Capítulo 11

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Cheguei em casa ensopada, abri a porta e minha mãe me olhou assustada. Logo ela correu até mim com uma toalha, enxuguei meu corpo e meus cabelos antes de subir para o meu quarto. Olhei para retrato ao lado da minha cama e desabei no chão.
Olhei para o homem sorridente, de cabelos escuros e olhos sinceros.
-- Por que vocês me deixou? - murmurei pegando o quadro e o apertando contra o peito. -- Eu...eu preciso de você.
-- Querida.- olhei para minha mãe parada na porta do quarto. Ela caminhou até mim e me abraçou.-- Seu pai te amava e tenho certeza que se ele pudesse escolher, ele estaria aqui agora. Mas ele não está.- olhei fundo em seus olhos e um soluço me fez estremecer.-- Eu estou aqui princesa, sempre vou estar.
Depois de desabafar tomei um banho e me deitei para dormir. Fui pegar no sono quando os primeiros raios de sol já entravam pela janela, me senti exausta resolvi não ir para a faculdade naquele dia.

Brad pov

Entrei no apartamento e joguei aquelas roupas encharcadas em qualquer lugar. Liguei o rádio no último e coloquei um cd qualquer para tocar.Entrei debaixo do chuveiro e senti meus músculos relaxarem, preguejei baixinho quando Julie veio em minha cabeça. Sorrindo enquanto eu jogava alguma cantada barata para cima dela, o modo como ela me afastava quando queria se entregar. Bufei, passei o sabonete pelo corpo e sai do banho. Coloquei um moletom e me joguei na cama, fechei os olhos e me obriguei a dormir.
Acordei com os primeiros raios que atravessavam as persianas. Olhei para a...Pen? Que diabos ela fazia ali.
-- Que droga! - me levantei em um pulo.
-- Oi meu amor.
-- Que merda você está fazendo aqui? - puxei as cobertas obrigando ela a se levantar.
-- Eu queria te fazer uma surpresa mais você estava dormindo então...
-- Então o caralho, Pen! Eu já deixei bem claro que é pra você sumir daqui! Me deixa em paz.
--Mais Brad... - agarrei seu braço e arrastei ela pelo corredor.-- O que vai fazer, benzinho?
Abri a porta e coloquei-a para fora, trancando-a em seguida. Ouvi seus berros e as batidas então liguei o som, liguei para o serviço de quarto e pedi um café da manhã. E enquanto não chegava, tomei um banho rápido. Coloquei na Cartoon e enquanto eu secava os cabelos, me lembrei da noite em que ela caiu desespera em meus braços. Afastei aquela lembrança e quando a campainha tocou, atendi a porta e dei uma gorjeta ao garçom que veio trazer meu café. Comi em silêncio enquanto assistia Bob, Esponja.
Isso se resumiu no meu dia, nada de faculdade, nada de garotas e nada de Julie. Olhei para o meu reflexo no espelho, meus cabelos estavam parecendo um ninho de passarinho e havia olheiras. Olheiras enormes! Peguei uma roupa qualquer no guarda-roupa e sai. Dirigi até a casa da Julie e pensei bem durante alguns minutos. Desci do carro e bati na porta, logo a porta se abriu e o rosto da mãe dela apareceu sorridente.
--A Julie está? - perguntei meio sem jeito, com medo de que ela houvesse contado tudo o que aconteceu para sua mãe.
-- Está. Venha, entre. - entrei na casa esfregando as mãos na calça.-- Quer beber algo?
-- Ah não, obrigado. - sorri enquanto esperava ela. -- Acho que ela te contou o que houve ontem e...
-- Sim, ela me falou algo. - a mãe dela disse enquanto arrumava as madeixas loiras. O que me fez pensar que Julie devia ter puxado ao pai. -- Mais vocês precisam conversar.
-- Eu gosto muito dela, mas ela não percebe!- desabafei.
-- Julie não tem sido a mesma há muito tempo. - ela falou me guiando até a sala. -- Julie sempre foi uma menina doce, mais desde que ela perdeu o pai, passou um bom tempo em depressão e foi difícil vê-la daquele jeito. -uma lágrima solitária saiu. -- Ela não queria nem dançar mais, e depois teve a morte da amiga dela... Foi bem difícil de lidar. Então eu peço que cuide bem dela. Sei, que ela gosta de você afinal, eu conheço minha filha.- ela sorriu. -- Nem mesmo quando Charles pediu ela em namoro eu a vi feliz como você a fez. É bobo eu sei, mais ela gosta de você.
