Cheguei em casa ensopada, abri a porta e minha mãe me olhou assustada. Logo ela correu até mim com uma toalha, enxuguei meu corpo e meus cabelos antes de subir para o meu quarto. Olhei para retrato ao lado da minha cama e desabei no chão.
Olhei para o homem sorridente, de cabelos escuros e olhos sinceros.
-- Por que vocês me deixou? - murmurei pegando o quadro e o apertando contra o peito. -- Eu...eu preciso de você.
-- Querida.- olhei para minha mãe parada na porta do quarto. Ela caminhou até mim e me abraçou.-- Seu pai te amava e tenho certeza que se ele pudesse escolher, ele estaria aqui agora. Mas ele não está.- olhei fundo em seus olhos e um soluço me fez estremecer.-- Eu estou aqui princesa, sempre vou estar.
Depois de desabafar tomei um banho e me deitei para dormir. Fui pegar no sono quando os primeiros raios de sol já entravam pela janela, me senti exausta resolvi não ir para a faculdade naquele dia.Brad pov
Entrei no apartamento e joguei aquelas roupas encharcadas em qualquer lugar. Liguei o rádio no último e coloquei um cd qualquer para tocar.Entrei debaixo do chuveiro e senti meus músculos relaxarem, preguejei baixinho quando Julie veio em minha cabeça. Sorrindo enquanto eu jogava alguma cantada barata para cima dela, o modo como ela me afastava quando queria se entregar. Bufei, passei o sabonete pelo corpo e sai do banho. Coloquei um moletom e me joguei na cama, fechei os olhos e me obriguei a dormir.
Acordei com os primeiros raios que atravessavam as persianas. Olhei para a...Pen? Que diabos ela fazia ali.
-- Que droga! - me levantei em um pulo.
-- Oi meu amor.
-- Que merda você está fazendo aqui? - puxei as cobertas obrigando ela a se levantar.
-- Eu queria te fazer uma surpresa mais você estava dormindo então...
-- Então o caralho, Pen! Eu já deixei bem claro que é pra você sumir daqui! Me deixa em paz.
--Mais Brad... - agarrei seu braço e arrastei ela pelo corredor.-- O que vai fazer, benzinho?
Abri a porta e coloquei-a para fora, trancando-a em seguida. Ouvi seus berros e as batidas então liguei o som, liguei para o serviço de quarto e pedi um café da manhã. E enquanto não chegava, tomei um banho rápido. Coloquei na Cartoon e enquanto eu secava os cabelos, me lembrei da noite em que ela caiu desespera em meus braços. Afastei aquela lembrança e quando a campainha tocou, atendi a porta e dei uma gorjeta ao garçom que veio trazer meu café. Comi em silêncio enquanto assistia Bob, Esponja.
Isso se resumiu no meu dia, nada de faculdade, nada de garotas e nada de Julie. Olhei para o meu reflexo no espelho, meus cabelos estavam parecendo um ninho de passarinho e havia olheiras. Olheiras enormes! Peguei uma roupa qualquer no guarda-roupa e sai. Dirigi até a casa da Julie e pensei bem durante alguns minutos. Desci do carro e bati na porta, logo a porta se abriu e o rosto da mãe dela apareceu sorridente.
--A Julie está? - perguntei meio sem jeito, com medo de que ela houvesse contado tudo o que aconteceu para sua mãe.
-- Está. Venha, entre. - entrei na casa esfregando as mãos na calça.-- Quer beber algo?
-- Ah não, obrigado. - sorri enquanto esperava ela. -- Acho que ela te contou o que houve ontem e...
-- Sim, ela me falou algo. - a mãe dela disse enquanto arrumava as madeixas loiras. O que me fez pensar que Julie devia ter puxado ao pai. -- Mais vocês precisam conversar.
-- Eu gosto muito dela, mas ela não percebe!- desabafei.
-- Julie não tem sido a mesma há muito tempo. - ela falou me guiando até a sala. -- Julie sempre foi uma menina doce, mais desde que ela perdeu o pai, passou um bom tempo em depressão e foi difícil vê-la daquele jeito. -uma lágrima solitária saiu. -- Ela não queria nem dançar mais, e depois teve a morte da amiga dela... Foi bem difícil de lidar. Então eu peço que cuide bem dela. Sei, que ela gosta de você afinal, eu conheço minha filha.- ela sorriu. -- Nem mesmo quando Charles pediu ela em namoro eu a vi feliz como você a fez. É bobo eu sei, mais ela gosta de você.
