08- As coisas não são como parecem ser, parte 3

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Acordei com o despertador gritando em meu ouvido.
Logo em seguida minha mãe bate na porta duas vezes e fala:

-Anda logo. Não quer se atrasar, quer?
-Não
-Ótimo.

Só pelo tom de voz de mamãe ela não está bem, então é melhor eu me apressar. 

Eu olhava para o caminho fixamente a minha frente, até Margareth chamar minha atenção dizendo:
-Aconteceu alguma coisa? Você  parece tensa e um pouco pálida
-Talvez tenha acontecido
-O que?

Então contei tudo o que aconteceu, principalmente sobre o estado de Nona. Minha mãe ficou sem expressão nenhuma quando contei sobre o sonho.

Minha mãe me deixou na esquina da escola.

-Bom dia, melhor porteiro. - digo
-fala
-possso entrar?
Ele suspira e abre o portão

Point of view André 06:30A.m

Fiz questão de chegar cedo na escola hoje. Minha avó está me deixando louco com as paranóias dela.

- Bom dia, Ylo - Digo a Taylor assim que a vejo guardando seus livros no armário
Ela fecha a porta do armário olhando fixamente à ele sem nem mesmo piscar. Sua pele estava mais branca que o normal.
Ela se vira até a mim, como um robô, pisca duas vezes e diz:
-O que?
-Nada. Quer ir no jardim?
-Não.
-Taylor, o que houve?

Ela não diz nada, só me abraça e começa a chorar. Passo minhas mãos em seu cabelo e digo:
-Tá tudo bem, não precisa chorar
- André, desculpa.
-Vem, vamos sentar no refeitório e esperar os outros.

Robbie e Milly chegaram rindo feito loucos
Os mesmos cumprimenta  eu e a Taylor.

-Qual foi Taylor? Você não parece bem - Diz Robbie
-E não estou
-Havia um pintinho chamado Relam toda vez que chovia Relam piava
Milly e Robbie começaram a rir, Taylor suspira e me diz:
-André, vamos cair fora.

Nós fomos até o portão para esperar a Joyce e o Robert.
Depois de um bom tempo eles chegaram.

-Bom dia - dizem em uníssono
-Dia, porque de bom não tem nada - diz a Taylor
Robert nos puxa até o refeitório, e Robbie ainda continuava com suas piadas ruins

-Vocês me dão dor - diz a Taylor revirando os olhos.
-Pensando bem... Eles também me dão dor - digo.

[...]

Nós fomos para aula de biologia.

- Hoje nós vamos estudar o corpo humano - diz o professor
e Taylor disse:
- Eu já estudei o corpo humano na 8° série
-Mas não o modo avançado.

Point of view Taylor

O professor recebeu uma ligação e saiu da sala, saiu e não voltou mais. Fui atrás dele, mas não o encontrei.
Agora é aula de filosofia, mas a professora faltou, ninguém veio justificar o motivo. Talvez seja pessoal.
Como eu tenho um ódio puro e genuíno da minha sala, eu fui pra sala do Saycovisk.
Bato na porta, e não havia ninguém.
Não passo nem seis minutos sozinha naquela sala com quadros de cocos.

-Taylor, o que faz aqui? - diz Robert fechando a porta atrás de si.
-Você sabe que eu odeio gente. Então queria ficar longe deles
-Vindo pra sala do Saycovisk ?
- Sim, ele não é gente.

Mas na verdade eu queria contar minhas alucinações para ele.

-Para de graça. O que ta pegando?
-Tive alucinações... Queria compartilhar com o Saycovisk, porque ele é não bate bem da cabeça, quem sabe ele me entenda.

Robert me abraça, ficamos abraçados até a hora de bater o sinal para aula de educação física

-Bom dia Galera - diz o professor animado

-Só se for pro cê - penso alto

-Você falou algo, Taylor? Quer compartilhar com a Turma?
-Não.
-Ótimo, pensei que quisesse
-Dá logo sua aula.
-Obrigado. Hoje nós vamos separar os times de futebol e de líderes de torcida.
-É obrigatório? - digo
-Sim
-Que pena.
-Por que
-Porque eu não sou obrigada a nada - digo e saio andando. 

Vou até a sala do Saycovisk, e graças a Deus ele está lá pintando um quadro.

-Oi - digo
-Olá - ele se vira pra mim e depois volta a focar no quadro - o que faz aqui?
-Vim conversar
-Sobre o que?
-Mundei de ideia, quero ficar calada
-Tudo bem.

Fico observando Saycovisk pintar seu quadro. Ele estava calmo, nunca o vi assim.

-Ei, Taylor
-Ei, Saycovisk
-Escutou alguma coisa?
-Não.
A única coisa que eu estava escutando era a voz de Ricardo dizendo que ele iria acabar comigo.
De repente a Milly entra na sala dizendo:

-Taylor, o Robert brigou com um tal de Max
-Aonde ele está?
- O Max?
-Não, idiota. O Robert
- Atá, ele está no Refeitório

Point of view Robert  11:16AM

Alguns minutos atrás(Briga)

Lá estava eu conversando sobre coisas aleatórias com o André, até que chega um moleque do nada dizendo,:

-Ei, sabe o que eu acho da Taylor?
-Não, agora... Será que você poderia sair?
-Bom... Ela é uma gostosa do caralho, cara.  Seria ótimo se ela fosse meu brinquedo sexual.

Eu não o deixei terminar a sua fala, pois logo em seguida que ele diz aquilo eu já me alterei e dei um murro em sua cara. Max me devolveu outro murro na boca, e eu o empurrei e dei um último soco em seu nariz.
Aquele só foi o último porque o André me levou ao refeitório para tomar uma água.

Vejo a Taylor se aproximar, seu olhar estava melancólico, só de vê-la senti um arrepio em todo o meu corpo.

-Vamos limpar sua boca. - diz ela olhando friamente dentro dos meus olhos.

Pensei que a Taylor iria gritar comigo e me xingar, mas não. Ela estava tão calma. Ela limpava a minha boca na maior delicadeza.

-Amor, você está bem? - digo estranhando sua calma.
-Estou
-Ai Taylor, isso arde
-Não iria arder se não tivesse brigado.
-Aff!
-E sem reclamar
-Chata
-Pronto, acabei
-Ótimo! Quer saber o motivo da briga?
-Não, mas se começou termina
-Foi assim: Eu estava com o André, de repente um tal de Max apareceu dizendo "Sabe oque eu acho da Taylor? Eu a acho uma gostosa do caralho. Seria ótimo se ela fosse meu brinquedo sexual" Daí eu fui pra cima dele.
-Uau!
De branca, Taylor, ficou vermelha
- Você tá bem ?
-Sim
-Aquele mauricinho está vindo em nossa direção.
-Eu sempre achei que Max era nome de cachorro
Eu e a Taylor começamos a rir.

- Oi Gostosa, ta afim de um cepo bem duro no seu caixão? - Diz Max

Taylor não diz nada nada, apenas dá um tapa em sua cara.

-Se quiser deformar minha cara, fala logo.

Taylor olha para ele com cara de desprezo, e sai andando.

- Taylor, você quer ir no Jardim? - digo
-Não sei
-E vou com você, não vai acontecer nada
-Você me deixa segura
-você vai ?
-Sim

Então guiei a Taylor até o jardim.
Sentei debaixo de uma árvore gigante, puxei a Taylor para que ela se sentasse no meu colo.
Comecei a beijar seu pescoço, e disse próximo ao seu ouvido:
-Ta tudo bem, não precisa se preocupar.
Então depois disso deu a hora de irmos para casa. Fiquei com ela até seu táxi chegar.

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