Capítulo 5 - Escola

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Finalmente, acabei de arrumar meu quarto. Gostei do resultado.

Meus pais também já acabaram a parte deles, e até meu irmão acabou.

Mas uma coisa não sai da minha cabeça: o que foi aquilo com o Gabriel? Sinceramente, eu não gostei de sentir o que senti, queria que isso simplesmente sumisse! Sério, isso é ruim. Eu gosto do Rafa, eu amo o RAFA.

Mas mudando de assunto. Minhas aulas começam em fevereiro, no dia 5. Sim, 5 de fevereiro estarei na escola. Hoje é dia 4, domingo. Me desejem sorte.

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AI. MEU. DEUS.

Hoje é o primeiro dia numa escola que eu nunca vi. Sério, eu poderia estar fazendo tanta coisa da minha vida. Poderia ainda estar de férias em Minas Gerais, comendo brigadeiro com a Soph, assistindo Luba ou Cellbit no YouTube, mas não, é 9h30 da manhã e eu tenho que tomar banho às 10h00 pra ir pra escola. Suspiro. Que vida ótima, amazing.

Me levanto e desço até a cozinha, vou tomar café.

- Bom dia, querida. - diz minha mãe.

- Bom dia - dou um beijo em sua bochecha e me sento.

- Dormiu bem?

- Sim, e você?

- Dormi, sim.

- Preparada?

- Pra que? - perguntei, com a testa franzida, sem entender nada.

- Pro primeiro dia de aula, esqueceu? - engoli em seco.

- Não me esqueci. Respondendo à sua pergunta, não, não estou pronta.

- Relaxa, fará novos amigos, tenho certeza.

- Obrigada. - sorri e peguei sua mão.

Depois de terminar de tomar café, já era 9h45, fui arrumar minha bolsa. Subi pro meu quarto, e estava tudo arrumado, de um jeito que me fez questionar quem seria a nova empregada.

Coloquei os livros, apostilas, cadernos, estojo, tudo. Desci novamente até a cozinha, peguei uma garrafa d'água na geladeira e uma barrinha de cereal no armário.

Subi de volta pro meu quarto, guardei a barrinha e a garrafa. Peguei meus fones de ouvido, guardei, meu celular eu guardaria depois.

Entrei no meu banheiro, com o celular na mão, checando as redes sociais. Liguei o chuveiro e parei pra me olhar nos olhos. Eles marejaram e uma lágrima saiu do meu olho. A retirei dali rapidamente e tirei a roupa. Larguei o celular na pia, prendi o cabelo e entrei pra debaixo do chuveiro. Fiquei pensando o que eu iria encontrar na escola, se haveria alguma patricinha chata como sempre há, ou se algum menino olharia pra.... CHEGA NÉ? A PESSOA QUE EU QUERIA ENCONTRAR NÃO VAI ESTAR LÁ. Balancei a cabeça como quem quer limpar a mente, e tomei meu banho.

Quando acabei, peguei meu uniforme no guarda roupa, meu pai havia comprado mais cedo, antes de ir pró trabalho. Era um conjunto todo cinza. Uma saia, uma camiseta, uma blusa e só. Sapato era opcional, resolvi usar meu All Star de couro branco recém comprado.
Me troquei, e fui arrumar meu cabelo. Sem maquiagem. Apenas o soltei, nada mais. Os desembaracei cuidadosamente. Passei um gloss, e estaca pronta.

Voltei ao banheiro e escovei os dentes. Enfim, estava pronta. Guardei meu celular, e desci as escadas, já era 10h30. Eu tinha que estar na escola 13h00, tinha que sair de casa 12h15. O almoço ficava pronto às 11h00. Eu iria esperar pra almoçar.

Quando finalmente ficou pronto, como calmamente, por dentro estou estourando. Sério, escola nova é um saco. Você não conhece ninguém, nenhum professor, sempre vai ter gente pra te julgar antes de você ao menos respirar na sala de aula, e ainda tem o risco de se perder, cair, entrar na sala errada... Odeio muito tudo isso.

Quando acabei, subi de volta ao meu banheiro e escovei os dentes. Dei mais uma ageitadinha no cabelo e pronto. Era 12h10, eu já teria de chamar o motorista.

- Mãe, qual é o nome do novo motorista? - ela estava sentada no sofá, assistindo TV.

- É Bernardo, meu amor.

- Okay obrigada. Ah.... Eu já tô indo mãe...

- Boa sorte, vai dar tudo certo. Fará novos amigos e sei que continuará com as mesmas e boas notas de sempre. - ela se levantou e me abraçou.

- É o que eu espero.

Chamei o motorista, cinco minutos depois ele chegou com o carro na frente de casa. Sai calmamente. Entrei e ele perguntou:

- Pra onde quer ir, senhorita?

- Para o Colégio Santo Américo, por favor.

E assim, ele foi.

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Cheguei. Meu Deus. Me ferrei e muito.

A escola era bem grande, parecia até o MASP, aquele museu famoso aqui de São Paulo. A fachada era branca, com as palavras "COLÉGIO SANTO AMÉRICO" bem grandes e destacadas. A entrada parecia de um shopping, meu Deus. Estava tudo muito movimentado, mas ninguém me notou, não perceberam que eu era nova ali - graças a Deus - e com um último suspiro, entrei na escola.

Armários por todos os lados, alunos, portas, professores. Era muita informação. Eu tinha que chegar até a direção e pegar meus horários, a combinação do meu armário, minhas salas, muita coisa.

Segundo mamãe, era uma das melhores escolas de São Paulo, segundo a revista Veja, era uma das 20 primeiras no ranking estadual. Ela disse também que lá tinha piscina, quadra, um time de basquete e muito mais. Mas meu foco era a direção.

Estava andando calmamente, foi só eu piscar e esbarrei em alguém. Ótimo.

- Ah, me descul... - era um menino. Eu conhecia aquela voz. Ele parou de falar e olhou nos meus olhos - Acho que temos que parar de esbarrar assim.

Paralisei na hora que vi quem era.

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AMOREEEES

Desculpa a demora!! Fiquei sem tempo, sem criatividade - o mundo e seus clichês, que lindo.
Mas agora volta com tudo!
Peço que votem, compartilhem com os amigos, comentem, enfim! Façam tudo o que puderem, mas me ajudem com a divulgação!

Obrigada pela atenção.
Thatha ❤

Laços de CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora