Capítulo 5.

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O intervalo da escola e chega, eu tomei uma decisão. Eu preciso contar para alguém da Leucemia, e se eu passar mal e ninguém souber?

Encontro Margo e já começo a lhe falar:

- Eu tenho que te contar uma coisa, eu não queria que ninguém soubesse mas mais cedo ou mais tarde vai todo mundo saber então... Mas você tem que prometer não contar pra ninguém.

- Eu prometo. - ela diz seria - Mas o que é? Você tá grávida?

- O que? - pergunto rindo - Não.

- Então o que é?

- Eu estou doente.

- Resfriado? - ela pergunta.

- Não, é uma coisa séria. - digo e suspiro - Eu estou com câncer.

- Você tá zoando, não é? - ela pergunta pasma, quase rindo da "brincadeira".

- Eu descobri a pouco tempo. - respondo negando com a cabeça.

Ela me olha chocada então em um impulso, me puxa para um abraço apertado.

- Você vai ficar bem, qualquer coisa estou aqui. - ela diz e me solta, dou um sorriso.

- Obrigada.

~~~

Bufo e bato a caneta de leve no meu lábio inferior,olho para os números e letras que não entendo. Viro a atenção para o lado e o Nate olha pra mim, ele sorri e encara o caderno.

Mesmo a menos de um metro, consigo ver seu rosto avermelhado por de baixo das sardas. Dou um sorriso involuntário e volto a olhar o quadro cheio de matéria.

~~~

Saio pela porta de casa e coloco os fones, começo a andar ao som de Mad Hatter. A escola de Sam fica a apenas algumas ruas de distância e em dez minutos já chego a porta. Entro pelos portões da escola e com as instruções de minha mãe, acho a sala do Sammy.

A professora mexe em alguns papéis e a sala já está vazia pela metade. Bato na porta e espero a professora se encaminhar para abri-la.

- Oi, eu sou a irmã do Sam. - digo sorrindo.

- Ah sim, percebi pelo sotaque. - ela responde sorrindo também. - Pode entrar.

Entro na sala e avisto Sams, ando até ele e o vejo conversar com dois colegas.

- Oi. -  comprimento sorrindo para os menininhos - Oi Sams.

- Oi. - diz um dos garotos, o de cabelos negros e dentes banguelas, e se vira para o meu irmão - Sua irmã é bonita.

Me agacho ao lado deles e dou uma risada.

- Obrigada. - respondo ainda no meio da risada.

- Eu concordo. - diz o outro garoto, ele tem uma pele morena brilhante e olhos pretos como petróleo.

Sam olha para mim sorrindo e eu mexo em seus cabelos dourados.

- Nós temos de ir agora, ok? - perda Sammy e ele concorda com a cabeça. - Tchau coleguinhas do Sam.

Eles acenam para mim é eu retribuo, então eu e Sam começamos a andar para casa.

Chegamos em casa e Sam some correndo para o quintal. Vou para o meu quarto e entro no banheiro, tomo um banho e depois desço para o jantar.

- Tudo bem, filha? - pergunta-me minha mãe enquanto como.

- Tudo sim. - respondo paciente. - É hoje que começo a tomar os remédios?

- Sim, quando terminar de comer os tome. - ela avisa, colocando o garfo na boca.

- Ok. - murmuro.

Depois de comer, me levanto e pego os comprimidos, um roxo e um branco, e um copo com água.

Jogo os remédios na boca e os engulo com a ajuda da água. Então subo e uma idéia brota em minha cabeça.

Começo a pensar em um livro que li, no qual o garotinho tem câncer e começa a escrever um livro falando como está sua doença até dormir.

Chego no quarto e me sento a mesa pegando um caderno preto, uma caneta e me sento.

Escrevo por um tempo, depois me deito e durmo.

~~~

O despertador me acorda e eu levanto preguiçosa, me arrumo com calça jeans e camiseta e desço para comer.

Levo meu irmão para escola depois de um tempo, e então vou para a minha.

Chego na escola e Margo me abraça, lhe dou um sorriso e a abraço de volta.

- Bom dia. - digo.

- Bom dia. - Margo retribui.

Julianne  chega e me dá um beijo na bochecha, depois nós ficamos conversando até a hora da aula.

Entro na aula de história e fecho os olhos. Meus olhos pesam e quando percebo estou acordando com o sinal do fim da aula, me levanto e pego os materiais.

Zack se aproxima sorrindo e pergunta.

- Quer andar de bicicleta hoje?

- O que? - pergunto sem entender muito bem.

- Andar de bicicleta hoje, depois da aula. - ele responde me encarando.

Levanto uma sobrancelha e dou de ombros.

- Por mim tudo bem. - respondo mais para sair dali do que por querer ir.

- As cinco horas então, me passa seu número.

Eu lhe digo meu número correndo na esperança de ele não conseguir guardar e saio o mais rápido possível para a outra aula.

Mais um capítulo, não esqueçam de votar por favor.
Obrigada,

Ju <3

StormOnde histórias criam vida. Descubra agora