A Mulher que Morava na Casa ao Lado

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Na manhã de 13 de abril de 2004, a polícia foi

chamada a uma casa nos arredores de uma pequena vila no centro da Inglaterra por vizinhos que haviam escutado um som que os deixou com muito medo: um único grito estrangulado com um corte abrupto.

Eles sabiam pouco sobre a mulher que morava na casa ao lado, apenas rumores que ouviram na loja da vila e no bar do Black Lion na esquina.

Eles ouviram que ela havia se mudado para a vila para fugir de suas memórias: sua filha havia morrido há várias semanas antes que ela acreditasse no que a polícia dizia a ela, mas sua mente se esquivava da verdade e ela mantinha o quarto da filha pronto para o seu retorno, a cama arrumada e as bonecas dispostas. Toda manhã ela corria ao quarto na expectativa de vê-la deitada ali, com o seu urso de pelúcia nos braços e um sorriso sonolento em seu rosto quando acordasse.

Após ter sido deixada pelo marido, dilacerado pela dor e sua esposa aos poucos perdendo a sanidade, a família comprou para ela uma nova casa, dando a ela uma chance na vida, um novo começo.

Ela vivia lá há três meses, mas nunca falou com ninguém. Dificilmente ela saía de casa. Na verdade, as mercearias faziam entregas e deixavam as coisas na varanda e ela saía, apressada, pálida e desgrenhada, evitando os olhares de qualquer um que olhasse para ela.

Quando a polícia arrombou a porta e entrou na casa, o que eles encontraram ali colocaria metade da vila em cuidado psiquiátrico para que pudessem voltar a dormir. A pior coisa de todas não era o que tinha na casa, e sim o conteúdo da câmera que estava no chão em uma poça de sangue...

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