Dark Moves Of Love

Move Eight

DARK MOVES OF LOVE

capitulo oito.

Lauren sentia o sangue misturado com sua saliva pelo ato constate de morder os lábios - a forma que encontrara de controlar o nervosismo que sentia. Ela botou a força do corpo dos dedos do pé, antes de fazer força para cima e vistoriar quem passava.

Ignorou o celular tocando no bolso, e voltou para a posição inicial. Isso era uma das coisas que fazia cada vez mais, e o que deixava seus superiores ao ponto de perder os cabelos do pinto. Mas eles não entendiam. Lauren sentia como se tivesse no começo da adolescência novamente, quando uma vida cheia de novidades e confusão (além de responsabilidades), explode em cima de você e não te deixam nem tempo para organizar a cabeça.

Ha, organizar seus pensamentos e o que fazer adiante não fazia mais parte do vocabulário da cantora. Principalmente quando avistou Dinah Jane caminhando em passos largos com seus tênis, bermuda e blusa de baseball vermelha, e se tocou do plus que hoje teria.

"E ai docinho de coco." A mais alta cumprimentou, com um sorriso grande no rosto. "A vida anda ocupada demais para não encontrar com as amigas?"

Lauren não se deu nem trabalho de responder, apenas caiu nos braços de sua grande mãe-urso. Dinah tinha um aroma forte de um perfume frânces que Lauren esquecera o nome, mas era o que a mais alta sempre usava. Abraçar Dinah era como abraçar sua casa, e por mais que não se vissem tanto, ao encontrá-la sempre agiam como se vissem todos os dias.

"Laur, dizendo seriamente aqui..." Dinah continuou quando a cantora indicou para que começassem a andar. Estavam na entrada de trás do Madison Square, era de manhã e os Spiders já se preparavam para o show que começava às 23. O que um grande espetáculo não faz com os artistas, não é mesmo? Dinah sorriu malvadamente. "Você precisa pegar uma corzinha. Eu quase passei direto se não fosse pelas roupas. Você se clamufa nessa parede branca."

"Me lembre rapidamente porque somos amigas?" Lauren respondeu. "Acho que matei um padre decente na vida passada para ter que te aturar."

"Você me ama!"

"Um grande desgraça."

"Desgraça?" Dinah riu. "Meu bem, me ter na sua vida é uma das suas maiores dádivas."

A de olhos verdes balançou a cabeça, abrindo a porta do camarim para que Dinah entrasse. Essa logo roubou uma das garrafas d'água e das frutinhas que deixaram, jogando-se no sofá e cruzando as pernas.

"Eu me daria bem numa vida dessas."

"Qual? A de ser famosa?"

"Também, mas digo melhor a 'vida de ser servida'."

Lauren riu do tom que a amiga usou, pegando uma maçã antes de acompanhá-la ao sentar ao seu lado. "Eu ando cansada ultimamente. Disso tudo. Óbvio como tem coisas boas, como todo mundo fazendo o que você quer, mas até isso é assustador. Você meio que perde a cabeça. Se esquece de quem é."

Dinah olhou-a cuidadosamente. "Por favor, não me faça ler um dia uma manchete sobre você raspando o cabelo e tacando fogo em alguém."

"Não!" Lauren riu, mordendo um pedaço. "Mas é sério, DJ. Ninguém tem realmente noção do que é essa loucura até realmente vivê-la. É como... Como se eu fosse do circo. Aquelas pessoas que se equilibram na corda e andam de um ponto para o outro, sabe? No ínicio você vai com medo, mas um pensamento positivo. Até que começam a torcer para que você caia, jogando tomates... Ou esperam que você chegue no fim só porque pagaram o ingresso, e não querem ver uma tragédia."

Ela sentiu um gosto amargo na boca. "Eu tenho que olhar no espelho todo dia por uns quinze minutos para finalmente me reconhecer. Não a Lauren Jauregui que o mundo conhece, mas a Lauren Jauregui que chora de noite por ser a outra. Não que eu não seja grata por tudo que estou vivendo, pela oportunidade, pelo sonho realizando. É só que..."