Coloco a mão no pescoço dele e Nathaniel me puxa para o seu colo. Sinto um gosto adocicado em seus lábios, ele pede passagem para a língua e eu cedo. Coloco a mão no cabelo dele e fico fazendo carinho. Ele fica fazendo círculos com o dedo em minha cintura, me fazendo arrepiar. Paro o beijo e olho pra ele meio o que a gente tá fazendo?
- Que foi? - Nate pergunta me olhando confuso.
- Nada. - respondo sorrindo. - É que a gente devia falar sobre a Margo.
Selo ele e me levanto, com as bochechas vermelhas.
- É, claro. - ele diz, sorri e passa a mão nos cabelos.
- Então, eu acho que a gente devia falar com ela. Só nós dois. - opino.
Ele concorda e se levanta também.
- Mas agora... - ele começa a falar.
Ele coloca a mão nas minhas costas e nos cola novamente e levanta meu queixo com o dedo.
- Eu vou te beijar de novo. - Nate termina a frase.
Dou uma risada e ele começa a rir junto. Ele abaixa o pescoço e eu o levanto um pouco, encostando nossos lábios novamente. Sorri e fechei os olhos.
Me solto dele e respiro fundo sorrindo.
- A gente tem que ir ver a Margo, agora é sério. - digo.
Ele concorda, entrelaça nossos dedos e a gente vai andando.
~~~
- Margo, você tem que contar para os seus pais. - falo seriamente.
Esfrego a cabeça, ela dói e estou me sentindo meio tonta.
- Eu não posso. - ela diz e funga. - Eles vão me internar em alguma clínica.
A garota limpa as lágrimas do rosto.
- Mas você tem que ficar bem. Isso não pode continuar. - aviso e ela funga novamente. - Por favor Margo, você é muito importante para mim, já te considero uma melhor amiga.
- Tudo bem. Eu paro, mas meus pais não precisam saber nada. - ela fala quase implorando.
- Jure. - peço.
Eu estendo o dedo mindinho em forma de gancho para ela, que enrosca o mindinho no meu. Rodamos-os levemente e depois soltamos.
- Agora você tem que cumprir. - aviso sorrindo.
- Tudo bem, já jurei. Vou cumprir. - ela fala e bufa, porém sorri.
Eu a abraço, e depois de alguns segundos a solto.
Pequenos pontos pretos começam a manchar minha vista e sinto meu corpo pesar. Me apoio em Margo, mas em alguns milésimos posso sentir meu corpo caindo no chão.
~~~
Abro os olhos e sinto gosto de sangue em minha boca, tento focar o olhar e controlar minha respiração. Minha mente não funciona claramente mas consigo me sentar no chão. Margo está ao meu lado e uma tosse começa a subir em minha garganta. Mas logo percebo que não é só uma tosse, um líquido vem junto pela garganta.
E quando me dou conta, minha mão está cheia de um líquido vermelho e espesso. Sangue.
Me desespero e olho para Margo, que está tão desesperada quanto eu.
- Ai meu Deus! O que eu faço? - pergunta a garota.
- Liga pra emergência. - respondo desfocada.
Começo a tossir novamente e com isso mais sangue aparece.
Margo me olha, e sua expressão mostra que ela está perto de desmaiar.
- Eu estou, hm... Meio tonta. - ela avisa com a voz mole.
Ela começa a pender para o lado e então seus olhos se fecham.
Faço esforço para levantar e me rastejar até ela.
- Margo! - a chamo desesperadamente - Acorda! Por favor, Margo!
Caio no chão novamente, vejo a porta abrir e minha visão se escurece.
~~~
Abro meus olhos e olho para cima, paredes brancas e bastante claridade. Eu já tinha ido para o hospital vezes suficiente nesses últimos dias, para saber onde estava.
Mas Margo estava ali também, ela tem os olhos e uma respiração regular.
Depois de alguns minutos, seus olhos piscam e se abrem. Ela olha para mim e força um sorriso, qual eu retribuo.
- Você está bem? - Pergunto e estendo a mão em sua direção.
Ela faz que sim sorrindo, estende a dela para mim também e nós damos as mãos sorrindo.
- Você nunca estará sozinha. - sussurro.
- Você também não. - ela sussurra de volta e funga.
Olho para o outro lado e Nate está sentado na poltrona sorrindo, abro um sorriso para o garoto ruivo.
- Olá. - o cumprimento.
- Olá.Vocês me assustaram. - ele comenta rindo. - Nunca mais façam isso.
- Ok. - Margo e eu falamos juntas.
Ele anda até Margo e beija sua testa, depois se direciona para mim e sela meus lábio.
A garota ao meu lado me olha maliciosamente e eu dou uma pequena risada.
Minha mãe entra no quarto juntamente com Joey e Sammy.
- Isso já está virando rotina. - digo com um sorriso triste.
- Pois é. - ela concorda e percebo que ela tinha chorado.
Me sinto o pior ser humano da Terra, mas suspiro e finjo que está tudo bem.
Margo segura minha mão de um lado e Nate do outro, e me sinto segura como nunca me senti. Mesmo estando em um hospital por ter câncer.Não esqueçam de votar e comentar, já sabem né huahuhua.
Obrigada,
Ju <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
Storm
Fiksi RemajaElizabeth Harris é só mais uma garota normal se mudando por causa do trabalho da mãe. Ela se muda da pequena cidade da Inglaterra chamada Rye para Indiana (Pennsylvania) nos Estados Unidos. Ela só tinha a expectativa de estudar, ter novos amigos ou...