Dark Moves Of Love

Move Seven

DARK MOVES OF LOVE

capítulo sete.

Rupert balançava o corpo para frente e para trás, os olhos fechados e os dedos batendo na lateral do casaco enquanto esperava pacientemente para que a porta fosse aberta. Devia ser três da tarde e as nuvens impediam que o sol forte batesse em seus olhos pela janela do corredor, o clima combinando perfeitamente com a música tocando nos fones de ouvido.

Lauren ligara meia hora atrás para avisar onde estava, porque sumira e para implorar que Rupert viesse encontrá-la. Era engraçado o fato de que a cantora nem escondia sua preferência pelo ruivo. Eles foram os últimos a virarem amigos, mas os que mais se aproximaram. Enquanto Danny e Marcus não largavam seus celulares nas horas livres para conversar com os que tinham em suas cidades natal - ou com os que criaram durante esses anos de loucura-, Rupert e Lauren sentavam-se juntos para conversar, dormir, ou até ver filme.

Talvez fosse pelo fato dos pais de Rupert só ligassem para pedir dinheiro, e os irmãos estivessem ocupados demais com as próprias vidas. A família de Lauren, por outro lado, se estressara com a cantora após inúmeras brigas quando a mesma estava em crise. Tudo bem que as coisas já estavam bem melhor agora e Lauren chegava até a sentir falta de casa, mas não era como se ambos os lados se esforçassem tanto assim para voltar a ser o que era antes, bem antes.

Então, Rupert e Lauren eram carne e unha, alma gêmea, duas metades da laranja, dois não-amantes e dois irmãos.

Enquanto o ruivo cantarolava James Arthur, Normani abriu a porta, e ele sentiu como se tivessem puxado o tapete embaixo de seus pés. Ela era uma mulata linda que ele já tivera o prazer de beijar. Rupert ficou extremamente feliz quando soube que Lauren voltara a falar com a morena, assim ele teria a chance de se aproximar também. A não ser que Normani o achasse feio, já que não era mais magrelo e nem tinha um corte de cabelo bom - quando se faz três shows em uma semana e em lugares diferentes, a última coisa que você se importa é como seu cabelo se comporta fora da touca.

"Hey Rup", ela disse suavemente, o apelido saindo de seus lábios de um jeito carinhoso.

Ele sorriu para a mulher. "Olá Mani."

Trocaram dois beijos, e ela abriu espaço para que Rupert pisasse dentro do apartamento. Ele pequeno comparado ao que o ruivo comprara recentemente, mas extremamente confortável e bem decorado. Rupert chegou a abrir a boca para elogiá-lo, mas seus olhos se pousaram na figura encolhida no sofá.

"Você se meteu numa corda bamba, Jauregui." Ele disse, arrastando seu corpo para frente da cantora.

Lauren respirou fundo, tirando o rosto dentre os joelhos para espiar o amigo com cara de cansado e sorriso curto nos lábios.

"Tomás vai comer meu cu, não vai?"

"Frito e com farofa."

"Quem ele é?" Normani perguntou, entrando na conversa.

Ela tinha cheiro de morango e usava um vestido florido que a deixava linda. Rupert conteve a vontade de sorrir.

"Nosso faz-tudo. Ele que cuida dos ensaios, de onde vamos, quando vamos..." Ele explicou. "Foi difícil convencê-lo para me deixar vir sozinho buscá-la. Com certeza você voltaria com hematomas."

"Na verdade, acho que preciso levar uns sacodes para acordar." Lauren falou as palavras com desgosto. "Em que planeta eu fui achar que ela poderia me perdoar?"

Rupert ergueu as sobrancelhas. "Foi tão ruim assim?"

"Digamos que fiquei aliviada em ver que Camila não arrancou nenhum pedaço de Lauren quando saiu daqui." Normani disse com riso nas palavras.