Cap. 8 - Travie

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(POV.: Mariana)

Após os táxis – pois é, muita gente para um carro só – terem nos deixado em frente ao hotel, que parecia ser de no mínimo cinco estrelas, Els, Zayn, Liam, Louis e Harry se dirigiram a recepção enquanto eu segui Niall até o lado de fora do prédio esperando que ele me dissesse pra onde iria. Por algum motivo ainda não sai do lado dele desde que saímos do aeroporto e prefiro continuar desse jeito, por que da última vez garotas loucas apareceram e eu fiquei completamente nervosa. O observei lentamente notando sua expressão de dúvida olhando tudo em nosso redor e resolvi abrir minha boca.

- Precisa ir á algum lugar? – perguntei e vi seu rosto se materializar em frente ao meu. Ele não continha mais dúvida no olhar, pelo contrário, agora Niall parecia estar suplicando por algo.

- Preciso! Preciso urgentemente de comida! – Só então lembrei que o irlandês estava reclamando de fome á tempos e todos estavam tão animados por terem chegado à bela Austrália que não ligaram muito pra isso. Coitado! Fazer uma pessoa como essa sentir fome deveria ser crime.

- Tudo bem, Niall. Já entendi! Sorte sua que eu já vim á Austrália antes e mais sorte ainda por eu não guardar rancor. – Falei já o puxando em direção a um restaurante que conhecia e que tinha certeza que não ficava tão longe dali. Mais uma vez, Niall mostrou confusão com minha resposta.

- Como assim “não guardar rancor”? – fez aspas e continuou – O que eu te fiz?

- Uma pergunta de cada vez, loirinho. – Falei segurando a risada, as caretas que Niall fazia eram impagáveis – Não pense que me esqueci de quando você me deixou no meio daquele monte de garota histérica, muito menos quando você dormiu no avião enquanto um acidente aéreo podia acontecer. – Não me segurei mais e comecei a rir. Niall estava completamente confuso, com fome e revoltado.

- Primeiro: eu sou famoso, é normal ter muitas fãs. – Falou e soltou um risinho convencido – Segundo: Você não me disse por que estava com medo e EU ESTAVA COM SONO! Agora, por favor, vamos comer.  – Horan juntou suas mãos na frente do corpo e se ajoelhou no meio da rua. Isso mesmo: AJOELHOU!

- Garoto, você ficou maluco? Levanta daí, eu vou te levar pra comer, agora para de me fazer passar vergonha. – Falei colocando a mão no rosto e o tirando do chão ao mesmo tempo quando vi que várias pessoas ao nosso redor observavam a situação. Quem visse de longe, poderia jurar que Niall estava me pedindo em casamento, por isso, tratei de sair logo dali.

- Pra onde você ta me levando? Se me sequestrar não só as fãs “histéricas” do aeroporto, mas todas as que tenho irão te matar. – Niall falava com convicção.

- Você não se acha convencido de mais, não? Pra que eu iria te sequestrar, criatura? Nem das suas músicas eu gosto! – Disse e avistei o restaurante. Já estava na hora do almoço e eu também estava começando a sentir fome.

- Pode abrir o jogo, Mari. – O irlandês semicerrou os olhos para mim e continuou – Eu sei que você me deseja!  - MEU DEUS! Convencido é um adjetivo pequeno demais pra avaliar esse loirinho.

Acho que nunca soltei uma risada tão grande como aquela. Todos no restaurante olharam na nossa direção e eu nem liguei. Estava totalmente absorta em seu comentário.

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Depois de mais ou menos dez ligações dos meninos e da Eleanor, Niall e eu voltamos ao hotel com nosso apetite saciado e histórias pra contar. Demoramos em média vinte minutos até chegarmos à suíte, pois é aqueles imbecis – e a els – decidiram que como saímos sem avisar iríamos ficar com uma suíte para nós dois. Joguei minha mala em um canto qualquer com a intenção de abri-la mais tarde depois de um belo descanso e pulei em cima da minha cama – sem mencionar que o quarto tem apenas uma cama de casal - e fechei os olhos.

Dois segundos foi o tempo que consegui “descansar”. Após isso recebi a notícia pelo meu companheiro de quarto de que iríamos a uma balada. Agora eu sei por que escolheram Sydney. A cidade é a que tem as melhores noites de toda a Austrália e aqueles cinco – seis – adoravam uma noitada.

Enganada estava eu, quando imaginei que aquilo acabaria bem..

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Depois de trinta minutos na pista de dança, todos – repetindo: t.o.d.o.s. – já estavam bêbados e eu dei graças á deus por não precisar de nenhum deles para voltar pra casa.

“We are young, we run free

Stay up late, we don't sleep

Got our friends, got the night

We'll be alright”

Só faltava Travie tocar para terminar de animar tudo...

Tonight you won't be by yourself-self

Just leave your problems on the shelf-shelf

You won't wanna be nowhere else-else

So let's go, so let's go

Decidi deixar de ser um pouco careta e tomei o primeiro copo de bebida alcoólica da noite.

~grande erro~

We got the club like

And all the girls saying

The whole world saying

Yeah yeah c'mon let's get drunk

Toast it up

We don't give a fuck

Drunk! Depois do quarto copo foi assim que eu fiquei. Por que não poderia escutar minha cabeça e ser uma boa menina? Porque eu não sou uma boa menina!

Só tenho uma certeza: Não me pergunte como voltei pra casa, pois não vou saber te responder. 

Best friends¨Onde histórias criam vida. Descubra agora