Flores... Carnívoras?

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Alexia não acreditava no que via. Aquele era o coelho branco?

Como pudera ter sido enganada a sua vida toda? Ele não era um coelho e isso estava visível.

Mas então parou para pensar por alguns segundos. Alice tinha muito pouca idade quando caiu na toca do coelho. Com certeza não entenderia o que havia visto ou então, não saberia explicar.

E todos nós sabemos que escritores podem mudar as coisas...

Mas... Por que o coelho era assim? Se é que aquilo é um coelho.

Jared ficou branco de uma hora para outra e quase saiu correndo. Talvez se fosse uma garota isso talvez tivesse acontecido.

– Mas que droga! – Ele gritou apontando para o coelho – O que é você?!

– Rábido eu sou. – Disse ele puxando seu paletó, ajeitando-o – E você é?

– Eu não irei dizer o meu nome para uma criaturinha feita de ossos – Disse Jared sacudindo a cabeça com força, fechando os olhos. Em seguida torna a abri-los, na esperança de que o pequeno ser não estivesse mais ali.

Mas foi inútil. Rábido continuava lá, e parecia irritado.

– criaturinha de ossos eu não sou! – Disse Rábido indignado – Um intraterreno sou eu. Um humano mero é você. Respeito mais.

Alexia com certeza já estava confusa a esse ponto. Toda essa história, essa criatura que se dizia intraterrena... E o modo como ela falava.

– Desculpe senhor... ahn... Rábido – Alexia se sentiu extremamente idiota por chamar uma criatura que mais parecia um sonho de senhor. – Mas se me permite perguntar, o que é um intraterreno?

– Ooh... Vejo que sangue de Alice tem você – Ele diz apontando para Alexia com um pequeno sorriso de interesse – Intraterreno todo aquele é que no submundo vive!

– Submundo? – Alexia franziu o cenho – O que é isso? Estamos no... País das maravilhas.

Rábido branco começou a rir. Era uma risada travessa e não parecia achar graça, apesar de parecer estar se divertindo.

– País das maravilhas Alice chamava – Ele assentiu com a cabeça – Mas nem maravilha tudo é.

– Alexia – Jared ralhou – Você vai mesmo acreditar no que esse ser está dizendo? – Ele sussurra – Vamos cair fora daqui!

– E nós temos outra escolha? Olha Jared... É o coelho branco... Ou quase. Flutuamos para baixo em um buraco, e agora temos que passar por aquela porta, sendo que não temos tamanho e a nossa única escolha é tomar esse licor estranho. Se quer ficar ai pelo resto da eternidade fique. Mas eu vou beber! Deixarei um pouco para você se resolver vir comigo.

Antes que Jared pudesse falar algo, Alexia pegou o frasco com o licor, abriu-o impaciente e o virou em sua boca, derramando o líquido pela sua garganta, deixando um pouco para Jared.

Alexia mais do que imediatamente começou a tossir. Aquilo descia queimando. E então as coisas começaram a girar, e ela teve que fechar os olhos e ainda assim não evitou sua queda. Estava lá sentada sobre o chão gelado.

Quando tornou a abrir seus olhos... Estava coberta por um vestido verde... O seu vestido verde. O que ele estava fazendo tão grande? E então ela olhou para baixo. Ela estava... Nua.

Mesmo sabendo que podia diminuir, estava extremamente assustada com tal fato.

Alexia ouviu os gritos de surpresa de Jared.

Alice in My VeinsOnde histórias criam vida. Descubra agora