Respostas e o pato depenado

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Alexia abriu os olhos.

Sua cabeça latejava e seus olhos demoravam para focar no cômodo onde estava.
Então em poucos segundos se sentou bruscamente. Talvez porque todos os últimos acontecimentos voltaram à tona em sua cabeça de uma vez só.

Olhou para si mesma. Não estava mais suja e estava vestida. Alguém havia lhe dado um banho e colocado essas roupas em seu corpo. Só de pensar nisso, Alexia sentiu seu rosto ferver, provavelmente estava enrubescido.

Suas roupas eram... De fato loucas. Assim como aquele lugar. Vestia uma saia xadrez, preto e branco. Meias listradas alternando entre as cores laranja e preto. Sua blusa era branca de botões. Haviam luvas de renda preta em sua mão, que iam apenas até o punho, com uma fita, também preta no final. Os dedos ficaram de fora.

Alexia então se sentou devagar, pensando que seu corpo estaria dolorido devido as aventuras que tivera há algumas horas mas estava bem. Então se levantou e arrastou os pés pelo cômodo, passando por um espelho.

Logo, para e encara seus reflexo. Quase caiu para trás.

Seu rosto estava parecido com os de Morfeu. Pareciam tatuagens, incrustadas de pedrinhas brilhantes. Se perguntava quem havia enfeitado seu rosto daquele jeito. Parecia o rosto das fadas que seu pai tanto desenhava.

Alexia olhou para os lados, espantada e com os olhos arregalados, vendo se não havia mais ninguém no local além dela. Sozinha.

Era um quarto muito bem arrumado. Sua cama tinha um formato redondo e parecia uma flor. Os tapetes eram de um verde que traz um ar de místico. Logo a frente havia um sofá, uma poltrona, uma pequena mesa de vidro e um bule de chá, junto com as xícaras.

Também haviam duas portas. Alexia se aproximou de uma delas, era um banheiro, um tanto simples. Apesar do País das Maravilhas ter o seu charme, era meio rústico então não havia uma pia ali, e sim uma bacia com água e um pequeno espelho.

Alexia correu até a bacia e tentou limpar as marcas de seu rosto. Não queria ter a aparência deles. Não era um deles e logo iria embora. Assim que Morfeu parar de lhe manipular como um peão num gigantesco tabuleiro de xadrez. Precisava descobrir verdades. Verdades que sua família tanto escondeu.

Ela esfregava todo o seu rosto e quando voltou a olhar para o espelho, esperando que estivesse toda borrada... Não havia sinal de tinta. A marca havia sumido.

Estava quase sorrindo de alívio, quando a marca começou a reaparecer. Alexia mais uma vez tenta apaga-las, mas elas sempre sumiam e voltavam a aparecer.

Então ela bufou, derrotada, e saiu do banheiro e em seguida do quarto à procura de Jared e Morfeu. Ou quem sabe apenas um deles.

Era quase como se o seu cheiro os atraísse, porque assim que Alexia passou a andar pelos corredores, Morfeu apareceu.

– Ora ora... Estava indo te chamar. Que tal comer alguma coisa, Lexy? - Perguntou Morfeu com certa cortesia e um sorriso no rosto. Isso apenas deixou Alexia mais irritada. Ele escondia tanto e agia como se não houvesse nada.

– Você me deve respostas, Morfeu - Alexia ralhou mais do que depressa.

– Vejo que alguém acordou com o pé esquerdo. Vamos, podemos conversar na mesa. Jared está conosco.

Como Alexia se viu sem escolha alguma, já que Morfeu não parecia estar apto para discutir, Alexia o seguiu até o final dos corredores, onde encontraram uma sala bem grande.

A mesa era enorme. Chegava ter uns cinco ou seis metros. Daria umas quatro ou cinco mesas convencionais. Alexia se perguntou para quê tanto exagero, sendo que ali só estavam ela, Morfeu, Jared, Rábido Branco e uma fadinha.

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⏰ Última atualização: Oct 06, 2015 ⏰

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