Na cidade.

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Eu esperei meu pai sair, conometrei cinco minutos no relógio da tv e então peguei minha mochila, eu tinha ensaiado todo caminho até a floresta.
Dei volta pelo quarteirão e atravessei a rua, sempre olhando para os lados assim como meu pai havia me ensinado, enquanto caminhava em direção da floresta eu vi uma mulher com uma menina que provavelmente é mais velha do que eu, lá pelos seus nove anos.
A mulher falava em um tom alto e usava seu celular a menina não parava de olhar para os lados provavelmente procurando o que observar, eu pensei "olhe para a floresta", mas em meio a tantas cores quem se limitaria ao verde? Muitas pessoas nem gostam de verde.
Eu continuei meu caminho, depois de uma pequena caminhada, eu senti algo forte, senti um cheiro de liberdade, e depois, um cheiro de grama molhada, eu sorri, não existe forma melhor de se demonstrar que está feliz. E então eu corri.
Corri livre e feliz, a caixa branca não havia me vencido nem mesmo as ordens de um adulto chato, eu era uma criança que havia passado muito tempo na detenção, agora eu iria conhecer o novo.

Patas Sujas (Editando)Onde histórias criam vida. Descubra agora