Amizade, Amor e Você - Degustação

Capítulo 6

Dedico esse Capítulo a Dra. Vivi, obrigada pela ajuda amiga! Bj

Mais uma vez, nem uma palavra sai da minha boca. Fico olhando para o Cássio e tentando imaginar o que ele faz na porta do meu apartamento menos de uma hora depois que saí do apartamento dele.

— Como o problema de transar duas vezes seguidas com a mesma mulher não existe mais, pensei que poderíamos continuar de onde paramos no dia que você me deu carona.

Forço a minha mente, somente agora lembro que ele não caiu na história que eu era apenas a médica, e não a Rebecca, naquele dia. Lembro que ele me chamou de Rebecca algumas vezes, diferente de hoje à noite.

Ele entende meu sorriso idiota como um convite para entrar e avança em minha direção. Suas mãos me erguem com firmeza, minhas pernas o envolvem antes dele começar a me beijar e me colocar sentada no granito do balcão da cozinha.

— Acredito que era desse jeito que iríamos continuar na cozinha da minha casa. — O Cássio desfaz o nó do cinto que segura fechado meu roupão, um grunhido escapa da sua garganta. — Exatamente assim que eu havia imaginado.

Ele puxa meu corpo para mais perto do seu e volta a me beijar com urgência e força. Saber que ele imaginou uma cena quente entre nós me excita e me leva a praticamente arrancar a camiseta dele em segundos.

Nunca vou me acostumar com o corpo do Cássio, com os músculos desenhados perfeitamente, o tom bronzeado e a pele quente como o inferno encostada na minha.

Ele segura minha nuca com firmeza e os beijos ficam cada vez mais firmes e urgentes.

— Preciso estar dentro de você. Fiquei imaginando ter você assim todas às vezes que entrei na porra da cozinha do meu apartamento. Por favor, não se assuste dessa vez.

Ele abre o botão e o zíper da calça, a ideia de ajudá-lo com o preservativo me anima. É bom senti-lo tão duro e necessitado.

Dessa vez ele não me pega desprevenida, o conduzo para dentro de mim.

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— Rebecca. Rebeccaaaa. — Escuto meu nome ser chamado, parece tão longe. Tento abrir meus olhos, o cansaço não deixa. — Rebecca, preciso de você.

Meu lado médica fala mais alto, acordo totalmente e já estou de pé.

— O que aconteceu?

Não consigo ver muito bem sem os óculos, apenas sei que não estou no hospital, estou no meu quarto e o Cássio vem ao meu encontro.

— Aqui seus óculos. — Ele os coloca no meu rosto. — Não tem nada para fazer vitamina ou sanduíche na tua geladeira, não sei fazer outra coisa para o café da manhã, já estou atrasado. Você pode me ajudar?

Olho para o relógio ao lado da minha cama e são cinco e quinze da manhã, dormi no máximo duas horas, meu corpo todo dói. Ficar acordada atendendo no hospital é bem diferente do que ficar acordada tendo uma noite maravilhosa com o Cássio.

— São cinco e quinze da manhã.

— Estou morrendo de fome e tenho treino às seis. — Ele vem ao meu encontro, me abraça com carinho passando os lábios pelo meu pescoço. — Por favor, Rebecca, é possível que eu desmaie se não comer nada logo.

Esse homem está sempre com fome ou é impressão minha?

Respiro fundo, coloco meu pijama e vou para cozinha com um Cássio todo sorridente atrás de mim.