Uma voz chama meu nome, eu consigo identificar quem é ou por que me chama tão desesperadamente. Tento abrir os olhos e uma claridade forte me cega por alguns segundos, pisco os olhos e começo a ver com clareza.
- Liz! Elizabeth? - escuro meu irmão chamar.
Vejo Joey na minha frente, com cara de preocupação mas só consigo pensar em uma coisa. Minha testa está ardendo. Eu sei que é um pensamento idiota, mas ela realmente está.
- O que aconteceu? - pergunto sem entender nada.
Levo os dedos a testa e eles saem sujos de sangue. Eu bati a cabeça, por isso minha testa arde. Sinto vontade de rir por só pensar nisso, mas não o faço.
- Você desmaiou, eu acordei com o barulho do copo. - ele me responde preocupado.
Me levanto e vejo o copo quebrado ao lado da minha cabeça, então foi assim que machuquei a testa. Me sento no banco e respiro.
- Relaxa Joey, parece que você vai desmaiar. - digo brincando.
- Você me assustou. - ele responde ríspido e eu dou um meio sorriso.
- Eu estou bem agora. Pode ir que eu arrumo tudo aqui. - afirmo.
- Certeza? - ele se assegura, faço que sim e ele sobe.
Pego os cacos de vidro do chão e depois dou uma varrida. Vou no banheiro, lavo o pequeno corte na minha testa. Ainda bem que minha mãe está fora, ela morreria.
Mas eu entenderia a preocupação dela, afinal minhas chances de morrer a qualquer momento triplicaram.
Passo um remédio no corte para cicatrizar e coloco minhas roupas usuais, depois desço e tomo café da manhã.
~~~
O dia na escola passagem grandes acontecimentos e volto para casa, escrevo no mesmo caderno preto de antes.
Já de banho tomado e deveres prontos, desço para jantar. Me sento perto de Sam e começo a comer.
- Elizabeth, o que é isso na sua testa? - minha mãe pergunta me encarando.
Levanto os olhos para ela e me faço de boba:
- Que coisa?
- Esse corte, bem na lateral da sua testa.
- Ah. - respondo e dou um sorriso. - Eu caí.
- Mentira mãe, ela desmaiou. - Joey responde prontamente.
Olho para ele e reviro os olhos, não tinha a necessidade de preocupar a mamãe.
- Da na mesma. - falo, mexendo na comida.
- Não dá, não! - minha mãe eleva o tom de voz e me olha preocupada. - Por que não me contou?
- Eu não queria te preocupar, foi uma coisa boba. - respondo suspirando e desvio o olhar para o prato.
- Tudo bem, mas conte se acontecer de novo. - ela impõe e eu concordo.
~~~
- Lizzie, acorda. - minha mãe chama.
Resmungo e viro pro lado.
- Vai, levanta. Agora. - ela diz e sai do quarto, eu continuo deitada. Não tenho nada além de sono agora.
~~~
- Elizabeth Harrison, levanta agora. Você tem cinco minutos pra se vestir. - minha mãe fala alto e eu levanto assustada.
Ela sai e eu olho no relógio.
- Merda. - sussurro e vou rápido pro guarda roupa, pego a primeira calça e blusa que vejo.
Estou atrasada. Muito atrasada.
Coloco a roupa bem rápido e desço correndo,olhando em volta.
- Cadê o Sams? - pergunto e ele surge do meu lado e eu o puxo pra fora.
Escuto minha mãe gritar "Coma na escola, viu?" mas já estou andando rápido com Sammy ao meu lado.
- Estamos atrasados e é sua culpa. - Sam fala com uma voz irritante.
- Cala boca e anda rápido. - digo ríspida.
O puxo pelo braço e olho no relógio, temos cinco minutos e falta dois quarteirões. Começo a correr puxando Sam.
- Você não deve correr, mamãe falou isso. - ele avisa inocente.
Reviro os olhos e corro mais rápido. Um quarteirão, dois minutos.
- Droga, droga. Vai rápido Sam. - falo desesperada,correndo mais e paro na frente da escola dele. - Entra.
E disparo pra minha escola. Só mais alguns passos. Entro na escola e corro pra sala de Química,o sinal bate no exato momento em que entro na sala.
Minha respiração está muito irregular e começo a ver vários pontos pretos na minha visão. Minhas pernas parecem gelatina, sinto meu nariz escorrer. Não por favor não, aqui não.Levo a mão ao meu nariz e a olho de volta, vermelha. Droga, droga. Vejo o professor olhar pra mim, junto com todo o resto da sala. Nate está ali, mas ele não sabe.
Só Margo sabe. O professor se aproxima de mim e a essa altura o chão e minha camiseta estão sujos de sangue.
- O que está acontecendo? Meu Deus! O que você tem? - ele pergunta desesperado.
Olho para o Nate, que está olhando preocupado pra mim.
- Margo... Chame a Margo. - digo para o garoto ruivo.
Os pontos pretos dominam minha visão, sinto o baque do meu corpo no chão e tudo escurece.
Não esqueçam de votar, ajuda muito no desenvolvimento da história.
Obrigada,
Ju <3
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Storm
Teen FictionElizabeth Harris é só mais uma garota normal se mudando por causa do trabalho da mãe. Ela se muda da pequena cidade da Inglaterra chamada Rye para Indiana (Pennsylvania) nos Estados Unidos. Ela só tinha a expectativa de estudar, ter novos amigos ou...