Capítulo 21.

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Seguro a mão quente de Nate entre meus dedos gelados. Ele vem me buscar para irmos juntos para a escola desde que ele me pediu em namoro.

Eu estava tão feliz naquele momento que esqueci que minha cota de "poder morrer a qualquer momento" dobrou.
Em A Culpa é Das Estrelas a Hazel fala que é uma granada, que pode explodir a qualquer momento e que quando isso acontecer é responsabilidade dela diminuir quantas pessoas vai machucar com isso. É assim que me sinto, mas quando estou perto do Nathaniel e dos meus amigos essa sensação desaparece e eu me sinto curada.

Mas eu não estou.

- Terra para Elizabeth. - escuto a voz de Nate brincar.

Ele abana a mão livre em frente ao meu rosto. Lhe dou um sorriso e respondo:

- Eu estava pensando no dever de matemática, eu ainda sou horrível em matemática.

- Mas e aquela vez que você foi lá em casa estud... - ele se cala e dá uma risada constrangido. - Ops.

Dou uma risada e lhe puxo para mim, dou um selinho em seus lábios e me viro para a porta da escola. Suspiro e abraço Nate de lado, sentindo seu perfume. Um sorriso se forma e eu digo:

- Nunca tinha reparado como você é cheiroso.

Ele dá uma risada e nós entramos, nós despedimos e eu vou para sala. Margo está sentada em um canto, vou até ela e me sento.

- Oi. - comprimento-a sorrindo.

- Olá. - ela responde sorridente.

Nós ficamos conversando sobre Nate e eu resolvo puxar um assunto delicado:

- E sobre Joey?

Ela engasga e um sorriso reprimido aparece.

- O que tem? - ela pergunta.

- Ah, para de cu doce. - respondo revirando os olhos. - Todos sabemos que vocês se gostam, tá na cara.

- Elizabeth! - ela exclama sorrindo.

Dou uma risada e a professora entra na sala, fico quieta quando ela começa e explicar a matéria.

Minhas mãos estão geladas e formigando, respiro fundo e engasgo. Meu pulmão começa a queimar e uma tosse horrível sai pela minha garganta, minha respiração começa a falhar e meus olhos se enchem d'guá.

A falta de ar dói, é horrível e parece que eu estou morrendo. Começo a tentar respirar rápido, mas não ajuda em nada. Meus pulmões parecem prestes a explodir e minha visão está embaçada, levo uma mão ao ombro de Margo e a cutuco desesperadamente.

Ela se vira e eu levo as mãos ao peito, tento respirar mas só me engasgo em uma tosse desesperadora.

Tudo depois disso se torna borrado e confuso, Margo gritando com alguém, um paramédico conversando comigo, o teto da ambulância chacoalhando e o zunido das sirenes. Depois disso, silêncio.

Um longo tempo se passa, eu escuto vozes e passos, mas meus olhos não se abrem.

~~~

Meus olhos piscam e se fecham, uma luz repentina e artificial me cega. Pisco mais uma vez e abro os olhos, sinto um tubo em meu nariz e imediatamente levo a mão até ele. É um tubo de respiração, olho em volta e vejo minha mãe se levantando, ela anda até mim e sorri.

- Olá querida, pode ficar calada. - ela avisa - Descanse meu amor.

Meus olhos se fecham e eu sinto mãos em meus cabelos, abro os olhos e vejo Nate. Seus olhos estão vermelhos e seu rosto está chocado.

- Oi Lizzie. - ele diz e beija minha testa - Descanse. Eu  vou estar aqui quando você acordar.

Dou um sorriso e fecho os olhos, estou cansada e meu corpo dói. Escuto Nate se afastar e um choro aparece, abro os olhos e vejo Nate abraçado a Margo. Seus ombros tremem e ele soluça, nesse momento quase escuro meu coração se quebrar.

Mas não consigo manter os olhos abertos.

Olá, esse capítulo <\3

Vou explicar o que a Elizabeth tem no próximo capítulo. Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar e comentar.

Ju <3

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