Patas Sujas (Editando)

Árvores falantes.

Cheguei em um bosque abandonado, cheio de vagalumes, libélulas, abelhas, pássaros e borboletas todo em uma perfeita união.
Se fosse os seres humanos já estariam discutindo sobre quem é melhor.
Então as árvores falantes começaram a discutir sempre me chamando de pata suja, dizendo que elas não tomarem cuidado eu traria a floresta uma máquina de matar.
Apenas uma árvore me defendia, dizendo que meu rosto era inocente e não acreditava que eu era mais um pata suja, ela dizia:
-Olha a face de Deus, ele não tem força para controlar uma máquina de matar!
Então eu disse:
-Sou Bernardo tenho seis anos, venho aqui só para visita, é um prazer conhece-las, eu não sou um pata suja sou um humano.
Uma voz respondeu:
-Seis anos? O que faz aqui Bernardo? Onde estão seus pais?
Fiquei com medo por um estante, meus olhos não viam bocas nem nariz muito menos olhos nas árvores, além disso, não conseguia saber qual delas estava falando nem se por um estante poderia ser um animal, minha mente de criança estava cheia de dúvidas e minha voz ficou tremula ao disser:
-Sim seis anos, fiquei curioso para saber como é uma floresta por dentro, meu pai está no trabalho vou voltar quando ele sair que será na tarde do anoitecer e minha mãe infelizmente faleceu no meu nascimento...
Meus olhos estavam cheios de lágrimas não sei porquê me senti cortado com a pergunta, queria ir para casa, o meu passeio estava me deixando triste já estava cansado de ser chamado de pata suja.
-Calma garotinho, não chora, sou Bernadete!
A voz rouca apareceu novamente:
-Pata suja, lamento sua história, mas você terá que voltar para sua casa caso não saiba outros como você destruíram nossa casa que se você pensar só um pouco pode perceber que é sua casa também! Oras!
O pouco de felicidade que senti ao ouvir Bernadete se destruio ao ouvir a árvore rouca.
Bernadete gentilmente respondeu:
-Clotiude não seja tão cruel, veja ele não é um pata suja é apenas um menino, Bernardo só quer nos conhecer, pobrezinho do garoto!
-Tudo bem Bernadete.
A voz rouca piorou:
-Só não venha chorar nos seus últimos minutos de vida por que um pata suja curioso contou os segredos da floresta, patas sujas não acreditam no impossível e não se esqueça que ele pode muito bem aparecer com uma máquina de matar!.
Eu havia ganhando a sorte com autorização da bondosa Clotiude, estava pronto para continuar a visitar a floresta.