(N.D.A) Recomendo colocarem uma música triste, pra intensificar o ar de bad auahuahauau
Joey P.O.V
- Olha Sra. Harisson eu sei que é difícil...Mas eu não acho que a Elizabeth vai conseguir resistir. - o médico fala com um olhar triste. - Não há mais nada que possamos fazer.
Meu peito se fecha e minha mãe se vira para mim, seu olhar parece perdido. Algo parece quebrado dentro dela, seus olhos começam a transbordar e ela me abraça desesperadamente.
- Não, não! Meu bebê, ela não pode...- minha mãe diz de um jeito que quebra meu coração.
Quando percebo meus soluços já são altos e o mundo parece em câmera lenta. O sorriso da minha irmã passa em minha mente e algo entre meu estômago e meus pulmões parece crescer e dói. Puta merda, como dói.
Minha mãe não consegue parar de chorar e eu sei que também não vou conseguir. Minha voz não consegue sair, por mais que eu queira consolar minha mãe e dizer que tudo vai ficar bem eu simplesmente não consigo.
Raiva me domina e eu só consigo pensar na injustiça disso tudo disso, minha irmãzinha não terminaria o colégio, não iria para a faculdade, não teria filhos e nem iria fazer o que sonha. Ela poderia morrer e tudo estaria acabado, tudo nunca mais seria o mesmo.
O sentimento de raiva me domina por completo e um grito silencioso sai pela minha garganta. Ela estava ali, a poucos metros de distância e para ela estava tudo bem. Mas para minha mãe e para mim, o mundo estava despedaçado.
Lágrimas quentes e grossas caem por meus olhos e meu coração bate rápido, o barulho do choro da minha mãe destrói tudo dentro de mim. Ela chora como se um pedaço dela tivesse sido arrancado e ela própria estivesse morrendo, eu não conseguia parar de pensar na risada da Lizzie. Como seria nunca mais ouvir aquela risada? Meu coração se quebra de todos os jeitos possíveis e o ar vai embora.
Quem iria se arrastar para a minha minha cama no meio da noite por estar com medo, quem iria me abraçar do jeito que só a Lizzie consegue? Como minha irmãzinha poderia morrer?
Quem iria me encher o saco e me contar piadas ruins? Reclamar de tudo?
Ela não podia morrer, ela é uma das pessoas por eu quem morreria. Ela estava sempre ali, ela sempre esteve e agora ela não estaria mais. Ela iria para um lugar onde eu não poderia vê-la e eu nem se ela estaria bem. Eu nunca mais saberia.
Ela tem só 17 anos, ela é praticante uma criança e vai morrer.
Meu coração está apertado de um jeito que nunca pensei ser possível.
- Ai meu Deus, por favor não faça isso. Ela é só uma criança, ela não merece isso. - minha mãe fala aos soluços - Não faça isso com o meu bebê, ela é só uma garotinha.
Meus olhos já estão embaçados e eu aperto o abraço o mais forte possível. E eu chego a uma conclusão horrível, a pior de todas: essa dor que eu estou sentindo agora, nunca vai passar. Ela pode diminuir, mas ela nunca vai passar.
Minhas mão tremem e é como se o tempo tivesse parado. Mas ainda há esperança, milagres acontecem. Ela não vai morrer. Ela não pode.
P.O.V Elizabeth
Posso ver minha mãe abraçada a Joey, ouvi barulhos de choro e me aproximei da porta e a abri. Minha mãe chorava desesperadamente junto com meu irmão, ela soluçava e murmurava coisas sem sentido. Seu corpo tremia desesperadamente com o choro e algum interruptor se acendeu em minha mente.
Ela está chorando por mim, eu vou morrer.
O desespero toma conta de mim e eu começo a hiperventilar. O pensamento "eu vou morrer" estoura por todos os lados em minha mente, e eu me afasto da porta e vou para o banheiro do quarto. Me olho no espelho e começo a chorar, soluços escapam da minha garganta.
Eu vou morrer com dezessete anos, eu não vou viver. Eu preciso viver antes de morrer e eu não vou conseguir fazer isso, eu vou ter morrido antes de fazer qualquer coisa. O desespero toma conta de mim e o choro se torna compulsivo.
Mas posso ouvir passos vindo do corredor, então corro para a cama e limpo os olhos. Eu me deito e finjo estar dormindo, a porta se abre e posso ouvir os sussurros do médico e Joey.
Meu coração parece quebrado e eu não consigo evitar os soluços.
- Lizzie?
Gente, meu coração...
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Ju <3
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Storm
Ficção AdolescenteElizabeth Harris é só mais uma garota normal se mudando por causa do trabalho da mãe. Ela se muda da pequena cidade da Inglaterra chamada Rye para Indiana (Pennsylvania) nos Estados Unidos. Ela só tinha a expectativa de estudar, ter novos amigos ou...