Capítulo 72

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Rose Hathaway

A campina a minha volta, era provavelmente a visão mais linda, a qual eu já havia tido acesso em toda a minha vida, dentro e fora da Academia São Vladimir em Montana, ou da Corte Real até agora, e para completar a perfeição do momento, eu estava nos braços do amor da minha vida, o homem pelo qual eu daria a minha própria vida, mesmo tendo um sério compromisso com os Moroi do nosso mundo - "Eles vem primeiro" era a frase que eu passei o meu período escolar ouvindo, e ainda assim não sabia dizer ao certo, se um dia iria seguir prontamente com tal regra ou não, uma vez que o meu amor era dividido entre Dimitri e Lissa, onde eu jamais poderia ou mesmo conseguiria, escolher ser totalmente de um ou do outro.

Dimitri por sua vez, estava sentado atrás de mim, com as pernas separadas levantadas e joelhos dobrados, ele beijou meu pescoço, causando-me o tipo de arrepio que me fazia querer arrancar as roupas dele, e fazer amor por horas, e riu baixinho em minha orelha, parecendo ler os meus pensamentos e então na sequência, seus olhos se fixaram em algo que estava se movimentando lentamente, alguns metros a nossa frente. Curiosa para ver o que havia lhe chamado a atenção, o fazendo sorrir de um jeito que particularmente fazia meu coração querer pular do peito, acompanhei seus olhos atentos e travei, assim que localizei o que ele estava observando com tanto fascínio. A garotinha devia ter no máximo 3 ou 4 anos de idade, seus cabelos negros eram estranhamente quase que idêntico aos meus, isso incluindo o tamanho, sua pele era tão clara como o leite - ou a pele de Dimitri se eu tivesse que fazer uma comparação, e por fim, o que mais me chamou a atenção foram os olhos dela, eram de um marrom chocolate incrivelmente penetrante, aquela sem dúvida, era a criança mais linda que eu já havia visto em toda a minha vida, engraçado que olhando para ela, encontrei traços de um rosto incrivelmente familiar, finalmente Dimitri se moveu saindo de perto de mim, para agachar ao meu lado ao mesmo tempo que a criança correu para os braços dele, e então olhando os dois lado a lado, brincando com uma flor do mato, outro estalo me atingiu deixando-me com uma sensação estranha, mas não consegui entender o que poderia ser...

Um bip particularmente irritante como o de um relógio, me trouxe de volta a realidade e despertei de meu sonho esquisito, que aliás vinha se repetindo por toda a semana anterior, por fim, soquei o despertador de leve, para obrigá-lo a parar de torrar o meu saco, e levantei o corpo ficando levemente cega, pela claridade repentina do quarto que me atingiu como uma rasteira, e então a realidade que eu não conseguia acreditar estar vivendo, veio de encontro a mim, como tem acontecido todos os dias desde a semana anterior. A Corte Real agora pertencente a minha melhor amiga e mais nova Rainha Lissa - ou formalmente dizendo, Vasilissa Dragomir, tinha em sua propriedade uma espécie de condomínio fechado, absurdamente gigantesco, com uma infinidade de residências particulares, e apartamentos idênticos ao que eu morava agora com Dimitri, desde que havia me formado para Guardiã uma semana atrás, mudando completamente toda a minha vida.

- Bom dia, minha Roza. -Disse Dimitri, saindo do banheiro com uma toalha azul escura enrolada na cintura definida, me deixnando quase sem consegue respirar direito, seus longos cabelos castanhos ainda estavam bastante molhados e pingavam em suas costas criando uma visão do paraíso.

O cheiro de loção pós barba russa invadiu o ambiente e minhas narinas, assim que ele se aproximou e se inclinou, provavelmente afim de me dar um beijo de bom dia como de costume, porém daquela vez tudo que eu senti com aquele aroma que em geral amava, foi uma vontade imensa de vomitar, até a minha alma sair do corpo, e então sem conseguir pensar direito sobre o que estava acontecendo, simplesmente o empurrei para o lado e pulei da cama correndo para o banheiro, vomitando até me sentir tonta.

Ouvi batidas fortes e urgentes na porta de madeira, e imaginei que Dimitri havia obviamente entrado em desespero total, ou no mínimo estava confuso, pela forma como eu havia reagido a uma tentativa dele me beijar, porém, não conseguia um intervalo justo entre o vômito e minha respiração para conseguir falar.

Escuridão do Espírito - Fanfic Academia de VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora