquele cabelo amarelo e comprido, juntamente com a barba por fazer e óculos redondo, estava o diretor Hanz. O formato do rosto continuava o mesmo, foi isso que a fez concluir que era ele.

-Vamos logo, querida. Tina e Ronald não irão mais conosco. – ele aprecia triste em dar-lhe essa noticia.

Mas a morena não abaixou a feição, pelo contrario, ela foi até ele e ergueu-lhe o rosto.

-Tudo bem, faremos a passeata sem eles. – e sorriu tão singelamente que aquele sorriso confortava o coração de qualquer um.

De uma hora para outra, Leena se viu dentro de um carro, mais parecido com um fusca, todo decorado com misturas de cores e símbolos diferentes; a psicodélica estampada nas roupas e no automóvel. Foi ai que a ficha dela caiu e ela pode concluir: Eles eram hippies.

Leena e Niall estavam sentados na parte de trás do fusca, enquanto Hanz dirigia e a mulher morena falava sobre a guerra do Vietnã. Eles estavam em uma pequena auto-estrada com as janelas do automóvel abertas e batendo em seus cabelos. A ruiva estava com um vestido bem colorido, botas marrons iguais a da morena e um o que mais parecia um cinto fino, envolto a cabeça.

A velocidade do carro não estava muito rápida, o que fez Leena perceber que havia uma mulher parada e estática na valeta. Eles passaram reto, o que a fez perguntar se eles a viram também. Mais um pouco a frente, Leena viu novamente essa mesma mulher, e de novo e de novo. Várias vezes e lugares e distancias diferentes.

Leena coçou os olhos e quando os abriu, estava à noite. Os quatro estavam no mesmo carro, e ao que parece, voltando de algum lugar. A ruiva não prestou muita atenção por estar atordoada, mas a morena falava e falava sobre tais de panteras negras e algumas músicas, e os homens a ouviam tão atentamente que estavam hipnotizados com a alegria dela. Então, novamente, a menina apareceu na estrada. E mais uma vez e mais uma vez. Até que os faróis do carro estavam de frente para ela.

Com a luz em seu rosto, Leena pode verificar seus traços. Cabelo loiro e olhos azuis, quase como os de Danielle. Um vestido branco reto ia até seus pés e ela tinha a visão fixa em Hanz.

-Será que ela quer uma carona? – a morena perguntou.

Mas a moça de branco se virou e foi embora, com se aquilo fosse à coisa mais normal do mundo.

-Está ai a nossa resposta. – e Hanz sorriu para ela, que retribuiu com um pequeno aberto em seu membro por cima da calça.

A partir daí, seguiram caminho.

O vento que passava pelo corpo de Leena, estava bem frio e o cheiro de sangue pairava no ar. Os corpos de Niall e o diretor Hanz estavam no chão: cheios de sangue e vários machucados. E o carro, afundando naquele imenso mar, com alguns gritos de mulher vindo de dentro dele. Dava-se para se perceber que as janelas do automóvel estavam fechadas e ela batia esteticamente as mãos nos vidros, enquanto o carro se enchia de água. Niall tinha um corte no peito que ia até o pescoço e sangrava muito. O diretor Hanz tinha alguns cortes espalhados pelo corpo, mas nada parecia tão grave quanto do filho.

A moça de branco estava olhando o fusca afundar e Leena estava intacta, um pouco atrás dela e olhando aquele horror acontecer.

Ela fechou os olhos querendo se livrar daquele pesadelo, e assim aconteceu.

Quando Leena abriu seus olhos verdes, estava em sua antiga casa com seus pais, na sala de estar. Ela estava sentada em sua poltrona preferida e seus pais abraçados, sentados no sofá maior. Todos com suas xícaras de chocolate quente, pois estavam no inverno mais rigoroso de Minnesota. A televisão estava ligada no jornal local e este era o único som que ela estava ouvindo.

-De novo não. – ela murmurou.

E foi como se ela não controlasse o corpo, virou a xícara de chocolate quente e percebeu um gosto estanho vindo da bebida, ela sabia que era sangue. De repente, a televisão começou a chiar e um som ensurdecedor fez Leena derrubar a xícara e tapar novamente seus ouvidos. Tamanho foi esse som que quando ela sentiu que ele havia parado, pode perceber que em suas mãos havia sangue. E que no meio daquilo tudo, as cabeças de ambos seus pais, haviam caído de seus corpos. As faces perplexas, os móveis derrubados e sangue por toda a parte da casa.

-Acorde, isso é um pesadelo! – novamente ela pode ouvir essa mesma voz, mas a voz era totalmente irreconhecível.

Continua... 

*

Oi, pessoinhas.

Sim, eu voltei com mais um capítulo e por mais que pareça estranho estar se repetindo o final, garanto a vocês que a história se auto explicará o por quê disso. 

Percebi que com o passar do tempo, algumas leitoras abandonaram a história. Não façam isso! Juro que ela fica mais legal. :P

Não se esqueçam de votar e de comentar.

Beijos e Obrigada.

*

The Monsters - H.S. Horror FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora