CAPÍTULO 5

821 93 48
                                    

Thierry e eu fizemos amor durante a noite inteira e agora eu acordei com o calor úmido dos seus  lábios em meu pescoço, lambendo-o, mordiscando-o, o pau duro entre minhas pernas, roçando perversamente em minha bunda.

-Bom dia, ma belle.

- Bom dia, pelo visto você acordou muito bem.

Ele sorriu com o ar safado e segurou-me um seio, brincando com o mamilo que enrugava entre os dedos.

- Dormi muito bem e acordei ainda melhor, a sua pele é tão quente, me deixa louco, eu não me canso de provar.

Nós beijamos sem pressa e entre mais carícias, mais línguas e mais gemidos, ele colocou um preservativo e me penetrou preguiçosamente, levando pra longe os meus medos e a minha resistência.

Em cada estocada e a cada sussurro, eu tive certeza de que nada será como antes, Thierry nunca mais sairia de minha pele, de dentro de mim.

E nos perdemos felizes, nossos corpos deslizando, até gozarmos em uma entrega doce e intensa, junto com os primeiros raios da manhã.

O sono nos venceu de novo e depois eu fui acordada por Thierry, pegando-me no colo, me levando para o banheiro.

- Acorde, minha preguiçosa.

Despertei agarrada no seu pescoço, grudada em seus braços, será que existe nesse mundo um modo melhor de acordar.

Sorri envergonhada, escondendo o rosto em seu peito, eu estava completamente descabelada e com o corpo deliciosamente dolorido por ter sido tão bem fodida, tão bem amada.

Ele me abraçou e sorriu também, os seus olhos azuis mais acesos e mais brilhantes.

- Por que você tá escondendo o rosto, ma belle?

- Com essa cara de recém fodida, eu não pareço em nada com uma psicóloga séria, no mínimo o que eu estou fazendo é antiético.

Ele afastou algumas mechas do meu rosto e me olhou sério.

- Você não vai fazer isso com a gente, não é Beatriz? Você prometeu tentar. Sem culpas, querida. Eu sou viúvo e pelo que eu saiba você é solteira, não devemos nada a ninguém.

Fiquei constrangida com a minha covardia, lá estava eu dando um passo atrás novamente, eu tenho o direito de tentar, eu mereço isso.

- Você tá certo Thierry, mas prometa se comportar na frente dos outros funcionários, eu mal cheguei aqui, o que todos vão pensar?

- Não me interessa o que eles vão pensar, mas eu no lugar deles pensaria que eu sou um tremendo de um sortudo. Agora deixa de conversinha, a banheira vai ter que ficar para mais tarde, já que você fez eu me atrasar para o trabalho.

Uma ducha com jatos fortíssimos massageou o meu corpo todo, depois de tantos exercícios noturnos, um bom banho caia muito bem.

Que cara de pau a minha, exercícios noturnos? Quer dizer que trepar igual a macacos tinha mudado de nome de repente?

O homem sério por alguns instantes desapareceu, Thierry sorria no chuveiro como um menino levado, jogando água em meu rosto para provocar-me.

Quando ele já veio tentando se enroscar em meus cabelos, eu virei-me rapidamente, fechando a água.

- Nada disso mocinho, tem um Consulado te esperando, Monsieur Perrot.

A VOZ DO SILÊNCIO (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora