Capítulo 8

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Brad pov

Acordei mais que disposto na manhã seguinte. A simples ideia de ver Julie já me animava, ensaiar com ela era ótimo! Porém o fato de Kyle e ela estarem muito próximos me incomodava. Ela era diferente com ele, era doce e gentil e comigo ela era cautelosa e rude ás vezes. Mas eu faria ela mudar.
Peguei as chaves do carro e o cartão do quarto e sai. Cheguei na frente da faculdade e avistei ela caminhando com um livro na mão, estava com uma saia jeans e uma camiseta de alcinha, expondo aqueles ombros que tanto assombram meus sonhos.
Passei pelo campus e entrei no corredor da faculdade, de longe avistei a minha princesa conversando com uma garota ruiva. Ela me olhou e por um instante, não esboçou nenhum sorriso. Caminhei até ela e parei ao seu lado.
-- Oi.
-- O que você quer?
-- Um pouco de consideração, talvez! - fingi mágoa.
-- Desculpa, eu ando um pouco... Estressada.
-- Então eu te pego às dez hoje?
Ela começou a caminhar então eu me pus ao seu lado. As garotas começaram a olhar para nós e cochichar, exibi um sorriso quando passei as mãos em torno da cintura dela.
-- Quem te deu intimidade?
-- Ninguém, só queria...
-- Acalme essas suas mãos! - olhei para ela e sorri. Tinha que admitir que ela me tirava do sério, mas ela fica a coisa mais linda irritada.
-- Vou tentar, elas ficam descontroladas quando estou perto de você.- e era verdade.
-- Perto de qualquer garota, suponho. - paramos na porta da sala.
-- Sabe de uma coisa. - aproximei de seu ouvido para sussurrar. -- Você não está usando sutiã por baixo desta maldita camisa, não é?
Olhei para o seu rosto a tempo de ver suas maçãs ficarem vermelhas, sorri em vitória. Apliquei um celhinho em seus lábios e sai en direção a minha sala.
Segui para minha sala e me sentei no fundos como sempre. Uma garota ruiva se sentou ao meu lado e me deu um sorriso simpático, olhei para ela e tornei minha atenção ao senhor que havia acabado de entrar na sala.
-- Você é o Brad ,estou certa?
-- Sou sim. - olhei para a ruiva.
-- Hoje eu vou dar uma festa, então apareça por lá.- entregou um papel pra mim com um endereço e o telefone.
-- Apareço sim.
Começamos a conversar durante a aula, ela tentava se atirar em cima de mim, mas eu nem dava bola. Saimos em direção a próxima aula, parei jo corredor para pegar alguns livros no armário. Pude ver Julie parada conversando com alguém.
-- Ta tudo bem? - olhei para a ruiva.
--Ta.
Mark estava conversando com ela e ela ria de algo que ele estava falando. Bati a porta do armário e caminhei em direção aos dois.
--... O que acha?
-- Atrapalho? - perguntei fuzilando Mark com os olhos.
-- Não estavamos apenas...
-- Não te interessa, Brad! - Julie falou irritada e eu ri.
-- Não ta mais aqui quem falou. - mw virei e sai andando. Mark ia se ver comigo.
Não consegui me concentrar no resto do dia, Mark não dava ponto sem nó. Ele queria alguma coisa eu tinha certeza disso. Fiquei contando os minutos para ás dez horas, que me arrumei quando eram oito horas.
Respirei fundo quando parei o carro na frente da casa da Julie, bati na porta e esperei. Ouvi passos e um resmungo então a porta se abriu, exibi um sorriso enorme quando a vi. Olhei para o vestido que ela vestia e lamuriei baixinho.
-- Onde vamos?
-- Em uma festa. - puxei-a pela mão e ri quando ela enrubesceu.
Ainda rindo apliquei uma mordida leve em seu queixo. Ela me empurrou e saiu rebolando, entrou no carro e fechou a porta. Liguei o rádio a tempo de ouvir o homem do tempo anunciar uma tempestade que estava a caminho. Às vezes eu dava uma olhada nela e respirava fundo, mas aquele perfume me fazia testar cruelmente aquelas calças.
Chegamos na casa da Camille e entramos na casa. O som estava alto e quase metade da faculdade estava ali, segurei a mão da Julie e entrei atravessando a multidão de corpos abrindo caminho até o jardim. Quando consegui sair para fora Camille se jogou em meu pescoço e me abraçou.
-- Que bom que você veio!
-- Sim e trouxe minha companheira. - puxei Julie para meu lado e sorri.
-- Me larga!
-- Ah. - Camille olhou para Julie com uma cara de repugnância.-- Fique a vontade.
Esperei Camille se afastar para puxar Julie para dentro.
-- Vou dar uma volta.- ela falou enquanto eu pegava uma garrafa de cerveja.
Assenti e observei ela se desvencilhar pelo povo. Fiquei ali bebendo enquanto ela não voltava, a música rolava enquanto todos ali dançavam bebiam e faziam palhaçada. Depois de alguns instantes resolvi ir atrás dela, quando a avistei caminhei até ela e a tirei para dançar. A música era The Nights do Avicci, me deixei levar com a música assim como ela. Quando um sujeito se interpôs entre nós, deixei ela ali dançando e fui até o sofá.
-- Para de insistir!- olhei para Kyle e ignorei o que ele havia falado. -- Só você não percebeu que ela te atura por causa da apresentação?
-- Acho que não,- me levantei e fiquei cara a cara com ele. -- se fosse isso Ela não teria me acompanhado até meu apartamento e não teria me beijado.
O sorriso dele sumiu, ainda sorrindo voltei até ela e agarrei seu braço. Arrastei ela para longe daquela multidão, e continuei até chegar em meu carro.
-- Você só está comigo por causa dessa apresentação! - falei e ela me olhou confusa.
-- Não, na verdade...
-- Deixe de jogos, Julie. Eu quero mesmo saber! Por que você me atura?
Ela riu.
-- Por que você me persegue, me tira do sério, me irrita mas... - ela se pôs na minha frente rindo.-- ...você é um sujeito legal.
Agarrei sua cintura e selei nossos lábios. Ela contribuiu tornando o beijo melhor, corri minhas mãos pelas suas costas até sua nuca. Mark estava certo, eu estava afim dela. Mas de um modo diferente.
-- Vamos sair daqui? - sussurrei,pressionando meus lábios em seu pescoço.
-- Não.
-- Por que? - olhei em seus olhos e apliquei um beijo leve em seus lábios.
-- Porque você é um cara com fama de mulherengo, hoje você pode estar comigo, mas quem dirá amanhã?
Olhei em seu rosto e não encontrei nenhuma brecha de que ela estava apenas fugindo de mim. Mas afinal, ela estava certas. Sempre foi assim com todas, porque agora seria diferente? Por que mudaria por ela?
Assentindo me afastei dela seguindo para a tal festa. Ela não deixava de ter razão, peguei um copo de vodka com energético e virei. Puxei a primeira que passou na minha frente para dançar, não me importava mais nada. Ela me achava apenas mais um mulherengo. Senti uma boca macia pressionar a minha, então me entreguei.

