CONFUSION

Capítulo XVIII : primeira briga

Brandon

_O que vai acontecer comigo?_ Pergunta Mya.

Confesso que, desde que eu soube, hoje mais cedo, de que a Mya estava numa esrrascada, assa era minha dúvida também. Não sei o porquê, isso já aconteceu várias vezes, eu sinto sempre como se tivesse que proteger a Mya de tudo. Qualquer coisa que acontecia com ela, eu já me sentia responsável, mesmo antes de nós virarmos namorados.

Ultimamente, com todas essas coisas acontecendo, não só com a gente, mas com todo mundo, parece que todos estão muito expostos ao perigo. Com a Mya foi a mesma coisa, mas num grau um pouco maior, por que eu sou o amigo dela.

É por isso que essa pergunta, "O que vai acontecer comigo?"( com a Mya), vem me atormentando. Na verdade, eu acho que isso reflete também o quanto eu estou preocupado com tudo. Estamos a beira de uma revolução, tudo pode acontecer.

_ Se você quiser, Mya, talvez eu possa fazer com que você saia da cidade. Mas isso não vai ser fácil. E vai requerer muito de você, querida._ Diz a diretora._ E então, o que acha? Lembrando que você corre muito mais perigo aqui dentro.

Mya não responde, está pensando. Não confio muito nessa mulher, a diretora. Não sei por que motivo, mas tenho sempre alguma coisa que me diz pra não confiar nela. Talvez seja só na minha cabeça, mas quem garante que ela é de confiança? A diretora me disse que não se pode confiar em ninguém agora. Então, como vamos ter certeza de que lado estamos? Suspeito.

_ Mya? O que você acha?_ Fala a diretora.

_ Eu... Eu não sei direito. Tudo isso que você nos falou,... se tudo isso for verdade, os rebeldes não são quem eu pensei que fossem. E eu sei muito pouco sobre eles. Além do mais, pra onde eu iria, uma vez que estivesse lá fora?

_ Eu posso te ajudar com isso, mas não posso falar nada enquanto você não aceitar. E quanto aos rebeldes, eles podem não ser exatamente quem você pensou que fossem, mas ainda assim estão do nosso lado, são nossos amigos.

_ Eu tenho que pensar_ Declara Mya, concentrada._ Posso te responder depois? Mais tarde, talvez?

_ Mais tarde?.... Tá OK, mas não pode demorar muito. Se decidir fugir, você deve estar aqui às 20:00. E nem um minuto mais tarde. Entendeu? Pense bem, querida. É a sua chance._ Diz a diretora com o rosto pálido.

_ Obrigada, diretora.

_ Por favor, me chamem de Nancy, afinal, acho que, pelo menos para a Mya, eu não sou mais a diretora._ Diz ela e dá uma risada aguda.

_ Podemos ir, dire... Quer dizer, Nancy?_ Diz Sophia.

_ Podem, sim. E Mya, não vá para casa. Eles podem estar te esperando lá.

***

Saímos da casa da diretora, mais ou menos umas 14:30, e seguimos o conselho dela, não indo a casa de Mya. Ao invés disso vamos para a casa de Sophia, que vai estar vazia por que o tutor dela só chega mais tarde. Assim teremos tempo de conversar bastante, e eu vou poder dizer que eu acho isso maluquice.

Assim que chegamos, Sophia abre a porta da casa e nos faz entrar o mais rápido possível. Em seguida tranca a porta atrás da gente.

_ Agora estamos seguros._ Diz ela.

Eu me sento no sofá e digo finalmente, sério:

_Você não está pensando em aceitar realmente isso, Mya? É loucura.