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Amor, co a esperança já perdida,
teu soberano templo visitei;
por sinal do naufrágio que passei,
Em um lugar dos vestidos, pus a vida.Que queres mais de mim, que destruída
me tens a glória toda que alcancei ?
Não cuideis de forçar me, que não sei
tornar a entrada onde não há saída.Vês aqui alma, vida e esperança,
despojos doces de meu bem passado,
enquanto quis aquela que eu adoro:nelas podes tomar de mim vingança;
E se ainda não estás de mim vingado,
contenta te com as lágrimas que choro.
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Sonetos de Luís de Camões
AcakAutor : Luís Vaz de Camões Texto Base : Camões, Luís de. Os Lusíadas de Luís de Camões. Direção Literária Dr . Álvaro Júlio da Costa Pimpão Fonte : Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro /USP Texto-Base digitalizado por : FCCN - Fundação para...