Assenti. Não sabia o que dizer, eu queria apenas conversar com ela e esclarecer tudo. E enquanto eu criava coragem já ia formulando as palavras em minha mente. A mãe dela me pediu para subir e que talvez ela estivesse dormindo, subi as escadas e abri a última porta do corredor. E como a mãe havia avisado, ela estava dormindo. Olhei para o quarto lilás com um quadro imenso cheio de fotos. Me aproximei e vi um foto dela pescando com o sujeito que deveria ser seu pai, sim eles eram parecido. Havia uma dela de tchu-tchu rosa sorrindo enquanto fazia uma posição nas pontas dos pés. Deixei um sorriso escapar. Fotos do seu primeiro prêmio em uma competição de dança e mais a frente uma foto dela com uma menina ruiva. Aquela devia ser a amiga dela.
Peguei um de seus ursos de pelúcias e olhei para a garota dormindo, a respiração calma e suave. Bem diferente de quando estava acordada. Me agachei de frente para ela e acariciei seus cabelos.
Aos poucos os olhos dela foram abrindo e quando me viu ela se sentou de imediato.
-- O que faz aqui?
Me levantei e sentei na cadeira no canto do quarto.
-- Quero conversar.- falei cruzando os braços, enquanto meu olhar corria pelo maldito conjunto nada discreto dela.
-- Eu já disse tudo o que queria te dizer. - ela se levantou e abriu a porta. Mais uma vez olhei para sua pernas expostas. E pude notar um rosado nada sutil surgi em seu rosto o que me fez abrir um sorriso malicioso.
-- Mais eu não.-me levantei e fechei a porta. -- Apenas me ouça ta?
-- Mais eu não quero! - resmungou cruzando os braços.
Olhei mais uma vez para o short minúsculo que ela usava para dormir e a camisa de alcinha com um decote. Os cabelos bagunçado e a cara um pouco amassada. Talvez acordar e ver ela deste jeito fosse bem mais excitante que vê-la dançando.
-- Deixa de ser infantil. - resmunguei. Percebendo que meu olhar não se afastava do seu corpo ela pegou um casaco. O que não ajudou muito, suas coxas ainda estavam expostas.-- Quero te explicar o que houve naquela noite.
-- Eu já sei...
-- Dá pra me deixar falar!- falei impaciente já, eu não precisava dar explicações, mas algo me fazia querer esclarecer as coisas. -- Aquela noite, Kyle me disse uma coisa e eu fiquei um pouco nervoso dai você falou aquelas coisas e me deixou mais nervoso. Eu sou homem, sinto desejo e ensaiar com você...daquele jeito mexe comigo! - ela corou e seus olhos se arregalaram, talvez nem ela soubesse o quanto mexia comigo.-- Eu estava dançando com uma garota e ela me beijou e foi isso, eu não queria te deixar mal, mas eu estava de cabeça quente e quando você beijou Kyle lá na festa eu me senti mal. Procurei por você para dizer algo mais eu não te achava e quando te encontrei bêbada nem valia a pena...falar com você!
-- Já acabou?- fingiu impaciência. Me aproximei dela e me sentei ao seu lado. Ela se remexeu nervosa.
-- Não.- sorri. - Eu quero te dizer que eu gosto de você e quero saber se o que eu sinto não é passageiro.
-- Ah, é passageiro! - ela se levantou rindo sem um pingo de humor. -- Dorme que passa! E você vai ver como é passageiro e logo logo vai estar atrás de outra.
Puxei sua mão e quando ela caiu sob mim eu prendi meus braços em torno dela.
-- Você pode até não gostar, mas eu vou te provocar até você implorar por mim. - sussurrei sob seus lábios com os olhos fixos nos meus. Peguei seu lábio inferior entre meus dentes e apliquei uma leve pressão apenas para provocar.-- E quando você pedir, vou judiar tanto de você. Vou te causar o mesmo que você faz comigo. E então, uma vez só não vai bastar. - sussurrei e peguei seu lóbulo entre meus lábios.
Ela respirou fundo e eu sorri, e com um giro ela estava presa sob o peso do meu corpo. Seus olhos cheios de brilho, sua boca entreaberta e úmida. Aqueles lábios cheios e avermelhados pela pequena mordida me convidaram a experimentá-los mais uma vez e quando eu aceitei ela acolheu meus lábios um pouco tímida mais aos poucos foi se entregando. Minha língua explorava tudo em sua boca, alisei a lateral do seu corpo até suas coxas. As mãos dela passeavam pela minhas costas, um sorriso surgiu em mim e ela me empurrou.
--Sai daqui! - falou ofegante, me levantei sorrindo e ao passar por ela dei uma última olhada em seu corpo. O jogo estava apenas começando, eu não me daria por vencido tão fácil.================================
Hummm, Brad não desistiu dela. E agora o jogo vai começar. Como será que a relação deles vai ser daqui para frente ?
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Apenas Mais um Jogo de Sedução
RomanceSe todas as mulheres conhecessem seu poder de sedução, Talvez muitas não estariam ai, sofrendo por amor. Existem mulheres que ainda assim não deram conta do poder que tem sobre a cabeça de um homem. Não notaram que são capazes de enlouquecer a cabe...