Cap. 5: O primeiro vampiro

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*Pov Meredith*

-Claro.- disse eu aproximando-me da cama. Sentei-me na cama e coloquei, discretamente, a mão em baixo da almofada. Tateei mas não senti o meu punhal. Olhei para a roseira mas o vampiro colocou - se em frente dela e voltado para mim.

-Perdeste algo?- disse enquanto sorria.

-Só a minha dignidade por estar sentada a falar com um vampiro.- disse eu.

-Como se chama?

Respirei fundo e disse o primeiro nome que me veio à cabeça:

-Flávia.

-Flávia quê? - perguntou ele.

-Port...- disse eu olhando para a porta. De seguida olhei para a roseira e continuei. -...eira... Porteira!

O meu consciente ralhava comigo: "A sério Mery? Flávia Porteira? Tinhas que juntar porta e roseira? Que bonito! Se sobreviveres a isto tens de te inscrever numas aulas de 'Como mentir'. Melhor ainda, inscreve-te no concurso de 'Quem diz o pior nome'. Ganhas de certeza."

Reparei que o vampiro ria. Perguntei:

-Do que te ris?

-Tens um bom sentido de humor...- disse ele.

-Eu não disse nada.

-Mas pensou...

-Todos sabemos que os vampiros não lêem mentes.

-Os normais não, mas eu não sou normal. Eu sou o primeiro vampiro a existir.

Eu ri-me e disse:

-Claro. E eu sou a Taylor Swift.

- Pensei que o teu nome era Meredith Green, mais conhecida por Mery.

-Já não estou a achar piada. Como sabes isso?

-Já te disse, li a tua mente.

- Claro que sim...- disse eu sarcasticamente. Ia continuar a falar quando fui interrompida.- Diz...

-"Devias acreditar no que eu te digo".

-Olha, eu odeio mesmo muito que me interrompam. Não...- calei-me ao perceber que o vampiro não tinha mexido a boca ao dizer isso.- Como fizeste isso?

-Bolas! És surda?- disse o vampiro aproximando-se de mim. Depois, aproximou-se do meu ouvido e sussurrou. - Eu entrei na tua mente.

Percebi que ele estava a dizer a verdade. Olhei para a roseira, agora livre do vampiro, e corri até ela. Fiquei completamente atónica quando percebi que o meu frasco de acónito não estava ali. Olhei para o vampiro que se encontrava a sorrir e com o frasco de acónito na mão.

-Procuras algo?- disse o vampiro.

-Muito bem. Encontraste todas as minhas defesas. Agora o que vais fazer?- disse eu.

-Já disse, vou conversar.- disse ele.- Mas isso fica para outro dia. Já é tarde e precisas de descansar para não encheres os teus lindos olhos de cansaço.

Aquela ideia deixou - me atónica: ele iria aparecer outra vez?

-Sim, vou aparecer outra vez.- disse ele. Presumi que me tivesse lido os pensamentos.

-Fica fora da minha mente.- disse eu com ar ameaçador.

-É qual seria a piada disso?- disse ele sorrindo e caminhando para a janela. Antes de saltar apenas disse.- Já agora, eu sou o John, John Morgan.

De seguida, saltou e eu corri até à janela. Já não o vi. A única coisa que vi foi o sol já a nascer. Deitei-me na cama e, estranhamente, sonhei com o vampiro.

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