Cap. 4: Meredith Green

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Atualmente na cede de caçadores em Londres

*Pov Meredith*

-Levem arsenal para ambas as espécies.- ordenei. - Não sabemos se não encontraremos lobisomens também. Quando estiverem prontos entrem nos aviões: o grupo um vai no avião pequeno comigo e o grupo cinco vai no avião grande. O Sean ficará no comando do grupo cinco.

Sean assentiu com a cabeça e todos entraram nos aviões. Antes de eu entrar fui chamada pelo meu pai:

-Não deixes nem um vampiro de pé. - disse ele.- Mata quantos encontrares.

-Sim, deixe comigo.- disse eu.

Entrei no avião e fomos até Nova Iorque.

Chegámos perto do local indicado e eu fiz sinal para que se posicionassem. Esperei que estivessem a postos e arrombei, com um pontapé, a porta do armazém velho. Entrámos e vimos os vampiros. Começámos a matá-los: uns disparavam balas de prata, outros manobravam espadas e pinhais de prata, outros atiravam balas de acónito e havia ainda quem disparasse água com acónito. Os vampiros começavam a deitar fumo e transformavam - se em cinzas. Começámos a verificar as salas do armazém. Vi uma sala, matava os vampiros e gritava: "limpo". Fiz isso com umas cinco salas e entrei noutra. Apenas encontrei um vampiro e rapidamente lhe apontei a arma e gritei:

-Limpo.

Estava prestes a disparar mas não fui capaz. O rapaz parecia novo, inofensivo. Tinha os olhos pretos que demostravam medo ... Ele percebeu a minha relutância e rapidamente escapou por uma janela. Corri até à janela mas já não vi o vampiro.

Voltei a casa e já tinha o meu pai a esperar-me. Mal sai do avião, o meu pai perguntou-me:

-Estão todos?

Pensei no vampiro que escapara e no que o meu pai diria quando visse que eu havia falhado a missão. Vendo que o rapaz parecia inofensivo, menti:

-Sim. Missão cumprida.

O meu pai sorriu e eu fui para o meu quarto. Tomei um banho rápido e, quando saí da casa de banho, ainda embrulhada à toalha branca, vi alguém junto da janela. Peguei na pistola que estava em cima da cómoda e apontei-lha. Ele voltou-se para mim e eu disparei. Nada tinha acontecido. Ele sorriu e deixou cair as balas de prata que tinha guardadas num lenço branco. Percebi que as tinha tirado da minha arma. Ele sorriu e disse:

-Podemos conversar?

*Pov John*
Senti a porta do esconderijo abrir-se num estrondo. Gritei:

-Eles já entraram.

Uma luta começou entre os caçadores e os vampiros. Matei um caçador que se tinha atirado a mim e segui para o meu quarto, onde guardava as minhas armas. Estava a tirar uma quando senti a porta abrir-se. Ao contrário do que eu esperava, uma rapariga que aparentava ter os seus dezoito anos entrou no quarto e apontou-me uma arma. Ouvi-a gritar:

-Limpo!

Percebi que a intenção dela era matar-me. Pensei pegar na minha arma e disparar contra ela mas não fui capaz: ela era linda. Tinha os olhos cor de mel que combinavam na perfeição com o seu cabelo castanho. As maçãs do rosto estavam ligeiramente coradas, provavelmente devido à luta, e os seus lábios eram vermelhos como o sangue. Ela ficou com a arma apontada para mim mas não disparou. Aproveitei para saltar pela janela que se encontrava aberta. Dei uma cambalhota quando cai no chão e comecei a correr. Fui ter ao abrigo onde estavam vários membros do meu clã. Apenas tinha levado os guerreiros comigo em missão e os restantes vampiros tinham ficado no abrigo. A imagem dela não me saia da cabeça. Num impulso desprevenido, decidi ir atrás dela. Enquanto eles colocavam as cinzas dos membros do meu clã no avião, eu entrei nele e deitei-me junto dos corpos dos caçadores abatidos. Quando fecharam o porão do avião, peguei num fato igual ao dos caçadores e vesti-o. Quando o avião aterrou, misturei - me com os caçadores, procurei a rapariga e, quando a encontrei, segui-a. Vi qual era o quarto dela e entrei pela janela. Vi uma arma em cima da mesa junto da porta da casa de banho, onde ela se encontrava a tomar banho, e descarreguei-a. Fui a debaixo da almofada e tirei o punhal de prata e fui a detrás de uma roseira de rosas vermelhas de onde tirei um frasco de acónito. Guardei - os e esperei que ela saísse do banho.

Quando saiu, pegou na arma e disparou. Tirei o lenço branco, onde tinha guardado as balas, e, enquanto deixava cair as balas no chão, disse entre um sorriso:

-Podemos falar?

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