Julie pov.

Entrei atrás de Brad, pelo jeito que ele se afastou devia estar nervoso. Procurei por ele em cada canto daquela casa, quando o vi me senti usada. Segurei as lágrimas que queriam cair e caminhei até a cozinha, havia um rapaz servindo uma fileira de dose de tequila para um grupo de garotos. Peguei uma dose e virei, senti minha garganta queimar quando o líquido desceu. Eles me olharam então peguei mais um, a bebida bateu no estômago e subiu. Peguei uma garrafa de cerveja e fuu até o jardim, me sentei na balança .
-- O que faz aqui?
-- Oi Mark.- sorri. Mark era legal, um rapaz engraçado e compreensivo.
-- Por que não está curtindo?
-- Quem disse que não?- bebi um gole da cerveja e sorri. -- Estou apenas contemplando a noite.
Menti. Brad era um idiota, vai ver tudo isso fazia parte do seu plano. Porque isso me incomodaria? Afinal ele e livre para fazer o que bem entender. Eu também.
-- Bom, se quiser sair daqui...
-- Vem. - peguei sua mão e o puxei para a casa. Atravessamos a cozinha e começamos a dançar, perdi a noção de quantas bebidas eu tomei, só sabia que estava viajando. Subi na mesa da sala e comecei a dançar, todos ali gritavam. A música eletrônica, o pessoal gritando, eu estava louca.
Senti uma mão em minha perna então olhei para Kyle. Me ajoelhei na frente dele sorrindo, colei minha boca a sua e ouvi gritos.
-- Julie você está louca! - ele gritou me afastando.
-- Por que não estaria?
Desci da mesa e peguei a garrafa de vodka da mão de alguém. Sai para fora bebendo o líquido, tirei os saltos do pé e segui pela rua. Me sentei em uma pracinha, e fiquei ali olhando para as pessoas que passavam.
-- Que droga! O que passou pela cabeça ao fazer aquilo?!
Bebi a vodka e Brad tirou a garrafa da minha mão. Olhei para ele e me levantei caindo quando minha cabeça deu uma volta.
-- Vou embora! - falei convicta.
-- Não deste jeito, vem!
Ele me puxou pelo braço e me enfiou dentro do carro. Ele deu a volta e seguiu o caminho pelo qual viemos.
-- Brad? - chamei de olhos fechados.
-- O que foi?
Olhei para a expressão zangada em seu rosto e comecei a chorar em silêncio. Devia ser efeito da bebida, mas quando ele parou o carro na frente da minha casa eu desci do carro andando o mais rápido possível para entrar em casa.
-- Espera ai! O que foi?
-- Boa noite! - falei ríspida.
Entrei em casa batendo a porta, subi as escadas com dificuldade. Cheguei em meu quarto e me joguei na cama. Amanhã eu decidiria o que fazer com Brad, mas por hoje queria apenas dormir.



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