Capítulo 2

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Depois deste acontecimento, o telefone de casa tocou.

- Alô!- atendeu mamãe.- Oi meu filho, tudo bem?- perguntou.- Sim, tudo bem aqui também, filho!- respondeu ela.- Ah! Meu filho! Obrigada!- agradeceu ela.- Eu também te amo, meu filho estou com saudades, vê se arranja um tempinho pra vir ver seu pais e suas irmãs!- exclamou ela.

Enquanto isso, Rebeca estava em pé no sofá pulando, tentando imitar a dança do Hi-5. Meu pai estava na cozinha gritando, pedindo pra minha mãe deixar ele falar com o filho. E eu estava, pra variar, brigando com Rebeca pra ela parar de pular no sofá e calçar o chinelo pra dançar no chão.

- Claro! Meu filho! Olha, seu pai quer falar com você, vou passar pra ele.- disse mamãe.- Tchau, beijos pra você também! Tchau, meu filho!- se despediu.

Ela passou o telefone pro meu pai e meu pai começou a perguntar como estava o relacionamento dele com Deus. Eu não me dava muito bem com George, então não pedi pra falar com ele.

- Quem era? Era o chato do George?- perguntei a minha mãe.

- Era. E ele é seu irmão, não fala assim dele!- respondeu mamãe.

Aih! Minha mãe é muito puxa-saco de George!

- Katte!! George quer falar com você! Vem aqui pegar o telefone.- chamou meu pai.

Fui lá e peguei o telefone.

- Oi chato!- falei.
- Oi linda do irmão! Estou com saudades!- falou George.
- Pois eu não estou com saudades, prefiro você aí e eu aqui, você é muito chato! E vem cá, você viu o passarinho verde, pra estar me chamando de "linda do irmão"?- perguntei.
- Ué! Eu não posso chamar minha irmã linda de linda não?- perguntou ele.- Quando eu for aí, vou te encher de pancada, em garota!- exclamou ele.
- Ei! Quem vai te encher de pancada sou eu!- afirmei.
- Sua paraíba!! Kkkkk!- brincou ele.- E Rebeca? Quero falar com aquela gordinha.
- Tabom, vou passar pra ela.- falei.

Passei o telefone pra Rebeca e ela começou a cantar achando que era microfone.

- Rebeca! Isso é um telefone, não um microfone! É George! Ele quer falar com você!- gritei.

- Alhô! Quem lé? Lhé George? Loi Manlinho!- falou Rebeca.- tudho bem e voxê?- perguntou Rebeca.- Thá bom! Tamém thi amo. Tchau!- Despediu- se Rebeca.

Mamãe pegou o telefone e começou a conversar com ele. Ela tinha muito o que falar, por isso foi lá pra cima, pro quarto.

De repente o telefone celular do meu pai começa a tocar. Era um irmão da igreja pedindo pro meu pai ir levar sua mãe pro hospital por que estava passando muito mal e já estava bem velhinha.

Ele foi e ficamos eu e Rebeca na sala. Então eu fui mexer no celular, já que ela estava vendo desenho na televisão.

- Leu quelo jogá!- pediu Rebeca.

Ela sempre quer jogar no meu celular, mas eu tirei todos os jogos ontem.

- Não tem mais jogos Beca, tirei tudo ontem.- respondi.

Ela começou a chorar, ela sempre chora quando quer as coisas! É bem chato ás vezes!

Ela ficou chorando na sala e eu subi pro meu quarto mexer no celular, deixando ela soxinha lá em baixo.

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