Cap. 13: Alucinações ou realidade

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*Pov Mery*

Berros, berros e mais berros. Desde ontem que é assim que John fala para toda a gente- aos berros. Mas há aqui algo de estranho: John está a esconder-me algo. Não sei porquê mas, pouco a pouco, começo a convencer-me de que talvez talvez a minha alucinação, por causa dos comprimidos, não fosse uma alucinação. E se John tivesse mesmo um irmão gémeo? Não, isso não seria possível...Pois não? Eram estas dúvidas que me deixavam inseguras. O comportamento de John também não ajudava: sempre que me via perguntava: "Já estive aqui?".

Era por isto que eu começava a questionar a verdade...a alucinação... Mas que razões teria John para me mentir? Algo se passava, e eu iria descobrir o quê...

*Pov Bryan*

-Onde vais?- perguntei eu a Sean.

-Fazer justiça.- disse ele saindo da habitação.

Corria atrás dele e agarrei-lhe pelo braço.

-Nem penses em fazer maluquices.- disse eu.

-O que queres que faça? Que fique aqui enquanto a minha irmã pode estar a morrer do outro lado do mundo?- disse Sean.

-Não. Eu próprio farei de tudo para encontrar a tua irmã...mas esta não é a solução Sean. Acalma-te.

-Foram os caçadores que destruíram a minha vida...Eu vou destruir a deles...

-E em que é que isso ajuda? Perdemos-te como infiltrado e nada mudará. Se queres ajudar, não o faças... Pelo menos, não de cabeça quente.

Sean suspirou e disse:

-Tens razão. Tens alguma ideia?

-Sim...- disse eu sorrindo.

No dia seguinte
*Por John*
Estava sozinho na cabana, porque Mery já tinha saído, quando vejo Bryan entrar na cabana com Sean e mais dois lobisomens.

-Só podes estar a gozar comigo!- gritei.

-Eu não viria se não fosse importante.- disse Bryan.- E se deixássemos as brigas e me ouvisses por um segundo?

Assenti com a cabeça, apenas porque Bryan parecia desesperado, e ouvi o que ele tinha para dizer.

*Pov Mery*

Decidi dar um passeio pela clareira perto da cabana. Estava tudo a correr bem até que ouvi alguém a gritar:

-Socorro! Socorro! Alguém me ajude.

Era uma voz masculina. Corri pela clareira fora tentando seguir a voz.

Finalmente encontrei o rapaz que gritava. Com ele estava uma rapariga, inconsciente. Reparei que havia muito sangue espalhado pelo local...sangue da rapariga. Corri até eles.

-O que se passou?- disse eu.

-Nós... Ela...- gaguejou o rapaz olhando para mim e afastando-se lentamente.

Se eu estava a tentar ajudar, porque se afastaria ele? Foi então que percebi: ele não era um humano... Ele afastou-se porque ainda sentia em mim o cheiro de caçadora. Fazendo um sorriso, para o acalmar, disse:

-Eu não vos quero magoar. Já deixei de o fazer à algum tempo. Se não a levar-mos e não descobrirmos porque é que ela não se está a curar ela vai morrer. Confia em mim, sei para onde ir.

O rapaz sorriu e pegou na rapariga, ainda inconsciente, e seguiu-me até à cabana.

Assim que entrei na cabana vi Sean, uma rapariga, um rapaz e dois Johns a discutir.

Caminhei até eles pensando que se tratava de outra alucinação. Foi quando me lembrei que não tinha tomado comprimidos esta manhã... Percebi tudo. Eu nunca tinha tudo alucinações: John tinha mesmo um irmão gémeo.

Quando John se tentou desculpar eu disse:

-Falamos sobre isto depois.

De seguida, passei o olhar rapidamente por todos e conduzi o rapaz que tinha a rapariga inconsciente nos braços até ao meu quarto. Pedi-lhe que deitasse a rapariga em cima da cama e foi então que Sean, com as lágrimas nos olhos, se aproximou da cama, se ajoelhou no chão e pegou na mão da rapariga.

-Ela está...Está viva.- disse Sean.

-Dean!?- disse o John de olhos azuis.

-Olá Bryan.- disse o rapaz que transportou a rapariga.

-Afinal, o que se passa aqui!?- gritei eu.

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