Havia um revolver em minhas mãos, eu olhava sem entender, por que aquilo estava na casa da minha avó? Eu precisava perguntar, então esperei ela chegar...
- Vovó, posso falar com você?
- Claro Molly, venha cá.
Ela falou aquele "venha cá", eu lembrei de quando eu era pequena, no dia em que quebrei o jarro de flores preferido dela, fui falar com ela morrendo de medo do que ela iria fazer, acabou que, eu achava que era o preferido, mas na verdade não era, então... Ela me perdoou. Mas se fosse o preferido, ela perdoaria também, o perdão é a base da sobrevivência.
- Então, eu estava arrumando o seu quarto e encontrei um objeto que, bom, achei estranho, a senhora com isso.
- O que você achou?
- Um revolver, por que a senhora tem isso?
- Para se previnir, era do seu avô,ele morreu, deixou pra mim, quem sabe algum dia eu a use.
Fiquei em silêncio por dois segundos e falei.
- Vou ao mercado
No caminho do mercado, vi um carro preto, bonito e bem luxuoso, entrando na vila, dei de ombros.
- Obrigada Dona Flora - Agradeci a moça do mercado, enquanto saía
Eu estava meio desligada do planeta, estava pensando no que ouvi no jornal, que Rafael viria para cá, um dos motivos de eu ter aceitado casar com Nickolas, foi pra sei lá, eu não sei o que sinto pelo Nickolas ok? Mas sei que não é o que sentia pelo Rafael, ou sinto, meu Deus, ele consegue me tirar do serio, mesmo sem esta na minha vida, mas por pouco tempo.
Enquanto eu discutia com a minha cabeça, e tentava saber o que era que eu queria, acabei esbarrando em alguém.- Nossa, me desculpe.
- Tudo bem. - Ele fala.
Enquanto eu juntava as coisas que caira no chão, ele me ajudava e parou por um segundo e me olhou.
- Molly? - Fala.
- Oi? - Olho para ele. Rafael.
- Tudo bem? - Pergunta se levantando.
- Você está diferente. - Falo olhando para os cabelos e a barba rasa dele. - Sim, estou e você?
- Estou bem. Voltou a morar aqui?
- Estou apenas passando um tempo com a minha avó, ela está bem doente.
- Ah sim, bom, aproveitando que você está aqui, tem problema se eu for com você visitar a sua avó? - Ele sorri.
- Problema nenhum. - Falo, calma. - Vamos.
Saímos de lá e fomos andando, já que a casa de vovó não é tão longe. Ele não falou nada o caminho inteiro e eu também não. Chegamos e eu abro a porta devagar, Rafael vem logo atrás de mim, mandando mensagens pelo o celular.
- Vovó! - Falo. - Você tem visita. - Rafael larga o celular dentro do bolso e dá um pulo na frente da cadeira de vovó, ela leva um pequeno susto e depois ri.
- DONA RAQUEL! - Ele grita.
- Meu Deus, Rafael. - Vovó se anima.
- Como vai a senhora? - Ele pergunta enquanto ela se ajeita na cadeira.
- Estou bem graças a Deus e você menino? Sumiu.
- Eu estou muito bem. - Sorri.
- Quando fiquei sabendo pelo Jornal que iria voltar para casa, quase tive um treco, a Molly também gostou muito não foi Molly?
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MOLLY
RomanceMolly Foller, é uma garota jovem que conhece, por acaso, Rafael Haws, um rapaz sozinho que vive apenas com a mae, assim como Molly. Eles passam a conviver e acabam se apaixonando, a mãe de Molly, Rebeca, resolve ir morar com um namorado em outra cid...