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Hoje a manhã está linda, as flores que comprei ontem na venda do senhor Oliver, alegram a minha casa de tal maneira que me sinto renovada, Nickolas já está com o seu belo sorriso implantado no rosto, vovó ainda deve está dormindo. Rafael está tão estranho desde o ocorrido, as cartas, esta tudo muito estranho, ele tem medo das pessoas, acha que todas elas vao fazer mal a ele, estou tão preocupada, pois, nunca tinha visto ele assim, tão esquisito e isolado, totalmente na dele, ok... Eu conheci ele esquisito e isolado, mas não assim, esta pior, ele não se comunica, não sai do quarto.

Arriscaria dizer que ele está tendo um surto psicótico, eu falava com ele, ele afirmava esta tudo bem, que estava fazendo umas pesquisas, por isso andava tão distraído, terminou o namoro com a Grace que ficou muito abalada, ela não aceitou o término, achei que era ela que estava fazendo essas coisas com o Rafael, mas essas terríveis brincadeiras começaram antes de eles terminarem, ele começou a ficar assim depois que saiu pra ir ao mercado em uma noite, e horas depois ele voltou totalmente atordoado, não contou onde esteve, nem com quem, nem o que havia acontecido, pelo menos foi isso que minha avó me disse.

Tentei arrancar informações dele mas foi uma tentativa inútil, ele não deixava que ninguém entrasse no quarto dele.

Ja não bastasse esses acontecimentos com Rafael, Nickolas foi brutalmente violentado na esquina de casa, como pode? Seria a mesma pessoa? E porque estava fazendo isso com eles?
Fui procurar Rafael outra vez, pra tentar saber o que esta de fato acontecendo.

Entro na casa de vovó e está tudo muito silêncio.

- Vovó? Rafael? - Falo.

Parece que não tem ninguém, esse é um bom momento pra entrar no quarto do Rafael, mas seria invasão de privacidade, quer saber? Que se dane, preciso saber o que está acontecendo e acho que vou encontrar respostas lá.

Entrei no quarto, estava muito bagunçado, cheio de papéis, fotos, tudo muito revirado, realmente, ele não mentiu, estava mesmo fazendo uma pesquisa, uma pesquisa bem estranha.

Lisa Golding, morta em 2004.

Fernanda Mota, morta em 2007.

Raul Cooler, morto em 2010.

Eram essas uma das dezenas de pesquisas grudadas na parede do quarto e em cima da cama, mas não faz nenhum sentido isso, aqui diz que eles foram assassinados por um assassino em série, Rafael estava mesmo achando que tinha um assassino em série perseguindo ele? Enfim...

Eu vi essas pesquisas e o que está acontecendo aqui? Rafael deve esta ficando louco? Eu estava andando e tropecei em algo.

O que é isso? Um diário, Rafael curte esse tipo de coisa é? - Brinquei, mas não estava na hora de minhas piadinhas sem graça,eu sinceramente sou a pessoa menos indicada pra contar piadas. - Abri o diario e comecei a ler.

Rafael Haws, 09.07.2012

"Comecei a escrever este diário por que estou sofrendo ameaças, Molly diz que é alguém me pregando uma peça mas eu estou tão abalado, comecei a receber cartas, todas diziam: Não acaba aqui!
Mas, o que não acaba aqui? Eu não sei o que fazer, pode piorar e eu tenho o pressentimento de que se eu não tomar alguma providência, vai acabar que as pessoas que eu amo vão terminar sendo feridas, vou descobrir quem está fazendo isso comigo, e quando eu por as mãos neste desgraçado, ele vai sentir o que eu estou sentindo, se não pior!"

Rafael Haws, 12.07.2012

"Terminei com a Grace, vi que eu sou um perigo pra ela, melhor mante-la longe por enquanto, sabe-se lá de que é capaz de fazer esse monstro, o pior é isso, não sei de que é capaz, não sei qual vai ser seu próximo alvo, preciso manter todos seguros."

Rafael Haws, 16.07.2012

"Esta noite tive um pesadelo terrivel, tudo isso que está acontecendo comigo, está mexendo muito com minha cabeça, não consigo parar de pensar. Tenho medo de que se torne real, se for real, até a Molly está em perigo... Eu estou tão perdido."

...

Então é isso? Rafael está sendo vítima de um completo surtado?

- Molly? O que faz no meu quarto? - Rafael chega e o diário cai das minhas mãos.

- É que... Rafael, por que não me contou? - Assumo uma expressão seriamente preocupada.

- Sua burra, Molly, não podia saber. - Ele bate a porta.

- Por que? Eu tinha que saber, como ia me defender? Como ia ajudar você? - Falo.

- Você vai ficar na sua Molly, na sua, ninguém pode saber disso. - Ele diz apontando o indicador pra mim.

- Rafael, o Nickolas foi agredido, pode ser a mesma pessoa, ele está querendo nos matar. Esta brincando conosco. - Eu aumento o tom de voz.

- shhh, silêncio! - Ele bota a mão em minha boca, tampando-a. - Tem alguém aqui... Vai embora!

- O que? Eu não vou te deixar! - Falom

- Vai sim.

- Rafael deve ser minha avó. Deixa de paranoia.

- Rafael, menino, venha comer! - A voz da minha avó ecoa pelo os nossos ouvidos.

- Já estou indo dona Raquel. - Ele responde.

- Não falei que era a minha avó? Vamos. - Eu puxo ele para fora do quarto.

- Vá na frente, eu vou daqui a pouco.

Sai do quarto e desci as escadas.

- Vovó, já estou indo. - Falo.

- Você estava aqui? - Ela diz. - Tá. - Fala confusa.

Já tinha fechado a porta e estava atravessando a rua normalmente, olhei para os dois lados, mas brotou um carro em minha direção, ele veio atrás de mim. Eu estava de costas, quando me atingiu, cai na hora, óbvio, uma dor tremenda tomou conta do meu corpo, logo eu vi as pessoas, lembrei do acidente com a minha mãe e o Lucas, pensei que naquela hora eu realmente iria morrer, eu já estava até preparando meu psicológico, morrer tão nova, nao deu nem tempo de eu me apaixonar pelo Nickolas, não completamente, não deu tempo de eu ver o Rafael se casar, não deu tempo de descobrir quem estava brincando com o Rafael, tantas coisas passando pela minha cabeça e eu derrepente ouvi alguém falando: "Dorme meu bem, mas luta pra acordar..." E eu fechei os olhos.

...

RECADO PARA OS NOVOS LEITORES.
Eu escrevi essa historia a um ano atrás, se virem algum erro ortografico, peço que me desculpem, eu estou concertando e reescrevendo algumas coisas aos poucos.

P.S: Não esqueçam de votar e comentar nos capitulos, isso ajuda muito.

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