Assenti. Não sabia o que dizer, eu queria apenas conversar com ela e esclarecer tudo. E enquanto eu criava coragem já ia formulando as palavras em minha mente. A mãe dela me pediu para subir e que talvez ela estivesse dormindo, subi as escadas e abri a última porta do corredor. E como a mãe havia avisado, ela estava dormindo. Olhei para o quarto lilás com um quadro imenso cheio de fotos. Me aproximei e vi um foto dela pescando com o sujeito que deveria ser seu pai, sim eles eram parecido. Havia uma dela de tchu-tchu rosa sorrindo enquanto fazia uma posição nas pontas dos pés. Deixei um sorriso escapar. Fotos do seu primeiro prêmio em uma competição de dança e mais a frente uma foto dela com uma menina ruiva. Aquela devia ser a amiga dela.
Peguei um de seus ursos de pelúcias e olhei para a garota dormindo, a respiração calma e suave. Bem diferente de quando estava acordada. Me agachei de frente para ela e acariciei seus cabelos.
Aos poucos os olhos dela foram abrindo e quando me viu ela se sentou de imediato.
-- O que faz aqui?
Me levantei e sentei na cadeira no canto do quarto.
-- Quero conversar.- falei cruzando os braços, enquanto meu olhar corria pelo maldito conjunto nada discreto dela.
-- Eu já disse tudo o que queria te dizer. - ela se levantou e abriu a porta. Mais uma vez olhei para sua pernas expostas. E pude notar um rosado nada sutil surgi em seu rosto o que me fez abrir um sorriso malicioso.
-- Mais eu não.-me levantei e fechei a porta. -- Apenas me ouça ta?
-- Mais eu não quero! - resmungou cruzando os braços.
Olhei mais uma vez para o short minúsculo que ela usava para dormir e a camisa de alcinha com um decote. Os cabelos bagunçado e a cara um pouco amassada. Talvez acordar e ver ela deste jeito fosse bem mais excitante que vê-la dançando.
-- Deixa de ser infantil. - resmunguei. Percebendo que meu olhar não se afastava do seu corpo ela pegou um casaco. O que não ajudou muito, suas coxas ainda estavam expostas.-- Quero te explicar o que houve naquela noite.
-- Eu já sei...
-- Dá pra me deixar falar!- falei impaciente já, eu não precisava dar explicações, mas algo me fazia querer esclarecer as coisas. -- Aquela noite, Kyle me disse uma coisa e eu fiquei um pouco nervoso dai você falou aquelas coisas e me deixou mais nervoso. Eu sou homem, sinto desejo e ensaiar com você...daquele jeito mexe comigo! - ela corou e seus olhos se arregalaram, talvez nem ela soubesse o quanto mexia comigo.-- Eu estava dançando com uma garota e ela me beijou e foi isso, eu não queria te deixar mal, mas eu estava de cabeça quente e quando você beijou Kyle lá na festa eu me senti mal. Procurei por você para dizer algo mais eu não te achava e quando te encontrei bêbada nem valia a pena...falar com você!
-- Já acabou?- fingiu impaciência. Me aproximei dela e me sentei ao seu lado. Ela se remexeu nervosa.
-- Não.- sorri. - Eu quero te dizer que eu gosto de você e quero saber se o que eu sinto não é passageiro.
-- Ah, é passageiro! - ela se levantou rindo sem um pingo de humor. -- Dorme que passa! E você vai ver como é passageiro e logo logo vai estar atrás de outra.
Puxei sua mão e quando ela caiu sob mim eu prendi meus braços em torno dela.
-- Você pode até não gostar, mas eu vou te provocar até você implorar por mim. - sussurrei sob seus lábios com os olhos fixos nos meus. Peguei seu lábio inferior entre meus dentes e apliquei uma leve pressão apenas para provocar.-- E quando você pedir, vou judiar tanto de você. Vou te causar o mesmo que você faz comigo. E então, uma vez só não vai bastar. - sussurrei e peguei seu lóbulo entre meus lábios.
Ela respirou fundo e eu sorri, e com um giro ela estava presa sob o peso do meu corpo. Seus olhos cheios de brilho, sua boca entreaberta e úmida. Aqueles lábios cheios e avermelhados pela pequena mordida me convidaram a experimentá-los mais uma vez e quando eu aceitei ela acolheu meus lábios um pouco tímida mais aos poucos foi se entregando. Minha língua explorava tudo em sua boca, alisei a lateral do seu corpo até suas coxas. As mãos dela passeavam pela minhas costas, um sorriso surgiu em mim e ela me empurrou.
--Sai daqui! - falou ofegante, me levantei sorrindo e ao passar por ela dei uma última olhada em seu corpo. O jogo estava apenas começando, eu não me daria por vencido tão fácil.

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Hummm, Brad não desistiu dela. E agora o jogo vai começar. Como será que a relação deles vai ser daqui para frente ?
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