Trágico

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Eu e Peeta entramos pela avenida ouço os gritos das pessoas e a vozes a animação pelo fato de conhecerem e amarem os tributos.
Como Peeta dissera nossa roupas se incendeiam meu vestido se torna justo e fino, minha barriga aparece de um forma majestosa, e as penas agora aparecem pelo vestido todo. A roupa de Peeta se ilumina em chamas da mesma forma que a minha.
Quando a carruagem para e o fogo cessa, vejo meu vestido modificado, além de justo e com penas ele ainda é negro; a roupa de Peeta está bem parecida como antes, agora seu terno é inteiro de penas e sua gravata sumiu. Permito-me bagunçar seus cabelos e ele dá um tapa em minha mão.
- Meus caros cidadãos de Panem, nesse momento eu proclamo o inicio da 100ª edição dos jogos vorazes - Snow diz e ressoa no microfone - E esse ano por ser o quarto massacre quaternário teremos como tributos os filhos dos nossos amados vitoriosos. Que a sorte esteja sempre ao seu favor!
O desfile acaba e nós voltamos para salão antes da avenida. Meus pais estão juntos, abraçados para minha surpresa. Johanna está junto com eles, Anne também.
Nos aproximamos deles e Johanna me abraça como se fizesse anos que eu não a vejo, mas faz apenas 2 dias.
- Está me sufocando - digo.
- Desculpe querida - ela diz me soltando - é que isso é tão triste - ela começa a chorar e todos olhamos estranhos para ela, ela não costuma demostrar sentimentos em publico.
- Você e Finnick terão de ajudar todas essas crianças - Annie diz -
E a bebê, querida?
Annie tem razão já tinha quase me esquecido. Tenho que tirar minha filha de mim antes que eu vá para a arena.
Me dirijo até um dos pacificadores, ele se surpreende ao me ver chegando tão perto.
- Preciso falar com o Snow - digo.
- Sinto muito mas a Srta. Não tem permissão para falar com o presidente - ele diz.
- Sei que não sente e obrigada pelo senhorita - digo - mas eu preciso falar com o seu presidente, ou senão ficarei zangada. E tenho certeza de que o senhor não quer me ver zangada.
- Eu já disse que sem permissão não se pode falar - ele diz.
- Você me dá a permissão - digo.
Ele me leva até uma sala onde há vários monitores. Snow aparece em um deles.
- O que quer? - ele pergunta.
- Ora quanta educação senhor presidente - digo - não devia começar com Boa Noite?
- Vá direto ao ponto Mellark - ele diz.
- Quero fazer uma cesariana - digo - quero minha filha fora disso.
- Para que? - ele pergunta debochado - Para você salvar aquelas criancinhas?
- Prometo que se você me deixar salva-la faço o que você quiser - digo e as lagrimas já ocuparam meus olhos.
- Sei que você está dizendo a verdade - ele diz - mas ainda não é o bastante.
- O que você quer? - pergunto.
- Sei que jamais mataria seu irmão - ele diz - alias largou os planos de se manter segura por ele - a voz dele soa indiferente enquanto eu choro - Mas Finnick segundo Odair não é da sua família, eu troco uma vida por outra.
- Quer que eu mate Finnick? - pergunto incrédula.
- É minha proposta - ele diz sorrindo.
- Mas eu teria que fazer a cesariana antes do inicio dos jogos - digo - como sabe que eu mataria Finnick?
- Minha querida - ele diz sorrindo - Achou que eu deixaria sua filhinha ir para casa?
- Você a mataria? - pergunto.
- Se você não cumprir sua parte - ele diz exibindo um sorriso sinistro.
- Não posso fazer isso - digo.
- Demostrando medo Mira - ele diz sorrindo - Pensei que não fosse desse tipo.
- Não posso mata-lo - digo.
- Nem pela sua filha? - ele pergunta tentando me machucar mais - Você matou tantas pessoas, uma a mais não faria diferença.
- Eu amo Finnick - digo - E eu era uma garotinha mimada e imatura quando matei aquelas pessoas, não me orgulho disso.
- Então não fecharemos o acordo - ele diz.
- Não há outra coisa que eu possa fazer? - pergunto.
- Bem, estou de bom humor - ele diz rindo - Pode escolher a quem matar, de uma maneira espetacular - o sorriso parece aumentar - Finnick; Peeta, seu irmão; ou como é mesmo o nome da garotinha, Lily, eu acho.
- Outra coisa além de matar? - digo.
- Não preciso de nada que você tenha - ele diz saindo do foco da câmera.
- Sei que tem uma filha - digo.
- A que isso importa? - ele diz.
- E se ela estivesse aqui - digo - te pedindo isso, você negaria uma chance a ela?
- Mas você não é minha filha - ele diz - Seus pais na verdade acabaram com a gloria do meu pai. E outra minha filha jamais iria para arena. Ou ficaria gravida, ele não é uma vadia como você.
- Não sou obrigada a ouvir isso - digo me retirando - E presidente - digo chamando-o - Obrigada pela consideração.
- E que a sorte esteja a seu favor Srta. Everdeen - a voz dele ressoa.
- Acredite, a mesa vira - digo quando saio.
As lagrimas descem pelo meu rosto. Passo pelos corredores que me levaram até a sala dos monitores, a um certo ponto do caminho eu corro. Paro apenas quando eu bato em alguém e seus braços fortes me enrolam.
- Ele disse não Jace - digo tirando a parte ruim da história.
- Daremos um jeito querida - ele diz me aninhando.
- Já cansei dessa frase - digo.
- E a única que nos resta - ele diz.
- Tragicamente - digo.
- Já estamos nos acostumando com tragédias - ele diz - isso é trágico.
- Trágico - repito.

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