Seguro a mão quente de Nate entre meus dedos gelados. Ele vem me buscar para irmos juntos para a escola desde que ele me pediu em namoro.
Eu estava tão feliz naquele momento que esqueci que minha cota de "poder morrer a qualquer momento" dobrou.
Em A Culpa é Das Estrelas a Hazel fala que é uma granada, que pode explodir a qualquer momento e que quando isso acontecer é responsabilidade dela diminuir quantas pessoas vai machucar com isso. É assim que me sinto, mas quando estou perto do Nathaniel e dos meus amigos essa sensação desaparece e eu me sinto curada.Mas eu não estou.
- Terra para Elizabeth. - escuto a voz de Nate brincar.
Ele abana a mão livre em frente ao meu rosto. Lhe dou um sorriso e respondo:
- Eu estava pensando no dever de matemática, eu ainda sou horrível em matemática.
- Mas e aquela vez que você foi lá em casa estud... - ele se cala e dá uma risada constrangido. - Ops.
Dou uma risada e lhe puxo para mim, dou um selinho em seus lábios e me viro para a porta da escola. Suspiro e abraço Nate de lado, sentindo seu perfume. Um sorriso se forma e eu digo:
- Nunca tinha reparado como você é cheiroso.
Ele dá uma risada e nós entramos, nós despedimos e eu vou para sala. Margo está sentada em um canto, vou até ela e me sento.
- Oi. - comprimento-a sorrindo.
- Olá. - ela responde sorridente.
Nós ficamos conversando sobre Nate e eu resolvo puxar um assunto delicado:
- E sobre Joey?
Ela engasga e um sorriso reprimido aparece.
- O que tem? - ela pergunta.
- Ah, para de cu doce. - respondo revirando os olhos. - Todos sabemos que vocês se gostam, tá na cara.
- Elizabeth! - ela exclama sorrindo.
Dou uma risada e a professora entra na sala, fico quieta quando ela começa e explicar a matéria.
Minhas mãos estão geladas e formigando, respiro fundo e engasgo. Meu pulmão começa a queimar e uma tosse horrível sai pela minha garganta, minha respiração começa a falhar e meus olhos se enchem d'guá.
A falta de ar dói, é horrível e parece que eu estou morrendo. Começo a tentar respirar rápido, mas não ajuda em nada. Meus pulmões parecem prestes a explodir e minha visão está embaçada, levo uma mão ao ombro de Margo e a cutuco desesperadamente.
Ela se vira e eu levo as mãos ao peito, tento respirar mas só me engasgo em uma tosse desesperadora.
Tudo depois disso se torna borrado e confuso, Margo gritando com alguém, um paramédico conversando comigo, o teto da ambulância chacoalhando e o zunido das sirenes. Depois disso, silêncio.
Um longo tempo se passa, eu escuto vozes e passos, mas meus olhos não se abrem.
~~~
Meus olhos piscam e se fecham, uma luz repentina e artificial me cega. Pisco mais uma vez e abro os olhos, sinto um tubo em meu nariz e imediatamente levo a mão até ele. É um tubo de respiração, olho em volta e vejo minha mãe se levantando, ela anda até mim e sorri.
- Olá querida, pode ficar calada. - ela avisa - Descanse meu amor.
Meus olhos se fecham e eu sinto mãos em meus cabelos, abro os olhos e vejo Nate. Seus olhos estão vermelhos e seu rosto está chocado.
- Oi Lizzie. - ele diz e beija minha testa - Descanse. Eu vou estar aqui quando você acordar.
Dou um sorriso e fecho os olhos, estou cansada e meu corpo dói. Escuto Nate se afastar e um choro aparece, abro os olhos e vejo Nate abraçado a Margo. Seus ombros tremem e ele soluça, nesse momento quase escuro meu coração se quebrar.
Mas não consigo manter os olhos abertos.
Olá, esse capítulo <\3
Vou explicar o que a Elizabeth tem no próximo capítulo. Espero que tenham gostado, não esqueçam de votar e comentar.
Ju <3
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Storm
Fiksi RemajaElizabeth Harris é só mais uma garota normal se mudando por causa do trabalho da mãe. Ela se muda da pequena cidade da Inglaterra chamada Rye para Indiana (Pennsylvania) nos Estados Unidos. Ela só tinha a expectativa de estudar, ter novos amigos ou...