MUTE ➸ muke

29. epilogue

Luke.

Eu giro o anel de ouro em volta do meu dedo, sorrindo para sua beleza. Michael tinha mantido as suas promessas, ele me amou, me protegeu, e eventualmente... casou comigo.

Foi uma grande surpresa, ele me disse que tinha o anel há mais de um mês, nervoso demais para perguntar. Quando ele finalmente criou coragem, foi lindo. Ele tinha me levado para a biblioteca, o lugar no qual nos conhecemos. O lugar onde nós começamos.

FLASHBACK

"Michael, por quê estamos aqui? Não há nada aqui, além de livros de história." eu ri quando ele me puxou para fora do elevador, de imediato, minha risada parou. Eu fico olhando para a sala a frente. Como de costume, vazia, as mesas se foram, e as prateleiras estão iluminadas com velas. Ele pega minha mão na sua e nós andamos para trás da biblioteca onde tudo começou.

Havia uma pequena mesa com duas cadeiras colocadas atrás dela. A mesma comida que tínhamos pedido na lanchonete, no dia que demos nosso primeiro beijo, colocadas em cima da mesa. Meus olhos começaram a lacrimejar, ele fez tudo isso por mim.

"Eu ainda não consigo acreditar que já faz dois anos...", ele diz, olhando para mim.

"Eu sei... é loucura, eu nunca pensei que poderia ser tão feliz."

"Gatinho, eu nunca pensei que pudesse sentir esse amor... Eu sei que as pessoas falam sobre amor como se isso fosse seu mundo. Mas eu nunca consegui sentir isso até que conheci você. O dia que você se sentou aqui foi o dia que eu soube que iria passar o resto da minha vida com você... Eu soube assim que te vi que te amava."

Eu me lembro bem daquele dia, a única razão pela qual eu fui até Michael era para lhe dizer que ele tinha uma ela voz, agora, pensando nisso, ele nunca cantou para mim. Essa foi a única vez que eu escutei ele cantar.

Agora, eu pensei que ele ia me propor ali mesmo, eu fiquei um pouco decepcionado por ele não ter feito isso... talvez ele fosse esperar, talvez ele não estivesse pronto. Foi o que eu pensei. Mas ao invés de voltarmos para casa, ele me levou para a lanchonete, onde ele me beijou.

Nós caminhamos direto para o banheiro, onde ambos entramos na mesma cabine.

"Aqui foi onde eu percebi que estava cansado de fingir, fingir ser apenas seu amigo, quando eu queria mais." ele se inclina e me beija apaixonadamente. Mas ele não me propõe ou algo assim, em vez de pararmos para comer algo, estamos de volta na nossa casa.

Ele parou quando entramos na porta. "Aqui", ele respira, "Foi onde eu disse que te amava, pela primeira vez, e pela primeira vez você disse que também me amava." ele pega minha mão e me puxa para mais perto, murmurando no meu ouvido. "Eu te amo, Luke."

"Eu também te amo, Michael." eu respondo, meu coração inchado de amor.

Ele então, me leva para o andar superior, para o nosso quarto. Ele se senta na beirada da cama e eu o sigo.

"Aqui foi onde nós fizemos amor pela primeira vez." ele sussurrou, olhando nos meus olhos azuis brilhantes. Ele beija meus lábios antes de se levantar e me levar com ele, caminhando para o banheiro. Ele pisa no box, um sorriso leve nos lábios.

"E aqui", ele abre os braços, gesticulando todo o chuveiro, "Foi onde eu decidi que queria me casar com você, eu sempre soube, mas aqui é exatamente onde eu decidi como fazer isso." ele diz ainda com um sorriso e meu coração salta. Quero dizer, ele queria se casar comigo!

Ele volta a se sentar na cama, beijando minha testa gentilmente, ele fica de joelhos e me mostra uma caixa quadrada de veludo, segurando no topo e sorrido.

"Luke Robert Hemmings, você vai me dar a honra incrível de passar cada segundo de todo os meus dias com você? Você quer se casar comigo?"

Eu não me lembro de ser capaz de falar enquanto lágrimas de felicidade caem dos meus olhos. Eu pulo em seus braços, balançando a cabeça freneticamente enquanto ele ria, me abraçando de volta. Ele se afastou, me beijando, em seguida, tirando o anel de promessa e substituindo-o com o meu anel de casamento.

"Eu te amo, Michael." eu consigo dizer, sorrindo tão grande que meu rosto dói.

"Eu também te amo, gatinho."

FIM DO FLASHBACK

"Michael?" eu chamo baixinho quando ele sai do banheiro do nosso novo apartamento. Ele desliza na cama do meu lado, colocando seus grandes braços em volta da minha cintura.

"Sim, Luke?"

"V-você vai cantar?" eu pergunto, desejando ouvir sua linda voz. Ele ri.

"Se você está perguntando se eu posso cantar, a resposta é não... a menos que você chame uma o som de uma baleia morrendo de cantar..." ele continua rindo e eu sorrio.

"Eu sei que você pode, eu ouvi você na biblioteca, a única razão pela qual eu me aproximei de você foi por causa da sua voz... então eu sei que você pode cantar, por que não?" eu pergunto, curioso. Ele só dá de ombros. Eu bocejo e descanso minha cabeça no seu ombro.

"Vamos lá, Mikeyyy, cante." eu lamento. ele ri de novo e limpa drasticamente a garganta.

"Esperem, que eu deveria cantar?" ele pergunta.

"Eu não sei, uh, invente alguma coisa." eu sorrio. Ele suspira e limpa a garganta mais uma vez, cantando.

"Luke Clifford, eu quero ter um bebê com vocêeeee! Eu quero ter pequenos Cliffords e eu sei que você não pode engravidaaaaarrrrr, então vamos adotar um bebêeeee!" ele canta, rindo quando termina. Eu fico completamente em silêncio. Não sabendo como responder, quer dizer, ele estava brincando?

Ele para de rir e se inclina um pouco.

"Bem, eu estou falando sério, Luke, eu acho que nós deveríamos adotar..." ele diz. Eu não tenho ideia de onde isso veio, nós realmente não conversamos sobre crianças desde o acidente de carro, há dois anos. Eu só deduzi que ele não queria filhos, já que nunca tocou no assunto.

"É sério?" eu sussurro, quase não acreditando em suas palavras.

"Sim, eu quero ter filhos com você, Luke, eu sempre quis. Eu apenas estava esperando o momento perfeito."

"Como você sabia que esse era o momento perfeito?"

"Eu não sei, eu só me senti bem." ele diz. Eu inclino a cabeça para beijá-lo.

"Nós vamos ter um filho..."

"Sim, nós vamos, e eu vou amá-lo como se fosse nosso, eu vou amá-lo tanto quanto eu te amo."

Eu sorrio.

"Deus, Michael, eu te amo tanto..."

"Eu te amo mais, gatinho."