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Na festa vi o Rafael e a minha avó dançando muito animados, ele empurrava a cadeira de rodas dela, enquanto ela fazia movimentos agitados com os braços, tirei minha atenção deles, e fui falar com os convidados

- Olá Marry, como vai? - Falo me aproximando da tia do Nickolas, uma mulher um pouco acima do peso, loira de olhos verdes marcantes.

- Estou bem. - Fala. - E você? Feliz?

- Muito feliz. - Nós rimos. - E seus filhos, como vão?

- Há, provavelmente eu enlouqueça até que eles cresçam.

Eu ri e me retirei

Enquanto eu tomava uma taça de champanhe ao lado do meu marido, o Rafael chegou e pediu para dançar comigo, eu olhei o Nickolas e ele disse apenas com o olhar: Vai.

Eu fui, a música que passava era calma, doce e suave, dancei essa música nos meus 15 anos, com o Rick. Ele botou a mão em minha cintura, eu pus as minhas em seus ombros, e olhares fixos, olho no olho, em menos de um minuto, estavam todos vidrados em nós dois, eu saí antes que a música acabasse, me juntei a Nickolas e ficamos observando um casal de irmãos gêmeos dançando no centro do salão de festas, eles eram muito fofos.

Hora das homenagens, primeiro foi a mãe do Nickolas.

- O Nickolas? Bom, ele é um rapaz inteligente, educado, que tem tudo pra fazer de Molly uma mulher feliz, faça o meu Nick feliz também...

Eu susurrei: Farei...

Nickolas levanta e vai até o microfone, ele até tenta esconder o nervosismo, sorri pra mim e eu retribuo o sorriso.

- Molly, como você está linda. - Eu coro imediatamente, depois do comentario. - Esse seu sorriso encantador, seus olhos, eu amo tudo isso, e claro, amo tudo seu, sério mesmo. Eu pareço um adolescente amando outra vez, sem se importar com nada ou me preocupar com nada, você me trouxe essa paz Molly, você que é o silêncio em meio o barulho, é a paz em meio a guerra, é amor em meio ao ódio, eu te amo de todas a formas possíveis. - Ele continua me olhando, enquanto eu tento segurar as lagrimas que insistem em cair.

Todos aplaudiram e chegou a hora de ir embora.
Saímos no carro e fomos direto ao aeroporto, rumo? Italia, passamos quase um mês lá e foi muito bom.
Quando voltei pra casa, comecei a me sentir mal.

- Molly, você está bem? - Nickolas fala quando eu quase caio.

- Nada, só estou um pouco tonta. - Falo.

- Ok. - Ele sai para a cozinha e eu vou molhar o rosto.

Resolvo ir a casa de vovó, avisar que estou de volta.

- Vovó? Voltei. - Digo.

- Oi, que bom que chegou. - Ela fala, vindo me abraçar. - Esta gostando da nova casa?

- Há sim, é muito linda.

- E o casamento? - Pergunta com cara de tedio.

- Mil maravilhas. - Sorrio.

- É que tá no começo. - Ela fala rindo.

- Nem vem jogar praga.

- Jamais. - Nó rimos.

- E... Onde está o Rafael? - Pergunto depois de um tempo em silêncio.

- Bom, ele teve uma melhora incrível, saiu pra dar uma volta com a namorada. - Arqueio as sobrancelhas.

- Ele está namorando?- Pergunto quase como um sussurro.

- Sim, ele conheceu a filha de uma amiga minha e começaram a namorar.

MOLLYOnde histórias criam vida. Descubra agora