#####TW: estupro // se esse for um assunto ruim para você por favor não leia, pule toda a parte em itálico, stay safe <3
Luke.
Eu deixei Michael me abraçar e me dizer que tudo vai ficar bem, mas nunca vai... ele não entende. Ele pode ter ido embora, ele pode não ser capaz de me machucar, mas as lembranças sempre irão permanecer. Fico feliz em saber que ele está morto, inferno, eu estou feliz que os dois estão mortos. Nenhum dos dois se importavam comigo de qualquer maneira, então por que eu deveria me importar com o que aconteceu com eles? Especialmente depois do que ele fez para mim.
flashback de quando Luke tinha 6 anos
"Papai?" gritei para a sala mal iluminada. Eu ouvi alguém bater a porta e tropeçar para a cozinha, derrubando uma mesa no caminho.
"L-Luke! Venha cá amiguinho..." ele ordena, álcool fedendo a sala. Hesitantemente me movo no canto e ele tropeça para mim. "Você é o bom menino do papai?" concordo com a cabeça lentamente, vendo-o com um olhar aterrorizante, eu não entendia o que estava acontecendo. "Ok Lukey... eu vou te dar um presente, mas você tem que me prometer que não vai contar para a mamãe, está bem?"
Mais uma vez, eu aceno, esperando por um novo brinquedo. Eu nunca pensei que iria acabar como isso acabou. Eu não entendia o que estava fazendo, colocando a mão no meu pijama, me pedindo para tocar no seu... eu não gostava disso, eu chorei, então ele me bateu e gritou comigo, me dizendo para ficar quieto. Uma vez que tudo tinha acabado eu chorei. Eu contei a minha mãe e ela não acreditou em mim.
Poucos dias depois, ele chegou em casa bêbado, mais uma vez e foi para o meu quarto, fazendo o que ele tinha feito antes e me dizendo para calar a boca.
1 ANO DEPOIS
Eu estava no meu quarto, brincando com meus dinossauros quando meu pai voltou para o meu quarto, sóbrio. Ele sabia exatamente o que estava fazendo, ele me bateu, ele me tocou. Eu implorei várias vezes para ele parar. Ele só ficava gritando a mesma coisa.
"Cale a boca, seu idiota!"
Eu chorava muito, mas nada o impedia. Ele estava sendo agressivo e não parava de me bater. Meu lábio estava sangrando e meu olho machucado, eu gritei. Eu gritei por socorro, esperando que alguém pudesse me ouvir.
Ele agarra minha mandíbula com força e me joga no chão, colocando a mão no bolso. Ele pega uma lâmina de chave e aperta contra o meu pescoço, tirando sangue.
"Se você falar mais uma vez, eu vou te matar."
fim do flashback
Ele continuou a abusar de mim por anos, até eu completar 14 anos, eu poderia me proteger a partir de então. Depois disso, ele foi embora, com medo de que eu finalmente fosse inteligente o bastante para perceber que poderia contar para alguém. Mas eu não... eu não podia. Eu ainda estava petrificado com isso e apenas permaneci em silêncio. Achei que era o melhor a ser feito, por que começar a falar agora? Qual era o ponto? Até o momento eu tinha quinze anos e eu comecei com a auto-mutilação, achando que isso tirava de minha mente todas as coisas ruins do mundo.
Minha mãe me encontrou um dia... e ela estava desesperada. Os cortes dos meus braços não a irritaram, como eu pensei que iria, em vez disso ela soluçava. Ela nunca tinha dado a mínima para mim, mas assim que ela viu isso, ela me tratou como uma mãe faria. Ela me colocou na terapia e fez tudo ao seu alcance para me fazer feliz, eventualmente, depois que eu parei de me cortar, ela parou com tudo. Ela parou de se importar e voltou para seus velhos hábitos de não dar a mínima para mim.
Então eu comecei de novo, tendo a certeza de que ela não iria descobrir. Eu na verdade, ainda ia para a terapia, honestamente, eu não odiava isso. Principalmente porque a minha terapeuta não me culpa, ela não culpa ninguém. Ela é uma das pessoas mais chatas que já conheci.
Mas ela me fez me sentir normal. Ela sabia que eu não queria falar, então ela enchia minha hora com ela me contando histórias incrivelmente chatas sobre seus filhos ou seus gatos ou algo assim. Eu não ouvi, porém apenas observava, imaginando como teria sido tê-la como uma mãe, para ser normal.
A única coisa que eu sempre quis nesse mundo era ser normal e ela me fazia me sentir normal então eu nunca parei de ir. Eu gostava da sensação. Por uma hora eu poderia fingir ser apenas um adolescente médio.
Minha primeira tentativa de suicídio foi quando eu tinha 16 anos e minha mãe estava nervosa. Tudo o que ela fez foi chorar e gritar comigo, me dizendo que a culpa foi minha e que eu deveria ir pular de uma ponte. Eu tentei cortar meus pulsos verticalmente, mas eu acordei. Isso não me matou. Eu tentei novamente, desta vez me enforcando, mas a corda que eu usei era velha e acabou rompendo, e eu sobrevivi.
Um ano mais tarde eu tentei de novo, eu peguei uma arma e pontei entre meus olhos. Eu puxei o gatilho. Mas nada aconteceu, a porra da trava de segurança estava ligada. Então, frutado, eu a puxei e, no processo, acidentalmente puxei o gatilho, acertando meu teto. Meus vizinhos chamaram a polícia e minha mãe correu para o meu quarto, levando a arma e escondendo-a de mim, dizendo que ela não queria uma bagunça em sua casa.
Tentei com algumas pílulas, mas não impostasse o que, eu sempre as vomitava. Não importa quantas vezes eu tentei, quantas diferentes maneiras eu tentei, nunca funcionava. Quase como e seu não estivesse destinado a morrer. E agora eu sabia...
Era para eu estar aqui, era para eu conhecer Michael, eu estava destinado a algo.
Mesmo que eu ainda estivesse aqui apenas para estar com Michael, era o suficiente.
Michael beijou minha cabeça e se afastou.
"Luke, você pode me contar qualquer coisa."
Concordo com a cabeça e, com as mãos trêmulas, eu digito uma resposta para as minhas cicatrizes.
Meu pai abusava de mim, sexualmente.
Suas mãos tremem e uma cobre sua boca. Ele começa a soluçar e envolve seus braços em volta de mim, aconchegando seu rosto molhado em meu pescoço.
"L-Luke, eu sinto muito..." sua voz falhou. "Ele nunca vai ser capaz de machucá-li novamente, e o mesmo vale para qualquer outra pessoa, eu sempre vou te proteger."
Eu estava destinado a encontrar Michael e Michael a me encontrar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
MUTE ➸ muke
FanfictionMichael não fala muito. Luke não diz absolutamente nada. Luke e Michael eram perfeitos um para o outro. Silencioso. Mas, ainda assim, perfeito. PRIMEIRO livro da serie MUTE. all rights reserved @michaels_cheezburger ©