Capítulo 12.

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Coloco a mão no pescoço dele e Nathaniel me puxa para o seu colo. Sinto um gosto adocicado em seus lábios, ele pede passagem para a língua e eu cedo. Coloco a mão no cabelo dele e fico fazendo carinho. Ele fica fazendo círculos com o dedo em minha cintura, me fazendo arrepiar. Paro o beijo e olho pra ele meio o que a gente tá fazendo?

- Que foi? - Nate pergunta me olhando confuso.

- Nada. - respondo sorrindo. - É que a gente devia falar sobre a Margo.

Selo ele e me levanto, com as bochechas vermelhas.

- É, claro. - ele diz, sorri e passa a mão nos cabelos.

- Então, eu acho que a gente devia falar com ela. Só nós dois. - opino.

Ele concorda e se levanta também.

- Mas agora... - ele começa a falar.

Ele coloca a mão nas minhas costas e nos cola novamente e levanta meu queixo com o dedo.

- Eu vou te beijar de novo. - Nate termina a frase.

Dou uma risada e ele começa a rir junto. Ele abaixa o pescoço e eu o levanto um pouco, encostando nossos lábios novamente. Sorri e fechei os olhos.

Me solto dele e respiro fundo sorrindo.

- A gente tem que ir ver a Margo, agora é sério. - digo.

Ele concorda, entrelaça nossos dedos e a gente vai andando.

~~~

- Margo, você tem que contar para os seus pais. - falo seriamente.

Esfrego a cabeça, ela dói e estou me sentindo meio tonta.

- Eu não posso. - ela diz e funga. - Eles vão me internar em alguma clínica.

A garota limpa as lágrimas do rosto.

- Mas você tem que ficar bem. Isso não pode continuar. - aviso e ela funga novamente. - Por favor Margo, você é muito importante para mim, já te considero uma melhor amiga.

- Tudo bem. Eu paro, mas meus pais não precisam saber nada. - ela fala quase implorando.

- Jure. - peço.

Eu estendo o dedo mindinho em forma de gancho para ela, que enrosca o mindinho no meu. Rodamos-os levemente e depois soltamos.

- Agora você tem que cumprir. - aviso sorrindo.

- Tudo bem, já jurei. Vou cumprir.  - ela fala e bufa, porém sorri.

  Eu a abraço, e depois de alguns segundos a solto.

Pequenos pontos pretos começam a manchar minha vista e sinto meu corpo pesar. Me apoio em Margo, mas em alguns milésimos posso sentir meu corpo caindo no chão.

~~~

Abro os olhos e sinto gosto de sangue em minha boca, tento focar o olhar e controlar minha respiração. Minha mente não funciona claramente mas consigo me sentar  no chão. Margo está ao meu lado e uma tosse começa a subir em minha garganta. Mas logo percebo que não é só uma tosse, um líquido vem junto pela garganta.

E quando me dou conta, minha mão está cheia de um líquido vermelho e espesso. Sangue.

Me desespero e olho para Margo, que  está tão desesperada quanto eu.

- Ai meu Deus! O que eu faço? - pergunta a garota.

- Liga pra emergência. - respondo desfocada.

Começo a tossir novamente e com isso  mais sangue aparece.

Margo me olha, e sua expressão mostra que ela está perto de desmaiar.

- Eu estou, hm... Meio tonta. - ela avisa com a voz mole.

Ela começa a pender para o lado e então seus olhos se fecham.

Faço esforço para levantar e me rastejar até ela.

- Margo! - a chamo desesperadamente - Acorda! Por favor, Margo!

Caio no chão novamente, vejo a porta abrir e minha visão  se escurece.

~~~

Abro meus olhos e olho para cima, paredes brancas e bastante claridade. Eu já  tinha ido para o hospital vezes suficiente nesses últimos dias, para saber onde estava.

Mas Margo estava ali também, ela tem os olhos e uma respiração regular.

Depois de alguns minutos, seus olhos piscam e se abrem. Ela olha para mim e força um sorriso, qual eu retribuo.

- Você está bem? - Pergunto e estendo a mão em sua direção.

Ela faz que sim sorrindo, estende a dela para mim também e nós damos as mãos sorrindo.

- Você nunca estará sozinha. - sussurro.

- Você também não. - ela sussurra de volta e funga.

Olho para o outro lado e Nate está sentado na poltrona sorrindo, abro um sorriso para o garoto ruivo.

- Olá. - o cumprimento.

- Olá.Vocês me assustaram. - ele comenta rindo. - Nunca mais façam isso.

- Ok. - Margo e eu falamos juntas.

Ele anda até Margo e beija sua testa, depois se direciona para mim e sela meus lábio.

A garota ao meu lado me olha maliciosamente e eu dou uma pequena risada.

Minha mãe entra no quarto juntamente com Joey e Sammy.

- Isso já está virando rotina. - digo com um sorriso triste.

- Pois é. - ela concorda e percebo que ela tinha chorado.

Me sinto o pior ser humano da Terra, mas suspiro e finjo que está tudo bem.
Margo segura minha mão de um lado e Nate do outro, e me sinto segura como nunca me senti. Mesmo estando em um hospital por ter câncer.

Não esqueçam de votar e comentar, já sabem né huahuhua.

Obrigada,

Ju <3


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